“Rafael”
Eu segui o tio da Hana até o restaurante do hospital, com o Rubens nada satisfeito ao nosso lado. Mas ele não deu uma palavra até que nos sentamos e pedimos a refeição.
- Rubens, o que aconteceu? – Eu perguntei.
- Chefe, eles fugiram como ratos. Na verdade o tal Lenon saiu do hospital depois que deixou a Hana com a mãe e o padrasto. E os outro dois aproveitaram a confusão quando o Vinícius se deu conta de que era a Hana na cadeira de rodas e conseguiram escapar. – O Rubens falou e me entregou o celular. – Peguei as imagens com o pessoal da segurança do hospital.
- Como eles entraram no hospital? – O Yusei quis saber.
- Nomes falsos. Apresentaram documentos de outras pessoas. – O Rubens informou. – Chefe, precisamos chamar a polícia.
- Por mim eu já teria chamado, mas eu quero que a Hana decida, é a mãe dela, apesar de tudo. – Eu olhei para o tio.
- É, que concordo com você, é importante que a Hana tome essa decisão. Minha secretária me disse que uma das telefonistas ligou para a Hana e disse que eu a havia chamado, por isso ela foi até o meu consultório. Vocês falaram com ela, Rubens? – O Yusei aparentemente já tinha dado mais informações ao Rubens, porque eu não sabia daquilo.
- Sim, falamos. É uma mentirosa! Só não sei o que ela está escondendo. Ela disse que tinha recebido uma chamada sua pedindo para dar o recado a Hana. Nós verificamos o ramal dela e não houve nenhuma ligação sua ou do seu consultório, mas ela mantém a mentira dela. Pedi ao Fernando que veja isso, porque ela está escondendo algo, mas eu não posso fazer mais do que fiz. – O Rubens explicou e nós concordamos.
- Se o Fernando se comprometeu, ele vai fazer. – O Yusei afirmou e eu também tinha certeza que iria. – O que me preocupa é a Hana não querer denunciar.
- Isso também me preocupa. Yusei, eu quero te pedir desculpas. Eu te prometi que cuidaria dela e hoje eu a deixei sozinha e...
- Ah, o que é isso, Rafael? Você a deixou em segurança, precisou resolver uma emergência, foi uma infeliz coincidência tudo isso. – O médico me deu um sorriso reconfortante.
- Desculpe, mas eu não acho que tenha sido coincidência não. – O Rubens atraiu a nossa atenção e então tirou do bolso uma pequena câmera. – Encontrei isso do lado de fora da porta da Hana, enquanto instalava o sistema de segurança no apartamento dela. Estava instalada perto da câmera do condomínio, bem disfarçada, mas não é do condomínio. Alguém está espionando a Hana e eu aposto o meu braço direito que é aquele vizinho estranho. Além do mais, teve a ligação que o porteiro ouviu.
- Eu preciso convencer a Hana de que ela não pode voltar para lá! – Eu respirei pesadamente. – Posso ganhar uns dias com a ajuda da minha filha, mas preciso convencê-la a sair daquele prédio.
- Você tem o meu apoio, aquele lugar está perigoso. – O Yusei concordou comigo.
Nosso almoço foi bem rápido, porque o médico precisava voltar para os pacientes e eu queria voltar logo para a Hana. Nós nos despedimos e o Rubens e eu voltamos para emergência, mas de longe eu vi o Anderson abraçado a Giovana.
- Rubens, só para ter certeza de que eu não estou sendo inocente demais. – Eu parei e me virei para o Rubens. – Eu confio nele? – O Rubens deu uma risada.
- Chefe, você confia nele! O garoto não vai te decepcionar, pode acreditar. – O Rubens riu. – Mas eles estão bonitinhos, não estão?
- Ah, uma gracinha! – Eu respondi e olhei para ele, mas não aguentei manter a seriedade, porque a risada do Rubens foi contagiante.
Mas quando nós nos aproximamos, eu precisava manter a minha postura de pai e quando eu vi a minha filha chorando eu me preocupei, mas o Anderson me deu um leve aceno com a cabeça para que eu olhasse para o quarto da Hana e eu entendi o que estava acontecendo. Minha filha estava sentindo o gosto amargo do arrependimento e ela teria que lidar com isso. E, depois que o Anderson a levou para fora do hospital eu entrei no quarto da Hana e cumprimentei a Melissa, o Fernando e os seguranças da Melissa.
- Olha o que eu ganhei, psicogato! – A Hana ergueu um spray e um apito toda orgulhosa.
- Spray de pimenta? Sério, Melissa?! – Eu ri e a Melissa balançou a cabeça.
- Não fui eu não, Rafa, foi a Sandrinha! – A Melissa contou e eu olhei para a Sandra.
- É um spray de gengibre, muito eficaz, mas muito menos divertido que o de pimenta. Porém, a Hana não vai estar infringindo nenhuma lei. Eu queria trazer um taser, na verdade, mas o chato do perturbado aqui não deixou! – Ela apontou para o Douglas que revirou os olhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......