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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1258

“Melissa”

Eu sabia que a Giovana viria, porque ela era uma boa garota que se desviou um pouco do caminho, mas que já estava se encontrando de novo. E quando ela entrou na sala, com a cabeça baixa, nitidamente envergonhada do que tinha feito, eu tive vontade de abraçá-la e dizer que estava tudo bem, mas eu não podia fazer isso, eu precisava deixá-la passar por todo o processo, para que ela entendesse que corrigir um erro é difícil e às vezes doloroso, mas só assim ela entenderia que precisava pensar antes de agir e antes de ofender as pessoas. Mas o meu coração doeu ao vê-la ali de cabeça baixa, cheia de arrependimento e vergonha.

- Melissa, Fernando, eu gostaria de me desculpar com vocês dois. – Ela ergueu a cabeça e me olhou nos olhos. – Eu fui uma boba, fui má e falei coisas horríveis. – Ela começou a chorar, as lágrimas iam caindo grossas enquanto ela falava. – Me desculpa, Fernando, eu não penso realmente aquelas coisas de você. Eu só estava com muita raiva de tudo e eu me apeguei a coisas que eu imaginei, mas que não são verdade.

- Está tudo bem, Giovana, não posso dizer que não dei motivos, eu andei um tempo por um caminho torto também. Eu tive sorte que o amor da Mel era grande o suficiente para esperar e para me trazer de volta. Assim como está acontecendo com você. – O Fernando falou com aquela voz calma de sempre e a Giovana olhava para ele.

- Sabe, Fernando, eu pensei que a minha mãe não gostava de mim, porque ela foi embora, né?! E eu queria que o meu pai encontrasse uma namorada legal e que gostasse de mim. E a Mel... eu te amo, Mel! – Ela me olhou chorando e eu limpei uma lágrima, me segurando para não abraçá-la, para deixar que ela terminasse.

- Eu entendo, Giovana, eu tinha deixado a Mel muito sozinha e você percebeu isso. Eu também errei e sou um pouco culpado por você ter se chateado comigo. – O Fernando colocou a mão no ombro dela e ela soluçou.

- Mas eu não tinha o direito. Eu entendi que vocês se amam e que você a faz feliz. Me desculpa, você é uma boa pessoa e sempre foi legal comigo. Eu estava muito errada. – Ela falou para o Fernando e ele deu um sorriso.

- Eu sei como é. Eu também estive muito errado. Mas, da minha parte, você está perdoada! Eu não guardo mágoa, é como se nunca tivesse acontecido. – O Fernando abriu os braços e a Giovana o abraçou.

- Obrigada! Se a Melissa me perdoar também, você vai deixá-la continuar sendo minha amiga e vai deixar eu ver os bebês? – A Giovana perguntou tão inocente e eu tive vontade de rir.

- Querida, eu não preciso deixar nada, a Mel é amiga de quem ela quer, mas você sempre será bem vinda, aqui no hospital e na nossa casa! – O Fernando a acalmou e quando eles se afastaram a Giovana passou as costas das mãos no rosto para limpá-lo.

- Obrigada! – Ela respondeu e se virou pra mim. – Mel, me perdoa? Eu te amo muito e eu aprendi a lição. Eu reconheço que estava errada. Eu respeito você, o Fernando e a família de vocês e fico feliz com a sua felicidade. E eu conheci a Hana, ela é muito legal e nós estamos nos dando bem. Ela agora é minha amiga também. Antes eu estava brava com ela, porque ela ficava gritando com o meu pai, mas eu acho que ele gostou disso, né, porque ele está bem apaixonado por ela. – A Giovana foi despejando as palavras e eu comecei a rir, porque o pai dela realmente tinha gostado do atrevimento da Hana.

- Eu estava esperando por você! – Eu a abracei finalmente, deixando as minhas lágrimas rolarem.

- Estava? – Ela me abraçou e perguntou meio titubeante.

- Estava. Desde o momento em que eu saí do seu quarto, porque aquela Giovana não era você. Eu te perdôo, eu sei que você não falou de coração. Me doeu, porque eu vi a sua raiva, mas já passou, eu te perdoei no minuto em que saí do seu quarto, porque eu te amo, Gi! Você sempre vai me ter na sua vida. E os meus bebês também. – Eu me afastei e segurei o rosto dela em minhas mãos. – Que bom que você está de volta!

- Obrigada, Mel! Você é tão importante pra mim! Aqui são para vocês e os bebês. – Ela me olhou de uma forma tão doce, que era comovente, e me entregou uma caixa de presentes e um vaso de orquídeas que estavam nas mãos do Anderson.

- E você é importante pra mim! – Eu peguei os presentes e dei um beijinho nela, abri a sacola e tirei a caixa e dentro tinha todos aqueles sapatinhos e meinhas coloridas, todos tão lindos! Eu comecei a chorar de novo, passando a mão sobre cada um e mostrando ao Fernando que estava emocionado como eu.

- Que lindo, Gi! Eu adorei! Já posso ver meus bebês com os pezinhos coloridos pela casa! – Eu estava emocionada mesmo.

Entreguei tudo para o Fernando e dei mais um abraço na Giovana, que tinha sido tão sensível e eu tinha certeza que tinha tido uma ajudinha. Enquanto eu a abraçava, eu sorri em agradecimento para o Anderson.

- Agora vamos parar de chorar. Vem e me conta quem te convenceu a arrumar o cabelo. – Eu a puxei para o sofá, queria saber tudo o que eu tinha perdido, mesmo que a Hana andasse me mantendo informada.

- E falando em castigo, é melhor eu ir. – A Giovana se levantou e me abraçou. – Eu vou te visitar, quando você estiver de repouso eu posso cuidar de você depois das aulas.

- Eu quero! A Catarina está fazendo uma lista, cada um tem um dia pra ficar comigo, vou falar para ela te incluir e te ligar. – Eu avisei.

- Liga pra Hana, ou para o Anderson, eu estou sem celular e eu acho que é pelo resto da eternidade! – A Giovana respondeu dramática como toda adolescente e eu comecei a rir.

Eu me despedi da Giovana, com o coração leve por ela estar de volta e por eeu não precisar mais ficar longe dela. Depois que eles saíram o Fernando se sentou ao meu lado e me puxou para um abraço, dando um beijo na minha cabeça.

- Mais uma lição Melissa Lascuran Molina assinada com sucesso? – Ele me perguntou e eu sorri.

- Acho que vou ter que dividir os créditos dessa com o Anderson. – Eu respondi. – Que bom que a Gi está melhorando, a possuída que eu vi quando fui a casa dela me assustou. Se ela não tivesse pessoas amorosas em volta, dispostas a segurá-la, ela teria se afogado naquele mar revolto no qual ela estava se debatendo.

- É, Mel, a gente sempre precisa de alguém nos segurando. Ainda bem que os nossos maluquinhos têm a nós dois e todos os nossos amigos e a família. Eu sei que não é garantia de nada, mas eles vão ter quem os segure se alguma coisa sair do roteiro. – Eu senti o toque do Fernando na minha barriga e a pitada de preocupação dele com o futuro. Mas eu não me preocupei, porque onde havia amor tudo poderia ser transformado e meus filhos já estavam cercados de amor.

- Príncipe, eu vou pra casa, eu estou cansada. – Eu falei depois de um tempo ali abraçada com ele.

- Ótimo, eu vou com vocês! – Ele se levantou e me ajudou a levantar. Era ele quem estava sempre me segurando, era ele quem me cercava de amor e era por isso que eu não me preocupava, porque eu o tinha e ele era a minha rocha!

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