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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1259

“Anderson”

Eu tinha ultrapassado todos os limites, tinha quebrado todas as regras, mas quando eu vi a Giovana tão vulnerável, tão triste, eu não pensei, eu só a abracei porque era o que eu queria fazer, abraçá-la e garantir que tudo ficaria bem. Ela estava lidando com as consequências do que havia feito, mas eu queria suavizar a dor dela, queria que tudo aquilo que ela precisava sentir e passar, passasse depressa e que não doesse tanto.

Eu a mantive no meu abraço, eu falei com ela com gentileza, e quanto mais eu a tinha ali, junto comigo, mais eu queria mantê-la. Eu queria protegê-la. E eu queria ajudá-la a carregar o fardo e a resolver tudo. Eu fiz o que pude, eu compartilhei a minha experiência e eu esperei que ela percebesse que estava pronta. E quando ela tomou a decisão eu estava ao lado dela e segurei a sua mão, para que ela soubesse que eu estava com ela.

Segurar a mão dela foi tão bom, como se me acalmasse, como se o lugar da mão dela fosse dentro da minha, assim como o meu abraço era dela, para protegê-la, cuidar dela.

Mas ela era uma garota jovem demais, uma garota que estava fazendo de mim o que bem queria, uma garota que estava me fazendo cair em seus encantos. Claro que eu tinha percebido o que aconteceu na escola, claro que eu vi o ciúme nos olhos dela e eu gostei do que eu vi, eu gostei que ela estivesse se importando tanto.

No entanto, eu tinha medo de que mais cedo ou mais tarde o encanto se quebrasse e ela percebesse que eu fui só uma bóia naquela situação em que ela se afogava. Eu estava sendo totalmente invadido por ela, por aquele sentimento, mas eu tinha medo de que o tempo arrefecesse tudo e ela percebesse que estava enganada e que eu não significava nada, afinal ela era muito jovem e tinha tanta coisa para descobrir. Mas eu estava disposto a esperar, a apoiá-la, oferecer a minha amizade e esperar até que ela soubesse de verdade o que queria.

Nós saímos da sala do Fernando, caminhando lado a lado, ela tinha um sorriso tão lindo no rosto que era contagiante. Ela tinha recuperado algo muito importante e eu me senti tão feliz em ter feito parte daquilo, que eu compartilhava o sorriso dela.

Nós entramos no elevador e ela apertou o botão para o primeiro andar. Nós ficamos no fundo, ao lado um do outro, mas de repente ela simplesmente pulou no meu pescoço, seus braços se enrolaram em mim e o seu perfume me invadiu mais uma vez.

- Ai, Anderson, obrigada, obrigada, obrigada! – Ela repetia toda feliz e eu sorri e a abracei pela cintura.

- Pelo quê, ferinha? – Eu perguntei, sentindo os seus braços firmes segurando o meu pescoço e me sentindo tão feliz por receber aquele abraço que acelerou o meu coração.

- Por ter me ajudado, por ter vindo comigo, por ter me dado a coragem que eu precisava, por me mostrar tantas coisas que eu não estava vendo antes. – Ela falou agarrada a mim.

- Ferinha, você é surpreendente mesmo! Não precisa agradecer, eu vou estar com você sempre que você quiser. – Eu sorri e fechei os meus olhos, aproveitando aquele momento, mantendo aquele abraço pelo máximo de tempo que eu podia.

Eu me lembraria sempre desse momento, da sua espontaneidade, da sua alegria. Do seu gesto carinhoso. Ela não me soltou e eu não a soltei. Era um abraço, apenas um abraço, mas era como se o mundo tivesse parado de girar e congelado naquele momento.

- Anderson. – Ela chamou baixinho.

- Hum! – Eu respondi e esperei o que mais ela tinha para me dizer.

- Eu estava enganada. – Ela confidenciou, mas eu não entendi sobre o que ela falava.

- Sobre o quê, ferinha?

- Sobre o Jonh. Eu não o amo. Nunca o amei. Agora eu sei. – Algo dentro de mim se alegrou, ela finalmente tinha se dado conta.

- Que bom que você percebeu em tempo, ferinha! – Eu estava feliz por nada de ruim ter acontecido a ela.

- Anderson. – Ela me chamou mais uma vez.

- Hum!

- Não me solta, ou eu perco a coragem, escuta uma coisa. – Ela pediu e eu mantive os meus braços firmes na cintura dela. – Agora eu sei que não dá pra gostar assim de duas pessoas ao mesmo tempo.

- Não, não dá! E às vezes só existe uma pessoa para toda a vida. – Eu sentia que para mim só havia uma, mas ela não estava pronta para isso.

- Exatamente por isso eu sei que eu nunca gostei do Jonh, foi só ilusão como disse a minha mãe. Sabe porque eu sei disso, Anderson? – Ela me perguntou com a voz suave.

- E por que ela seria inalcançável? – Ele me encarou.

- Ela é filha do chefe, tem dezesseis anos, eu sou só um cara que precisa trabalhar muito para ajudar a família... – Eu dei de ombros, eu poderia enumerar muitos motivos.

- Você é um jovem de muito valor, garoto! E o chefe não é desses que se acham melhores que os outros. Mas a idade exige que você vá bem devagar. – O Rubens me avisou. – Mas fala com o chefe, mantenha tudo às claras. A menina gosta de você e gosta muito, está na carinha dela, do mesmo jeito que está na sua que ela anda de salto alto no seu coração.

- Ela me disse que gosta de mim e me pediu para esperar por ela. – Eu contei, sentindo o coração ainda batendo forte.

- E o que você vai fazer? – Ele me encarou.

- Vou esperar a vida toda se precisar.

- Não vai ser tanto tempo assim, ela já está quase para fazer dezessete, aí mais um ano e ela já será uma moça capaz de decidir sobre o que quer. Aproveitem esse tempo, sejam amigos. – Ele me encorajou.

- É, enquanto isso eu vou me ocupar de outra coisa.

- No que você está pensando?

- Eu já estava pensando há um tempo. Eu vou voltar a estudar. Minha mãe está trabalhando num bom emprego, eu ganho um bom salário no bar e tenho um dinheiro guardado, fiz umas contas e dá para voltar a estudar. Eu sempre quis ir para a faculdade. – Eu contei os meus planos.

- É, eu sei. Seu pai ficaria orgulhoso! E eu acho que o chefe vai gostar de saber disso. Fala com ele. – Ele me incentivou.

- Eu vou falar. – Eu senti que poderia dar certo, com calma, sem apressar nada, tudo poderia dar certo.

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