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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1271

“Giovana”

Eu queria morrer! Não sabia o que eles estavam vendo, mas sabia que tinha a ver com o meu cabelo verde. Eu queria ver, porque eu ouvi a professora dizer que as minhas amiguinhas estavam debochando de mim. O que estava acontecendo? De repente eu senti como se sufocasse e olhei para o Anderson desesperada. Ele estava me olhando, o olhar de calma, e me mostrou algo que ele havia escrito no caderno.

“Ignora. Eu sei que é difícil, mas ignora, isso vai irritá-la mais. Finja que não te afetou. Eu vou resolver isso, confia!” – O Anderson escreveu para mim e eu o olhei, eu confiava nele. Continuei tentando fazer os exercícios e ignorando todo mundo a minha volta, só prestando atenção no Anderson que apontava uma coisa ou outra nos exercícios para mim e me acalmava no olhar. A gente se entendia no olhar, não era preciso palavras e eu fui fazendo os exercícios.

- Agora chega, turma! Guardem um pouco para depois da aula! - A professora sugeriu, vendo que eu não estava ligando.

Ela fechou a cara e se levantou, começou a passar entre as carteiras, para alguns explicando com toda a gentileza, para outros só torcendo o nariz e apontando algo no caderno e quando chegou perto de mim ela parou de cara feia.

- Você não pode fazer os exercícios para ela, Anderson. – A professora avisou e o Anderson a olhou com as sobrancelhas erguidas.

- Eu não estou fazendo, professora. – Ele respondeu simplesmente e eu continuei a ignorando.

- Isso está errado, Giovana! – Ela falou abruptamente e eu permaneci quieta, eu não tinha entendido o que estava errado, mas também não ia perguntar. – Você ouviu, menina? Isso-está-errado!

Ela foi falando pausadamente e enchendo o meu caderno de riscos de pincel atômico vermelho. E eu tive que parar e me recostar na cadeira enquanto ela tinha o seu pequeno momento de demônia e riscava meu caderno de vermelho.

- Você não pensa, Giovana? Está mais burra do que quando foi embora! Aquela tinta verde ridícula entrou no seu cérebro? – Ela estava querendo que eu brigasse, mas eu não ia, eu prometi para o Anderson, então eu não disse uma palavra.

- Guarde o seu material, Giovana. – O Anderson falou calmamente e se levantou. – Agora chega, professora! Se é assim que você trata seus alunos, você nem deveria estar numa sala de aula.

- Quem você pensa que é... – Ela encarou o Anderson, que não a deixou terminar.

- Eu não sou ninguém. Mas eu sei que a forma abusiva como a senhora trata seus alunos é totalmente errada. Eu estou retirando a Giovana da sala, porque ela não é obrigada a ser submetida a humilhações. – O Anderson se virou, pegou a minha mochila e ficou na frente da professora.

- Se ela sair, ela não assiste mais as minhas aulas esse ano. – A professora avisou e o Anderson riu.

- É? Vamos ver. – O Anderson a desafiou.

Eu passei por trás do Anderson e nós caminhamos para fora da sala. Ele me tirou dali e me levou em direção a diretoria.

- Calma, ferinha, não se deixe abater, ainda não! Segura só mais um pouco, não deixe que eles vejam a sua fragilidade. – Ele pediu e eu respirei fundo, peguei a garrafinha de água que ele me estendia e tomei um grande gole. – Senta aqui! – Eu me sentei na cadeira do lado de fora da diretoria e ele bateu à porta e abriu. – Diretora, eu quero autorização para sair com a Giovana.

- Algum problema? – A diretora perguntou e se aproximou da porta.

- Sim, temos um problema, mas o pai dela virá conversar com a senhora. Eu só preciso de autorização para que ela saia mais cedo. – Ele insistiu e a diretora me olhou sentada na cadeira.

- O que aconteceu? Ela está meio pálida. – Ela perguntou.

- A Giovana não está se sentindo bem. – O Anderson falou simplesmente. – Acho que o pai dela me deixou como responsável para esse tipo de eventualidade.

- Sim. Essa situação é tão incomum. – Ela me olhou outra vez. – Precisa ir a enfermaria, Giovana?

- Não, senhora, preciso ir para casa! – Eu afirmei e ela concordou.

- Vamos, vou liberar a saída dela. – A diretora nos acompanhou até o portão e ficou observando.

Ele saiu do carro e abriu a porta para mim, passou o braço pelos meus ombros e caminhou comigo até o elevador. Dentro do elevador eu o abracei e chorei, com a cabeça no peito dele. Ele tocava gentilmente o meu cabelo.

Quando saímos do elevador o meu pai já esperava com a porta aberta, mas eu não soltei o Anderson e ele não me soltou.

- O que aconteceu? – O meu pai perguntou aflito.

- Aqui, chefe, assiste tudo primeiro. – O Anderson entregou o celular para o meu pai e nós entramos.

O Anderson colocou a minha mochila no sofá e continuou me abraçando. Eu estava ouvindo o áudio do vídeo e tudo o que a professora de matemática tinha falado na primeira aula.

- Você gravou a aula? – Eu perguntei baixinho.

- Sim, eu sabia que ela ia aprontar. Vem, senta! – O Anderson me puxou para o sofá. Nos cinquenta minutos seguintes o meu pai viu o que aconteceu na primeira aula e depois o Anderson mostrou a ele o vídeo da última aula.

- Mas quem essa mulher pensa que é? – Meu pai estava irritado quando o vídeo acabou.

- Chefe, eu tirei a Giovana de lá, não ia permitir que isso continuasse.

- Fez muito bem, Anderson! Filha, não chora, eu vou resolver isso. – Meu pai prometeu.

- Pai, eu sei que eu estou de castigo e não posso usar celular, mas deixa eu ver o que eles estavam vendo? – Eu pedi e o meu pai estreitou os olhos.

- Está bem. Eu também quero ver. Pode mostrar para ela Anderson. – Meu pai concordou e o Anderson entrou na página que ele tinha memorizado e encontrou o vídeo.

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