Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1273

“Frederico”

Eu já tinha voltado para a minha cela, mas ainda estava de muletas e com a perna engessada. Pelo menos me mudaram de pavilhão e eu não estava mais com aqueles sádicos que me deixaram assim e nem com o Domani, que tinha aceitado que era o pote da alegria e agora era a cadelinha do Ferrolho e fazia tudo o que ele mandava. Mas eu não, não tinha vocação para ser cadelinha, o que eu gostava mesmo era de tocar o terror e se a Hana estava pensando que eu tinha me esquecido dela, melhor pra mim, porque quando eu acabasse com ela de uma vez ela nem ia saber de onde saiu o que a acertou.

- Bora, mula manca, tem visita! – O guarda chegou na porta da cela e começou a destrancar. – Não sei como você consegue pagar aquele advogado caro que consegue te mandar umas visitas fora do horário de visita.

- Nem vai saber! Não é da sua conta! – Eu respondi, estava cada dia mais irritado.

- Segura tua língua, vagabundo! Isso aqui não é hotel não. É um luxo, eu sei, mas não é hotel e se tu abusar muito, te mando pro castigo! – Ele falou cheio de cinismo e eu bufei.

Eu saí da cela e fui andando, sem nem me dar ao trabalho de olhar para trás, eu não conseguia correr mesmo. Quando eu cheguei na sala de atendimento e vi o Gregório, meu humor até melhorou, esse sim, nunca me deixou na mão.

- Greg, que bom que você veio! – Eu sorri e me sentei.

- Meu filho, como você está? Eu demorei porque as coisas se complicaram aqui fora. – O Gregório me olhou preocupado. – Você emagreceu! Como eles estão te tratando?

- É cadeia, né, Greg! Me tratam como um saco de lixo! – Eu respondi. – Como está o esquema lá fora?

- Olha, o serviço está indo bem, tudo no esquema como você organizou. Os garotos já estão distribuindo as drogas e a empresa é a melhor fachada, a gente prepara tudo lá e ainda lava o dinheiro. – O Greg contou e eu fiquei satisfeito. – Bem que você disse, entra uma boa grana, mas o chefe do negócio fica com a maior parte.

- Calma, Greg, deixa ele confiar em você, quando ele confiar a gente começa a se mover para tomar tudo dele. Precisa ter calma e se mostrar de confiança, me custou muito conseguir o negócio com esse cara. – Eu avisei.

- Pode deixar comigo! Estou fazendo tudo certinho. Mas o problema é com o outro assunto. – O Greg avisou e eu já fiquei irritado.

- O que foi agora? – Eu quis saber. – Aquela vagabunda da Hana não pode escapar, Greg, eu quero a cabeça dela, eu quero a vadia morta! Olha como ela me deixou!

- Eu sei, filho, eu sei. Mas é que ela está escapando, parece que está com sorte. O Lenon conseguiu se aproximar da Suzy e os dois ficaram amigos, eles armaram um lance e era pra gente ter conseguido pegar a Hana no hospital, mas ela deu sorte e nós não conseguimos tirá-la de lá.

- Mas a Suzy é uma cachorra mesmo! Como pode a mãe odiar a própria filha? – Eu comecei a rir.

- Ah, nem me fale! Ela é sua fã, porque você mantinha a Hana de cabeça baixa. Mas aquela vagabunda da Suzy só gosta dela mesma e só finge que gosta de mim porque eu finjo que faço tudo por ela. – O Gregório riu. – Não vejo a hora de me livrar dela, já aguentei demais! Até os filhos da minha primeira esposa já se mandaram, ninguém aguenta a Suzy.

- Mas aqueles dois são imprestáveis mesmo, muito certinhos, nem parecem teus filhos. Para onde eles foram? – Eu perguntei, porque aqueles meio irmãos só me serviram para me aproximar daquela idiota da Hana.

- Foram para o exterior, quase não nos falamos mais, estão vivendo as vidinhas medíocres deles. – O Greg contou com desdém. – Depois que a Suzy perdeu o controle do dinheiro eles não quiseram mais ficar, me deixaram sozinho com aquela megera da Suzy.

- Mas também, até eu iria embora, a Suzy é um nojo! E eu sei que você já aguentou demais, mas tem que ter calma, Greg, a gente tá nisso há muito tempo, não pode vacilar. – Eu o lembrei.

- Eu sei, meu filho, mas eu estou cansado, acho que podemos acelerar a coisa. – Ele tinha razão, estava demorando muito.

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