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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1274

“Rafael”

A Hana e a Rúbia assistiram aos vídeos da aula de matemática e da falsa amiga da Giovana tão chocadas quanto eu. Era horrível ver aquilo e saber que a minha filha estava sendo vítima daquela maldade me deixava muito irritado.

- O que você vai fazer, Rafa? – A Rúbia perguntou.

- Vou ligar para o advogado e para a responsável da comissão de pais. Eu quero uma reunião ainda hoje nessa escola. Rúbia, vamos deixar para contar para a Raí quando ela chegar do trabalho, pode ser? Eu não quero que ela se preocupe com algo que eu posso resolver. – Eu pedi e a Rúbia concordou.

- É melhor assim, ela precisa desse trabalho, não pode largar tudo e sair correndo. – A Rúbia tinha razão.

Enquanto eu liguei para o advogado, as garotas fizeram o almoço e conversavam com o Anderson enquanto eu estava na ligação.

- Anderson, você tem alguma idéia de porque a professora não gosta da Gi? – A Hana quis saber e o Anderson balançou a cabeça.

- Não sei, Hana, a Gi também não tem a menor idéia. Mas a professora é estranha, ela faz bullyng com alguns alunos, claramente demonstra favoritismos e incita os seus favoritos a provocarem os outros. Tem um garoto lá que sofre tanto quanto a Giovana, só porque está acima do peso. O que aqueles adolescentes fazem é cruel. Hoje eles tiraram o tênis do menino e ficaram jogando entre si, fazendo o coitado correr. Eu não sei se é naquela turma, mas o ambiente é hostil. – O Anderson contou e eu comecei a prestar atenção à conversa, eu sabia quem era esse garoto, a Giovana já tinha me contado.

- Que horror! E ninguém põe freio nesses adolescentes? – A Hana perguntou e o Anderson deu de ombros.

- Ninguém nem fica de olho. Durante as outras aulas é mais tranquilo, a professora de química é a melhor de todos, ela corta as asinhas dos que tentam aprontar, outros professores fingem que não vêem, outros só querem silêncio durante as aulas e fingem que não sabem de nada. Mas na hora do intervalo, os alunos ficam meio que por conta própria, sem nenhuma supervisão, porque as funcionárias que deveriam estar observando se enfiam na sala dos professores também. Olha, eu não gosto da ferinha naquele lugar, ela está muito sensível, é um alvo fácil. – O Anderson tinha razão, a Giovana estava num momento delicado, mas eu ia tentar fazer algo.

- E isso porque é uma escola particular caríssima! – A Rúbia lamentou.

- Pois é, eu estudei em escola pública, não que não acontecesse, o bullyng estava lá, os abusos estavam lá, mas também tinha uns professores que eram muito bons. O meu professor de matemática me ajudou muito, muito mesmo! Eu quase me perdi quando o meu pai morreu, mas ele me manteve focado com a matemática e o Rubens me manteve na linha como se fosse meu pai. – Ele contou e eu sabia que eles se conheciam muito bem, mas na verdade nunca soube o quanto.

- Ele gosta muito de você! – A Rúbia comentou e o Anderson sorriu.

- E eu gosto muito dele. Ele é o meu conselheiro, sabe. Eu brinco que ele é o meu “Sr. Miyagi”. – O Anderson abriu um enorme sorriso. – Rúbia, ele é um grande homem! E gosta muito de você também.

- Ah, mas eu também gosto muito do meu fofinho, mais do que deveria estar gostando. – A Rúbia deu um suspiro e seus olhos diziam que ela estava preocupada.

- Você sabe, Rub, a gente tem um quarto extra aqui. – A Hana sinalizou e a fez rir.

- Ai, Hana! Não é tão simples. – A Rúbia comentou.

- Nunca é. – A Hana sorriu. – Mas às vezes a gente complica muito. Eu compliquei ao máximo para o meu psicogato, mas o que ele fez? Complicou ainda mais para mim, complicou até que eu não consegui mais ficar longe dele.

- Ah, repete isso, minha doida, adoro ouvir que você não pode ficar longe de mim. – Eu a abracei e ela riu.

- Não posso ficar longe de você, psicogato! – Ela repetiu e a Rúbia e o Anderson começaram a rir.

- Quem diria, hein, chefe? De solteirão mais cobiçado do bar por anos a adolescente apaixonado em segundos! – O Anderson riu.

- Tem certeza que eu era o mais cobiçado? – Eu o encarei. – Vou te dizer uma coisa, com a tendência da Giovana a ser ciumenta, é melhor ela nunca saber a quantidade de cantadas que você recebe lá no bar a noite toda.

- Chefe, não brinca com isso! A ferinha ficou muito brava com a professora e arrumou um problemão. – Ele me encarou sério. – E você sabe que eu nunca aceitei nenhuma das cantadas que eu recebi e vai continuar assim.

- Eu sei que você é sério e se faz de difícil! – Eu ri.

- Agora eu quero saber, e o meu fofinho? – A Rúbia perguntou e o Anderson e eu nos olhamos.

- Eu vou lá ficar com a ferinha! – O Anderson saiu da cozinha rapidinho.

- Chama mesmo, Nana, chama que eu espalho todas elas! Estão pensando o quê? Vocês dois se comportem! – A Rúbia apoiou a Hana.

- É melhor os três se comportarem, Rub, o que está lá dentro também precisa andar na linha agora. – A Hana lembrou.

- Ah, mas aquele lá encontrou uma que se vira bem sozinha. Olha o bafafá que ela arranjou com a professora. E olha que os dois nem estão namorando ainda. – A Rúbia comentou e o ainda dela me lembrou que não ia demorar muito para isso mudar.

- É, mas a ferinha já colocou a plaquinha de propriedade particular no gracinha, lorão! Aquele ali, está mais na coleira que o chefe! – O Rubens deu uma gargalhada e eu revirei os olhos, minha filha mal tinha crescido e já sabia como deixar um homem aos seus pés.

- Olha só, lorão, se você decidir ficar... – A Hana se virou para a Rúbia e se pendurou no ombro dela, que ainda estava abraçada com o Rubens. – Eu posso fazer o psicogato deixar o fofinho cuidando da minha segurança pra sempre, assim você não vai precisar se preocupar com as sirigaitas do bar.

A Hana não era boba, ela já estava correndo na frente de todos nós na campanha para a Rúbia não ir embora e o sorriso que o Rubens deu a ela foi de quem tinha entendido que tinha uma grande aliada.

- Mas e se ele decidir ir? – A Rúbia olhou para o Rubens, que foi claramente pego de surpresa com aquela pergunta.

- E vocês vão perder a melhor parte da vida? – A Hana encarou os dois. – Família reunida, pessoas que amam vocês, o lance do gracinha e da ferinha... – A Hana estava jogando pesado e baixou o tom de voz para falar mais perto da Rúbia. – Você abrir o seu estúdio de fotos para mulheres! Pensa bem, lorão, ficar aqui tem muitas vantagens.

A Rúbia olhou para a Hana como quem fica balançada e eu percebi que a minha amiga já estava dividida entre partir ou ficar. Eu estava na torcida para que ela ficasse.

- Se eu abrir o meu estúdio, você vai ser a minha garota propaganda, Nana, esse é o acordo. – A Rúbia falou e eu olhei para as duas confuso. – Numa foto tipo aquela que você me mostrou, só que mais profissional, uma luz melhor, uma maquiagem...

- De que foto ela está falando? – Eu olhei para a Hana sem entender, porque a Hana não era muito de tirar fotos.

- Ah, daquela primeira que te mandei, lembra? A que deu início a tudo isso. – A Hana falou calmamente e naquele momento quem tinha um inferno de pensamentos loucos girando na cabeça era eu e eu não entendi porque os três começaram a rir.

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