Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 130

“Alessandro”

Já se passou um mês desde que Catarina e eu nos encontramos furtivamente no elevador. Como tinha sido intenso! Eu morria de saudades dela, estávamos separados há dois longos e difíceis meses. Ela passou a me evitar de todas as formas. Rick e Samantha, atendendo a um pedido dela, passaram a avisá-la sempre que eu saía da minha sala ou ia até a sala do Patrício, dando a ela a oportunidade de se esquivar de mim.

Mari estava de volta para passar mais uma semana conosco. No sábado teríamos uma reunião importantíssima sobre a auditoria que, parece, já estava chegando ao fim. Mas hoje eu tinha que fazer uma coisa que eu não queria, eu tinha que acompanhar aquela insuportável da Ana Carolina em uma consulta com o ginecologista, ela faria o primeiro ultrassom. Eu não estava nem um pouco animado com isso.

A consulta seria no fim do dia, então passei o dia todo irritado e sem cabeça para o trabalho. Eu evitava encontrar aquela chata e o advogado intermediava os assuntos entre nós. O coitado praticamente se tornou um moleque de recado. O Junqueira andava muito quieto e eu estava preocupado com isso e já tinha comentado com Patrício e Alencar que havia algo estranho.

As quatro da tarde o Rick me avisou que era hora de eu ir para o consultório médico. Pra mim eu estava indo a um circo de horrores. Me levantei emburrado, vesti o paletó e fui para o meu suplício. Quando cheguei ao consultório o cão do inferno já estava lá com a mãe e se levantou correndo tentando se jogar em meus braços, eu me afastei para o lado e ela despencou em cima do sofá à sua frente.

- Ai, gatinho, que brincadeira boba. Eu quase me machuquei. – Ana Carolina falou com aquela voz estridente e insuportável.

- Não é brincadeira, já cansei de te avisar pra não me tocar. – Falei irritado e percebi, pelo canto do olho que a secretária tentou disfarçar uma risada.

Nem perdi meu tempo de cumprimentar a mãe daquela praga. Fiquei de pé olhando pela janela e só me virei quando o médico chamou pelo nome daquele encosto.

O médico tinha um sorrisinho ordinário no rosto e veio cheio de gracinha para o meu lado estendendo a mão:

- Você é o feliz papai! Meus parabéns!

Olhei para a mão dele estendida e ignorei. Não gostei desse cara. Tinha algo nele que me soava falso, ensaiado demais. Geralmente meu instinto não falha, mas como era o médico da gralha do inferno eu pensei que minha antipatia poderia ser por isso.

- Podemos começar, Doutor? Eu não tenho o dia todo. – Falei com muita arrogância, mas eu não estava nem aí.

Entramos na sala e começou o circo. O médico fez uma lista enorme de perguntas para a insuportável e depois se virou pra mim:

- Então, papai, sua esposa está te dando muito trabalho com os desejos?

Eu queria arrancar a cabeça desse babaca. De cara fechada o respondi:

- Ela não é minha esposa. Se tem desejos eu não tenho a menor idéia e não estou nem um pouco interessado em saber.

O médico me olhava estupefato e a insuportável se apressou em dizer que nos casaríamos em cerca de um mês. Eu revirava os olhos e queria desaparecer dali.

O médico mandou que ela trocasse de roupa se deitasse na maca para fazer o ultrassom. Quando começou o exame falou todo animado, sem tirar aquele sorrisinho ordinário do rosto:

- Olha ali! É o bebê de vocês!

- Ai, que emoção. Olha, gatinho, nosso filho é a sua cara. – Ana Carolina grasnou e sua mãe enxugava as lágrimas.

- Pelo amor de deus, criatura, não é nada além de uma bola em um borrão. – Eu estava exalando irritação pelos poros e aquela tortura não acabava.

- Não fala assim do nosso bebê, Alessandro! – Ana Carolina gritou. Ela gritava demais.

- Espera, vou colocar os batimentos do coraçãozinho para vocês ouvirem. – Aquele médico cretino falou todo empolgado. Colocando som no aparelho.

Logo batidas aceleradas de um coração ecoaram pela sala e a Ana Carolina começou a gritar e bater palmas. Senhor, essa criatura me assusta! Ela e a mãe fizeram um escândalo.

- Você não está emocionado, gatinho? – Ana Carolina me perguntou mostrando aquela boca cheia de dentes. Eu devia estar muito doido quando transei com essa criatura.

- Não, não estou emocionado e eu nem queria ter um filho com você. Só estou aqui porque sou responsável. – Respondi emburrado.

- Alessandro! – Ela gritou. – Vai traumatizar nosso filho antes dele nascer.

- Ótimo, vou incluir a terapia no contrato com as minhas obrigações de pagamento. – Eu não estava nem aí pra ela e nem pra esse filho. Confesso que isso me causava um mal estar, pois não era normal que eu estivesse rejeitando essa criança. Um pai se emociona com seu filho e eu sempre quis ser pai, mas essa criança não me fazia sentir nada. E foi com esse pensamento que eu saí do consultório.

A consulta foi insuportável, eu me senti sufocando naquele lugar. O médico ainda receitou vitaminas, pediu vários exames e disse para marcar com a secretária o retorno em trinta dias.

Capítulo 130: Primeiro ultrassom do bebê 1

Capítulo 130: Primeiro ultrassom do bebê 2

Capítulo 130: Primeiro ultrassom do bebê 3

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