“Giovana”
Nós estávamos na cozinha e o empadão da mãe do Anderson era de comer rezando. A massa dissolvia na boca e o recheio era cremoso, foi mesmo o melhor que eu já tinha comido na vida. A visita estava indo tão bem, eu me senti tão à vontade, que parecia que eu já conhecia a Bianca e a D. Fátima há muito tempo. Nós estávamos rindo quando um rapaz um pouco parecido com o Anderson entrou.
- Ah, olha quem voltou! – O rapaz falou alegre e jogou a mochila no chão para dar um abraço no Anderson.
- Bom te ver, Fê. Está cuidando delas? – O Anderson se levantou e abraçou o rapaz, com certeza era o irmão.
- Eu tento, Andi, mas a Bi é incontrolável e a mamãe anda recebendo um amigo aí. – O rapaz contou e o Anderson encarou a mãe com reprovação.
- Que história é essa mãe? – Ele perguntou e a mãe ficou sem graça.
- É um amigo do trabalho, Anderson, uma boa pessoa que tem...
- É um pretendente, Andi. Eu gosto dele. – A Bianca se apressou em dizer e o Anderson e o outro rapaz estavam encarando a mãe bastante sérios.
- Isso é sério, mãe? Um namorado? – A pergunta do Anderson pareceu constranger a mãe e eu fiquei brava com ele. Que coisa ridícula, ele não queria que a mãe namorasse? Ah, mas isso ia mudar!
- Qual o problema, gracinha? Você pode namorar, mas a sua mãe não? Não me vem com essa! – Eu me apressei a dizer e me virei para a minha sogra. – D. Fátima, eu sei que o seu marido faleceu e que foi um homem bom, mas a senhora já criou os seus filhos e não tem que dar ouvidos para eles não. Tenho certeza que o seu marido ia querer que a senhora fosse feliz. E eu duvido que se fosse o contrário ele teria ficado sozinho tanto tempo.
- Ah, querida, obrigada! E você tem razão, meu marido me diria exatamente isso. Mas esses meninos, são um bando de ciumentos, acham que mãe só pode ser mãe. – A D. Fátima falou e eu me levantei e encarei o Anderson, ele não podia me decepcionar assim.
- É isso mesmo, Anderson? Você acha que sua mãe não pode namorar? – Eu fiquei bem na minha frente dele.
- Eu adorei a minha nora! – A D. Fátima falou já sabendo que ou o Anderson aceitava o namorado dela ou teria problemas comigo.
- Ferinha...
- Anderson, não vem com essa! Você viu a minha família? Meu pai tem uma namorada, minha mãe tem um namorado, todo mundo é amigo e eu não fico implicando com ninguém. Essa coisa de achar que pode proibir a sua mãe de namorar é coisa de menino birrento! – Eu cruzei os braços, e o encarei irritada.
- Ih, Andi, agora eu entendi porque ferinha! – O rapaz comentou e o Anderson riu.
- Vem cá, minha linda! – Ele me puxou e deu um beijo em meu rosto. – O pior é que a ferinha tem razão. Mãe, me desculpe. É que, a senhora sabe, nosso pai... – Ele se enrolou um pouco com as palavras, mas todos nós entendemos o que ele quis dizer. – A Giovana tem razão, a senhora está viva e merece ser muito feliz. Se esse cidadão é um bom sujeito e te faz feliz, pra mim está tudo bem.
- Hum! Melhor assim! – Eu falei com ele bem séria e olhei para o rapaz ao lado. – E você?
- Gente, eu ainda nem fui apresentado, mas já estou respeitando a cunhadinha! – O rapaz brincou. – Tudo bem, mãe, da próxima vez que o namorado vier eu vou ser educado. A cunhadinha tem razão. Aliás, prazer, eu sou o Felipe, o irmão do meio. – Ele estendeu a mão para mim. Ao contrário do Anderson ele era bem falante e sorridente, assim como a Bianca.
- Ah, finalmente! Eu gosto do namorado, ele é tão divertido! – A Bianca riu.
- Mas não era pretendente! – O Anderson perguntou e e eu o encarei com reprovação. – Desculpa! Mãe, só tenha a certeza de que é uma boa pessoa.
Aquela visita foi totalmente agradável, nós conversamos, rimos e eu me senti à vontade entre eles, como se fossem família pra mim e isso me deixou muito feliz e eles também parecia ter gostado de mim.
- Ferinha, nós temos que ir. – O Anderson me chamou.
- Ah, mas já?! – A Bianca reclamou.
- Bi, a ferinha tem horários. – O Anderson falou e a Bianca me abraçou.
- Querida, essa é sua casa. Venha quando quiser. – A D. Fátima me deu um abraço apertado e até o Felipe me deu um abraço.
Nós saímos conversando, a família toda foi até o portão e, enquanto a D. Fátima abraçava o Anderson, eu ouvi uma voz do outro lado da rua.
- É, Anderson, está cada dia mais gostoso, hein?! Passa lá em casa, pra relembrar os velhos tempos.
Ah, mas aquilo me deixou irritada, muito irritada. Eu olhei para o Anderson que ficou tenso e eu vi os olhos da D. Fátima cheios de raiva. Eu me virei e vi uma mulher um pouco mais velha que a D. Fátima do outro lado da rua.
- Quem é essa, Bi? – Eu perguntei e antes que o Anderson abrisse a boca a Bianca respondeu.
- É a velha que come criancinhas, Gi! – A Bianca também estava com raiva.
- Ah, mas ela vai aprender que aqui ela não cisca mais! – Eu falei e saí andando.
- Eu vou te ajudar! – A Bianca foi atrás de mim.
- Ferinha, eu não quero que você se meta em confusão.
- Anderson, eu odeio aquela mulher! – Eu respondi com a voz embargada. – E eu sei o que ela quis dizer quando disse aquela coisa sobre o que pode te dar e eu sei que ela tem razão e...
- E nada! Ela não é nada, não pode me dar nada, não significa nada! – Ele segurou o meu rosto entre as mãos e me olhou nos olhos. – É você, Giovana, só você que é tudo o que eu quero, que eu amo. Não pensa naquela mulher! Ela é um passo errado que eu dei na minha vida, mas ela não faz parte da minha vida.
- Anderson, eu ainda sou muito nova e você vai querer coisas que...
- Gi, para! Tudo o que eu quero é estar com você! Quero seus beijos, seus abraços e o seu carinho. O resto, Gi, vai ter tempo certo pra acontecer. Vai demorar, mas eu não tenho pressa, porque nós temos a vida toda. Eu não preciso de nada além do que eu já tenho com você! Você entende?
- Tem certeza?
- Minha ferinha linda, eu tenho total certeza! Agora eu quero um sorriso bem grande, porque sabe o que você fez hoje? – Eu fiz que não e ele sorriu. – Você ganhou o coração da sua sogra! Minha mãe e meus irmãos te adoraram, como eu tinha certeza que seria.
- Eles gostaram mesmo de mim?
- Muito! E já que paramos aqui, eu quero comprar uma coisa pra nossa leitura de hoje.
- O quê?
- Algodão doce! – Ele sorriu e me fez rir.
- E pipoca também?
- Só se for meio a meio, um pouco doce, um pouco salgada.
- É o meu jeito preferido! – Eu respondi e ele me beijou um beijo cheio de carinho, que me fez sentir como se eu estivesse flutuando.
- Você é tudo, ferinha, não esquece! – Ele sussurrou e me deu outro beijo.
E nós ficamos por ali um pouco, só um com o outro, dando beijos e abraços e ele me falando coisas bonitas, sobre os planos que ele estava fazendo para o futuro e sobre como ele me queria nesse futuro.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......