“Rafael”
O meu tempo com a Hana foi interrompido pelas batidas insistentes na porta, celular e campainha tocando, um verdadeiro inferno e claro que foi provocado pela Raíssa e pela Rúbia, que estavam rindo como loucas quando eu abri a porta.
- Os namorados de vocês não conseguem mantê-las ocupadas? – Perguntei e elas entraram rindo.
- Muito ocupadas, Rafa, mas já deve estar na hora da sua filha chegar. – A Rúbia falou e eu sorri para ela.
- A minha filha pode ir para o apartamento da mãe, ou para a casa do novo tio! – Eu brinquei.
- Ah, mas ela vai vir para a casa do pai, eu tenho certeza! – A Raíssa brincou. – E obrigada, por me mostrar que as paredes são finas de forma tão didática!
- Ah, nem reclama, Rai, porque hoje nós tivemos que manter a Giovana na sala o dia todo! – Eu avisei. – Vocês fiquem à vontade, eu vou tomar um banho.
- Não faz muito barulho, a Giovana deve estar chegando! – A Rúbia falou alto pra mim enquanto eu já desaparecia no corredor.
Já era hora do jantar quando a Giovana e o Anderson entraram em casa muito sorridentes e com as mãos cheias de algodão doce.
- Pelos sorrisos o passeio foi bom. – Eu brinquei enquanto eles distribuíam algodão doce entre as garotas.
- Foi mais que ótimo, pai! – A Giovana parou sorrindo em minha frente e me entregou um algodão doce. – Pra você, o pai mais lindo e mais amado do mundo!
- Deixa ver! – Eu coloquei a mão na testa dela. – Está com febre! Precisa ir para o hospital urgente!
- Bobo! – Ela riu e me abraçou. – Pai, eu adorei a família do Anderson! A D. Fátima é muito fofa e a Bianca é tipo eu assim...
- Filha, calma! A D. Fátima eu sei que é a mãe do Anderson, mas quem é Bianca? – Eu perguntei para desacelerá-la, pois ela queria contar tudo de uma vez.
- Minha cunhada, pai! E tem o Felipe, o cunhado, super gente boa! O Anderson disse que eles gostaram de mim, eu gostei muito deles todos, me senti em casa lá.
- Você se comportou bem, Gi, ou soltou a língua como faz aqui em casa? – Eu perguntei e ela deu um sorrisinho que a denunciava.
- Ah, pai, o Anderson disse que era para ser eu mesma, eu fui, ué?! – Ela falou com os olhos brilhando de alegria.
- Como foi essa visita, Anderson? – Eu perguntei para ele, que olhava a Giovana com aquela carinha de apaixonado e um meio sorriso no rosto.
- Foi ótima, Rafael! Minha família realmente se encantou por ela, como eu sabia que seria. – Ele respondeu todo bobo. – E nós acabamos demorando muito lá em casa e eu não a levei para passear como tinha prometido, mas nós paramos numa pracinha que tinha um pipoqueiro re ficamos por lá um pouco.
- Ah, que lindo! Namorinho na praça! – A Hana sorriu toda boba. – A Mel também ia namorar na praça com o Fernando, Gi, ele até mandou colocar um banco de praça no quintal e um pé de amora, como era na praça que eles iam.
- Ai, eu adorei, Hana! Falei com o gracinha que eu quero ir lá de novo. A gente conversou bastante sobre um monte de coisas e comeu pipoca e...
- Gi, você está esquecendo de uma coisa. – O Anderson falou já sério e eu percebi que algo tinha acontecido.
- O que aconteceu, Anderson? – Eu perguntei e ele me olhou meio sem graça.
- Ah, pai, nada demais, eu só deu um jeito na velha que come criancinhas! – A Giovana estalou a língua e deu de ombros, mas o Rubens, esse começou a rir como se tivesse ouvido uma piada.
- Do que ele está rindo? – Eu perguntei confuso.
- Você sabe, chefe, a ferinha é ciumenta... – o Anderson parecia não saber como contar o ocorrido.
- A velha que come criancinhas, Rafael, é a mulher que seduziu o Anderson quando ele era adolescente, é assim que a Bianca a chama. – O Rubens explicou e eu não sabia o que pensar da situação.
- O que você fez, Giovana Maria? – Eu me virei para a minha filha que estava sorrindo lindamente.
- Arranquei o alongamento de cabelo dela, passei uma rasteira igual a Sandra e avisei para ficar longe do meu namorado! – Ela falou como quem falasse do tempo.
- Giovana, minha filha! – A Raíssa ficou horrorizada.
- Chefe, eu não consegui segurar a ferinha, ela foi mais rápida que eu. Quando eu me dei conta ela já estava agarrada aos cabelos da outra. Mas pode ter certeza que eu jamais deixaria a outra tocar nela! – O Anderson explicou e eu ri.
- Eu sei disso, Anderson. Giovana, as vezes eu me arrependo de ter te ensinado defesa pessoal! – Eu falei e ela sorriu. – Puxão de cabelo não é uma técnica muito aprimorada, filha!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......