“Hana”
Eu voltei a trabalhar na segunda e já estava com tudo organizado para o aniversário do Rafael. Eu estava ansiosa, era o primeiro dos aniversários em família, nessa nova família que eu estava entrando e era uma família diferente, unida, engraçada, que se entendia, se respeitava, que falava sobre tudo e, principalmente, uma família que tinha muito amor.
- Hanaaa! Que bom ter você de volta. – O Fernando chegou pouco depois de mim. – Como você está?
- Bem, Fernando! Obrigada pela folga, prometo que vou recompensar. Foi importante ficar esses dias em casa, eu me mudei para o apartamento do Rafael.
- Olha! Então o negócio é muito sério mesmo! Que bom, Hana, o Rafael é um bom sujeito.
- É sim! E a Mel? – Está bem. Hana, você precisa tirar umas férias?
- Fernando, eu acabei de voltar ao trabalho! – Eu ri.
- Olha, o que eu quero saber é se você precisa de uns dias de folga, porque quando a gravidez da Mel avançar, eu vou precisar de você aqui o tempo todo e vou precisar muito e talvez até fora de horário. – Dava para sentir a preocupação na voz do Fernando.
- Fernando, se eu precisar de uns dias antes disso, eu te falo. Mas quando a minha diva master precisar de você, você estará lá para ela e eu estarei aqui por você. Nós somos uma equipe. E eu já tenho até um assessor! – Eu brinquei e apontei para o Rubens e os dois riram.
- Tá bom! Outra coisa, eu demiti a Aline.
- Quem? – Eu não sabia de quem ele estava falando.
- A telefonista que te passou o recado falso. Ela tentou se fazer de inocente e que não sabia que não era o seu tio, mas eu não gostei, pra mim ela estava escondendo algo, então eu a demiti e enviei o computador e as listas de ligações para o Flávio. Ele vai dar uma checada e ver se descobre algo.
- Coitado do Flávio, eu só estou dando trabalho pra ele. – Eu comentei. – Obrigada por se preocupar, Fernando!
- Não saia por aí sozinha, entendeu? Se o Rubens não puder estar aqui você vai ligar para o chefe de segurança do hospital e pedir um segurança de confiança para ficar com você. Certo, Hana?
- Certo, chefe! Prometo! Já disse para o Rafael que não vou dar um passo sozinha mais até tudo isso ter fim. E eu sei que o Flávio vai colocar fim em tudo.
- Vai sim! Ele é o melhor! Mas só por segurança, aqui, Rubens, cópia das chaves de todas as salas aqui da diretoria, assim ela não tenta te trancar de novo. – O Fernando tirou um chaveiro cheio de chaves do bolso e entregou para o Rubens, sorrindo pra mim, que estava chocada com a falta de confiança deles na minha promessa. – Agora vamos trabalhar.
- Viu, pequena, se você aprontar eu te tranco naquele quartinho! – O Rubens deu uma risada divertida e guardou as chaves no bolso.
- Cheio de graça! – Eu estreitei os olhos para ele. – Vem, senta pra separar esses papéis pra mim.
Eu tinha muito trabalho para colocar em dia, muita coisa para fazer, então o dia passou muito rápido, mesmo que eu estivesse morrendo de saudade do meu psicogato. E eu já estava pegando a minha bolsa para sair quando o telefone sobre a minha mesa tocou. Eu quase deixei de atender, porque o Fernando havia acabado de sair, mas poderia ser importante, então eu apertei o botão e atendi no viva voz, enquanto tirava o carregador do celular da tomada.
- Hospital Santé, diretoria, boa noite!
- Boa noite, vagabunda! Pensou que eu ia esquecer de você só porque arrumou um troglodita para me deixar manco? – A voz do Frederico soou pelo telefone e me fez desabar na cadeira, trêmula e com medo.
- O que você quer? – Eu balbuciei e me assustei com a mão do Rubens no meu ombro.
- Te avisar, sua piranha, que todas essas merdas que você fez comigo eu vou cobrar com juros! Mas vai ser lentamente. Eu vou te deixar apavorada primeiro, Hana, vou atacar onde você menos espera, mas que vai te causar uma dor tão grande que você vai se arrepender de ter me feito de otário. Eu vou te deixar morta de medo, vou estar em todos os lugares, vou pegar cada um daqueles que te importam, vou tirar tudo de você. E quando você estiver apavorada, sozinha e sem ter para onde ir, eu vou te pegar e eu vou te matar lentamente, com muita dor, tanta que você vai ficar louca antes de morrer, sua vagabunda ordinária! – Cada palavra do Frederico pingava ódio.
Assim que ele acabou de falar o Rubens desligou a chamada e olhou para mim. Eu estava chorando, com falta de ar, dor no peito e já estava muito assustada. Ele se abaixou em minha frente e segurou as minhas mãos.
- Pequena, vamos contar e respirar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......