Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1318

“Flávio”

Eu estava na sala do diretor do presídio esperando o meu informante ser trazido pelos guardas, o que estava demorando muito.

- Desculpa a demora, delegado, mas o Pão com ovo estava prestando serviços. – Um dos guardas falou ao entrar com o preso e o colocar sentado em minha frente. O tipo de serviço que o Pão com ovo prestava era como o das garotas do sobe e desce, mas o pagamento que ele recebia não era em dinheiro.

- Ui, se eu soubesse que era o meu delegato eu tinha deixado o Cavaco se virar sozinho. – O preso se sentou e cruzou as pernas com a delicadeza de uma dama. Mas o Pão com ovo era na verdade uma coisinha muito caricata, com a voz afeminada e trejeitos engraçados.

- Você não faz o meu tipo, Pão com ovo! – Eu respondi e ele riu.

- Ai, delegato, mas você faz muito o meu! Todo grande! Uuuiii! – Ele se inclinou para frente com um sorrisinho ridículo.

- Pão com ovo, corta a palhaçada! Vamos falar sério aqui.

- Mas eu falei sério. Aff, que falta de humor! – Ele revirou os olhos. – Fala, delegato Moreno, o que eu posso fazer por vossa pessoa?

- Eu quero um zé mané que está no seu pavilhão. – Eu falei e ele estalou a língua e virou o rosto.

- Flávio, não rola, aqueles caras são piores que a turma do Ferrolho! O Ferrolho sabe, aquele que você deu uma quebrada violenta no negócio dele e ele deu uma quebrada violenta nos caras que foderam com ele?! Os caras do meu pavilhão não vão só me quebrar, vão me fazer comer capim pela raiz! E eu estou nesse pavilhão só porque o chefe lá gosta de umas coisinhas que eu faço e em troca ele me protege, você sabe que eu tenho desafetos aqui.

O Ferrolho tinha desafetos por todo lado, porque ele falava demais, era só dar corda e deixar que ele se empolgasse e ele contava até os detalhes mais sórdidos.

- Não, Pão com ovo, você está nesse pavilhão só porque vai me ajudar e me dar o que eu quero.

- Ah, não Flávio! Não faz isso comigo! Eu já te ajudei tanto! Agora me esquece, vai?! – Ele choramingou, mas eu precisava dele.

- Olha, Pão com ovo, você me ajuda e eu te ajudo. Você nunca saiu perdendo comigo. Vai, me pede algo que você queira e não esteja conseguindo. – Eu esperei, eu sabia que tinha algo, sempre tinha.

- Qualquer coisa? – Ele me perguntou meio desconfiado.

- Qualquer coisa lícita! – Eu avisei.

- Tira o Bocão do pavilhão e manda pra bem longe. Ele anda fazendo uma concorrência comigo e já tem muitos admiradores daquela boca de caçapa e o chefão anda gostando mais do bocão dele do que do meu pão com ovo, entende?! Eu não gosto de concorrência! – Ele pediu e eu sabia bem de qual tipo de concorrência ele queria se livrar.

- Eu tiro o Bocão do pavilhão agora! Mas se você me enrolar, ele volta sabendo que você é X9! – Eu o encarei.

- Mas tira agora mesmo? – Ele perguntou e eu fiz que sim. – Tá! Quem é o zé mané?

- Frederico...

- O Kruger? Aquele filho da putinha que se acha melhor que todo mundo? – O Pão com ovo riu. – Aff! Delegato, eu realmente te ajudaria com muito prazer, porque aquele viado é uma bicha enrustida que se acha melhor que eu! Me diz, Flavitcho, que homem, mas homem mesmo, tipo você assim, homão, b**e em mulher, fala mal de mulher, fala que tem nojinho de mulher que tem celulite e outras coisas? Ah, não, aquele ali faz força demais pra gostar de mulher, mas o que ele gosta mesmo, Flavitcho, é o que eu tenho pra dar! – O Pão com ovo deu uma gargalhada.

- Pão com ovo, me poupe, vai! E é Flávio, não te dei liberdade pra me colocar apelido! Você vai me ajudar?

- Nem a pau! Quer dizer, se for o seu pau, aí né...

- Mas que merda! Eu tenho que ouvir cada uma! – Eu fechei os olhos tentando não perder a calma. – Porque você não vai me ajudar, Pão com ovo? Eu já entendi que você não gosta do cara.

- Eu não gosto dele e ninguém no pavilhão gosta dele. Mas ele é um filho da putinha útil para o chefão!

- O que isso quer dizer?

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