“Alessandro”
Quando o Alencar disse que queria me falar algo sobre o acidente dos meus pais eu senti um gosto amargo na boca. Eu tinha um pressentimento muito ruim sobre esse acidente.
- Já descobriu alguma coisa? – Perguntei.
- Sim. Descobrimos quem foi o policial que o Junqueira pagou, com o nome dele, foi fácil para o Marcos Paulo investigar e descobrir que se trata de um corrupto, que vive muito bem numa excelente casa em um condomínio de alto padrão, tem três carros importados na garagem, os filhos estudam em ótimas escolas particulares e a mulher é uma ratazana de shopping. Ele recebe muito dinheiro ilícito, mas não sabe esconder e não consegue viver modestamente. Descobrimos que ele está na folha de pagamento de um traficante inclusive. Com todas as informações e provas, fui até um amigo que trabalha na corregedoria de polícia e ele abriu a investigação contra o policial e conseguiu a reabertura do inquérito sobre o acidente dos seus pais, mas está sob sigilo, com uma equipe muito reduzida, o que torna a investigação mais lenta. Contudo, eles já descobriram que algumas provas desapareceram do inquérito. Vai demorar um pouco, mas nós vamos chegar ao fundo disso.
- É uma excelente notícia, Alencar. – Falei respirando fundo.
- E por último. – Alencar pontuou. – Fomos atrás dos investigadores que você contratou para procurar aquela mulher. Conseguimos as provas de que eles forjaram a investigação, recebendo de você e do Junqueira e te dando informações falsas. Eles já foram denunciados na Associação Nacional de Detetives Privados. O processo disciplinar corre sob sigilo, mas certamente perderão suas licenças e você poderá processá-los por danos morais e materiais. Sei que você certamente não se interessa por isso, mas seria mais uma arma contra o Junqueira e fortaleceria a investigação sobre a fraude, isso pode ajudar a mandá-lo para a cadeia por muitos anos.
- Bom, se você acha importante vamos processar. – Concordei.
- Seu advogado pessoal é o Albuquerque? – Ele perguntou e eu concordei. – Meu amigo pessoal e uma fera como advogado. Posso trabalhar nisso com ele se você quiser.
- Quero sim, Alencar, se você não se importar, seria um peso a menos sobre mim nesse momento. As coisas já não estão fáceis. – Desabafei.
- Claro, filho, não tem problema. Faço com o maior prazer. – Alencar me sorriu. – Mas tem mais uma coisa. Preciso saber se você quer que eu mande meus investigadores atrás daquela pessoa.
Alencar escolheu as palavras para não melindrar a Catarina, mas ela sabia exatamente do que ele estava falando e tinha os olhos fixos em mim. Eu imediatamente respondi.
- Não, Alencar, isso é passado. – Ele concordou, mas em uma fração de segundo uma coisa muito louca passou pela minha cabeça. – Não, Alencar, melhor investigar, encontre-a. Eu preciso fechar os ciclos e preciso de respostas. Essa mulher pode ter ficado grávida, sei lá. Encontre-a e descubra como ela está. – No momento em que falei vi decepção nos olhos da Catarina.
- Perfeitamente! – Alencar me respondeu.
Reunião encerrada e todos se despediram e foram saindo. Segurei a Catarina pelo braço e pedi a ela que me desse só um minuto. Quando todos saíram eu olhei pra ela, que estava ainda mais pálida.
- Meu anjo, acho que vou te levar ao hospital, você está ainda mais pálida. – Falei preocupado. Parecia que depois do chá ela tinha melhorado, mas agora parecia estar pior.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......