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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1322

“Rubens”

Eu já estava cansado de conviver com a possibilidade da Rúbia voltar para a Austrália e eu não entendia porque ela insistia nisso, afinal a família dela estava aqui, ela era feliz aqui, poderia fazer o trabalho aqui, eu estava aqui! Mas ela ficava insistindo que eram só três meses... agora bem menos que isso. E aí veio a ameaça do Frederico e aquele outro maluco atrás de todas elas, isso foi demais pra mim. Eu não podia nem pensar nela em outro país correndo risco.

- Você não vai falar comigo, fofinho? Está calado desde que saímos do apartamento do Rafa. – Ela perguntou reticente enquanto eu fechava a porta do meu apartamento.

Eu me virei e a encarei por um momento, eu estava meio que remexendo dentro de mim todas as coisas que eu gostaria de dizer a ela, mas não sabia como dizer. Eu caminhei até o sofá e me sentei.

- Lorão, eu estou preocupado. – Eu confessei e ela se sentou ao meu lado.

- Isso eu notei, fofinho. Quer me contar?

Eu pensei por um momento em como dizer tudo aquilo que eu imaginei que ela já soubesse, mas pelo visto a Rúbia precisava das coisas ditas claramente.

- É essa sua idéia fixa em ir embora, Rúbia. Parece que você não percebeu as coisas ainda. – Eu mergulhei o meu rosto entre as mãos, ficar pensando em tudo o que podia dar errado era exaustivo.

- Rubens. – Ela chamou e segurou o meu pulso, me fazendo olhar para ela. – A minha vida está lá e esses loucos não estão atrás de mim, eles nem se lembram que eu existo.

- Ah, Rúbia, você parece não querer ver o que está diante do seu nariz! – Eu grunhi em frustração. Ela era a mulher mais incrível que eu já havia conhecido, mas era igualmente cabeça dura.

- E o que está diante do meu nariz, Rubens? – Ela me olhou como se olhasse para uma criança birrenta.

- Eu, Rúbia! Eu estou debaixo do seu nariz! Ou melhor, eu estou nas palmas das suas mãos e cada vez que você fala da Austrália eu fico com a sensação de que eu vou ser descartado assim que você comprar sua passagem de volta. – Eu dei uma risada seca, era impossível que aquela mulher não tivesse entendido isso ainda.

- Na verdade a minha passagem já está comprada. – Ela respondeu sem nem me encarar.

- Como é, Rúbia Helena?

- Pronto! Agora aprendeu com a mamãe e vai me chamar de Rúbia Helena sempre que estiver irritado.

Ela se levantou e se afastou de mim, indo mexer nos objetos da estante. Era um traço dela, sempre que ficava meio nervosa ou sem saber o que fazer, ficava mexendo aleatoriamente nos objetos, sem parar.

- É, vou sim! Porque é o seu nome e ele é lindo! – Eu fui até ela e a pressionei contra a estante, segurando suas mãos para que ela parasse e prestasse atenção no que eu tinha para dizer.

- Olha, eu comprei a passagem de volta lá na Irlanda, no mesmo momento que comprei a de vinda, eu não imaginei que fosse encontrar você aqui. – Ela revelou, com os olhos fechados, e eu senti um pequeno alívio.

- Você está me descartando, Rúbia? – Eu perguntei baixo.

- Rubens, lá é a minha casa, meu trabalho está lá. Nós podemos continuar nos falando, você pode ir me ver, eu posso vir também e...

- Não me pede pra te deixar ir! – Eu encostei a minha testa na dela, fechei os olhos como ela e acariciei o seu rosto. – Eu não posso te deixar ir! Entende? Entende que eu não posso? Me pede qualquer coisa, Rúbia, mas não me pede para te deixar ir, não me pede para ficar longe de você. Eu me apaixonei, Rúbia Helena, perdidamente, como um louco. – Eu me afastei e olhei para ela, seu rosto estava molhado de lágrimas. – Olha pra mim, Rúbia, olha para o homem que te ama e diz que você vai ficar, diz que você também não pode ficar longe de mim.

- Rubens. – Ela abriu aqueles grandes olhos castanhos que estavam úmidos. Sua voz era pouco mais que um sopro. – Por que você tornou tudo mais difícil? Por que você bagunçou a minha vida assim? Estava tudo tão organizadinho, tudo no lugar, tudo chato e sem graça, como uma boa vida rotineira e tranquila tem que ser, sem complicações, sem preocupações, sem amor que rouba o fôlego e faz o coração bater rápido demais.

- A minha vida também estava toda organizadinha, chata e sem graça. Mas eu dou o meu mundo inteiro para perder o fôlego por você, para sentir o meu coração disparar quando eu te vejo. Me deixa ter você, Rúbia! Me deixa acelerar seu coração todos os dias, cuidar de você, estar ao seu lado. Me deixa encher o seu mundo de amor, me deixa te amar assim, com esse sentimento que tomou conta de tudo em mim, que faz o meu dia ser melhor só porque você sorri pra mim de manhã e me dá um beijo antes de dormir. Esquece a Austrália, Rúbia! Fica comigo! Eu te amo!

- Droga, Rubens! Por que você fez isso? Por que você me fez te amar de um jeito que dói só de pensar que eu tenho que ir? – As lágrimas caíam do rosto dela, demonstrando que ela estava sofrendo com a escolha que tinha que fazer. – Era pra ser só diversão... mas não é! Eu nem acreditava em Romeu e Julieta, casais morrendo de amor, que não podem viver um sem o outro... – Ela abaixou a cabeça e quando voltou a me olhar seus olhos estavam em chamas, como se ela quisesse gravar em mim o que ia dizer. – Você apontou direto no meu coração e não errou o alvo, Rubens! Eu te amo e eu sei que é irrevogável, que eu não vou conseguir te esquecer, esquecer isso que temos.

Eu estava sorrindo enquanto secava as lágrimas caindo dos seus olhos.

- Então, minha lorão, pra quê fazer a gente sofrer? Fica comigo! – Eu pedi uma vez mais.

- Eu estou com você! – Ela respondeu e me beijou, um beijo quente e desesperado, como se fosse um beijo que selasse uma decisão. Um beijo que roubou a minha alma de mim, me impregnando inteiro dela.

Eu a tomei em meus braços e a levei para o quarto. Eu fiz amor com ela, completamente rendido, sem barreiras, sem esconder os meus sentimentos, como se eu mostrasse a ela tudo o que tínhamos e que era a melhor coisa do mundo. Eu passaria a vida mostrando pra ela que ficar era a melhor escolha.

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