“Hana”
Eu estava olhando pela vidraça da sala do Rafael no bar. Lá embaixo a banda tocava animada e o salão estava lotado, não cabia mais ninguém ali, o bar dele era um sucesso.
- O que foi, minha doida? – O Rafael virou a cadeira para ficar de frente pra mim.
Desde que chegamos ele estava trabalhando, às voltas com qualquer coisa sobre bebidas.
- Estou pensando em tudo o que tem acontecido e se um dia as coisas vão se acalmar. – Eu respondi ainda olhando pela vidraça.
- As coisas nunca vão se acalmar, não com essa família maluca que temos! – Ele deu uma risadinha. – Vem cá! – Ele chamou e eu fui de bom grado para o seu colo.
- É, eu achei que eu fosse a única doida, mas vocês são todos meio malucos também. Eu fico imaginando a Rúbia, coitada, se acabando de chorar, desesperada, enquanto o melhor amigo e a irmã se embebedavam na festa dela. – Eu comecei a rir.
- Ah, eu era um jovem idiota. A Rai estava com raiva porque tinha terminado com um namoradinho que ela tinha e nós enchemos a cara. Tinha tudo para dar no que deu. – Ele deu uma risadinha. – Mas eu não me arrependo, a Giovana me fez um homem melhor.
- Que lindo! Sorte minha! – Eu sorri e passei a mão pelo rosto dele. – A Rub vai desistir de tentar fugir?
- Não sei. Eu espero que ela desista. – Ele deu um beijo na minha testa.
- E você vai me contar a história do Rubens? – Eu perguntei porque estava me roendo de curiosidade.
- Não, pelo mesmo motivo que você não me conta as conversas que tem com a Giovana. É a história dele, ele tem que contar. Mas eu sou capaz de apostar que amanhã isso será a pauta do café da manhã ou do almoço, do mesmo jeito que a Giovana faz. – Ele falou e me fez rir.
- Psicogato, você acha mesmo que a Gi vai esperar até os dezoito para avançar com o gracinha? – Eu sabia que o Rafael não era bobo e não era o tipo de pai que morreria porque a filha resolveu perder a virgindade.
- Sinceramente? – Ele me olhou e eu fiz que sim. – Não tenho nenhuma ilusão de que a Giovana espere. Mas eu gostaria que esperasse, que ela tivesse mais certeza das coisas e foi isso que eu falei para o Anderson. Eu sei que ela realmente ama o gracinha, mas eu não sei se ela realmente está pronta para dar esse passo. Eu só quero que quando ela decida, ela tenha certeza do que vai fazer e que seja bom pra ela, como foi o tal primeiro beijo que ela fez questão de contar em detalhes como foi incrível! Mas, me faz um favor, diz pra ela que eu não preciso dos detalhes da primeira vez dela. – Ele fechou bem os olhos e me fez rir.
- Não sei se você será poupado disso, é a Gi! – Eu ri e ele fez uma careta.
- É, a Gi é incomum! – Ele deu aquele sorriso lindo entre parênteses. – E considerando que você também é incomum, eu estou ansioso para conhecer os nossos filhos.
- Nossos filhos? Assim, no plural? – Eu brinquei.
- Sim, dois ou três, me lembro que você concordou. – Ele me deu um beijinho rápido. – Inclusive, minha flor, precisamos marcar o médico, você não acha?
- É... mas você não acha que devemos esperar passar toda essa confusão? – Eu queria surpreendê-lo e eu esperava que ele concordasse que o momento era aquele e não tinha porque esperar, mas na verdade eu estava receosa que ele pensasse melhor e quisesse esperar.
- Não acho, minha flor. Acho que nós não podemos parar as nossas vidas, não devemos condicionar os nossos planos para quando o Frederico e toda essa corja estiver fora das nossas vidas. Isso seria dar a eles o poder de nos paralisar.
- É, tem razão! Mas eu estava pensando em deixar para depois do aniversário da Gi. Já está tão perto e eu sei que é um momento importante pra ela. – Eu tentei convencê-lo, guardando o meu pequeno segredo.
- Tudo bem. Marcamos a consulta para depois do aniversário dela. Vai ser um ótimo aniversário, não vai? – Ele sorriu.
- Sim! E eu já estou preparando o desejo, porque ela ganhou de nós no seu. – Eu brinquei e ele riu.
- É, mas antes do dela tem o seu. O que você prefere, comemorar em casa, só com a família, ou aqui no bar, com família, amigos e tudo mais?
- Em casa, só a família! Eu estou adorando isso. – Eu fechei os olhos sentindo uma alegria que eu pensei que nunca sentiria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......