Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1338

“Flávio”

Em menos de cinco minutos o Pão com ovo foi colocado em minha frente e, pelo estado dele, nós havíamos chegado bem a tempo. Eu encarei o diretor, que tinha um sorrisinho cínico no rosto, mas aquilo ali não tinha graça nenhuma.

- Olhaaa! Você conseguiu! E ninguém morreu. – Eu o encarei irritado.

- Ah, realmente meus guardas trabalham muito bem! – Ele continuava sorrindo, menos cínico e um pouco mais nervoso. – Aqui, delegado, preciso que assine isso, as formalidades de sempre.

Eu peguei os documentos que ele me entregava, li cada linha e assinei. Devolvi a ele sem dizer nada.

- Delegado, vou mandar uma escolta acompanhar vocês, assim, quando terminar lá no fórum, vocês não precisam perder tempo trazendo o preso de volta. – O diretor falou e já estava sinalizando para alguns guardas.

- Nem perca seu tempo! O preso sai comigo e volta comigo! – Eu avisei e dei as costas, segurei o Pão com ovo pelo braço e o levei para a viatura.

Aquele diretor não perdia por esperar, a festinha dele no presídio da alegria estava chegando ao fim.

- Entra aí, Pão com ovo! – Eu abri a porta de trás e o Pão com ovo entrou. – Vai na frente, Renatinha. – Eu dei a volta e entrei no banco de trás da viatura e nós saímos dali.

- Ai, meu herói! – O pão com ovo se jogou sobre mim assim que nos afastamos do presídio.

- Êêê! Sai pra lá, Pão com ovo! – Eu queria rir, mas tinha que manter a postura.

- Ai, Flavitchô, desculpa, eu tô até emocionada! – Ele secou os olhos. – Você chegou na horinhaaa! Olha, olha aqui! – Ele apontou para o pescoço. – O Kruger ia quebrar o meu pescocinho!

- Pão com ovo, porque você não me disse quem estava naquele maldito pavilhão? – Eu perguntei e ele tremeu. – E não vem com desculpa, você encarna essa bicha abusada, mas você é muito esperto e sabe que era importante.

- Ai, Flavio! Foi justamente para manter o meu pescocinho intacto! – Ele me encarou. – Mas eu não sei o que aconteceu, porque o Kruger veio pra cima de mim hoje no pátio e... aí os guardas apareceram na hora certa. Porque eu também nem queria morrer sem te contar as coisas que eu ouvi.

- Você tem informações pra mim, que bom! Mas você vai contar tudo. Agora eu não quero só o Frederico, agora eu quero todos aqueles filhos da puta, entendeu? Eu quero o Frederico, o Reinaldo, o Dênis e o Daniel, o Gustavo e, principalmente, o Cláudio e o Cândido! Todos eles! Entendeu? – Eu o encarei.

- Flávio, não faz isso comigo! Eu te imploro. Se eu entregar esse bando eles não vão só me matar, eles vai fazer comigo o mesmo que fizeram com o Chuck! – Eles estava parecendo desesperado e tremia como um bambu verde.

- Quem é Chuck? – Eu franzi a sobrancelha.

- Você sabe quem é! – Ele me encarou e eu neguei com a cabeça. – Aff! Você não sabe nada dessa prisão mesmo. – Nisso ele tinha razão. – José Carlos Junqueira, lembra dele?

- Outro filho da puta, mas ele não está no seu pavilhão. – Eu comentei me lembrando daquele ser desprezível que infernizou a Catarina e o Alessandro.

- Não, mas ele é uma lenda. Acontece que quando chegou ele foi castigado por ter deixado os comparsas dele na mão. Ele não levou uma surra, ele foi torturado, perdeu a perna e ficou completamente desfigurado, cheio de cicatrizes pelo corpo, passou meses na solitária e nem queria sair de lá, mas o Diabo mandou tirarem à força, para que todos vissem do que ele era capaz. O Chuck é o exemplo e ninguém se mete com o Diabo porque não quer ficar igual ao Chuck! Agora o Chuck se arrasta pelos cantos da prisão e evita qualquer um, vive no canto dele e ele foi apelidado de Chuck porque ficou tipo o boneco do filme, cheio de cicatrizes, porque tentaram matá-lo, mas não conseguiram.

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