“Suzy”
A Hana como sempre acabou com o meu dia! Eu fui até aquele lugar para fazê-la perceber o quanto estava sendo injusta comigo e com o Gregório, mas ela não pensa em ninguém além dela mesma e me fez lembrar daquele período horrível depois que ela ficou adolescente.
Eu fingia que não via, mas eu via tudo, eu via os olhares do Gregório para ela, mas ela estava o tempo inteiro se insinuando, com aquela carinha de anjo, fingindo ser muito inocente, muito tímida. É instintivo do homem sentir atração por esse tipo, a culpa nunca foi do Gregório, afinal ele é homem! Ela que sempre foi uma safada, oferecida, que sempre fez de tudo para destruir o meu casamento.
E quando ela começou a namorar o Frederico, ela continuou chamando a atenção do Gregório. Eu só pude respirar aliviada quando eu consegui tirá-la de casa, depois de tanto insistir com o Frederico ele acabou levando aquela ingrata para morar com ele. E tudo o que ele fez com ela foi muito pouco. Ele deveria ter acabado logo com ela, teria me poupado muito sofrimento.
- Suzy, aqui, o seu drinque. – O Lenon me entregou a taça e se sentou na espreguiçadeira ao meu lado. – Obrigado por me convidar para passar o dia com vocês na piscina da sua casa.
- Ah, querido, eu que agradeço por você ter vindo me fazer companhia. Quando os filhos do Greg moravam aqui essa casa estava sempre cheia com os amigos deles, mas agora, ficamos sozinhos o tempo todo. E na verdade, o Greg passa muito tempo na empresa também, eu fico muito sozinha. – Eu expliquei.
- Quando quiser companhia me chama, Suzy, ou vai lá pra casa. – Ele me deu um sorriso.
- Suzy! Suzy! – O Gregório saiu da casa parecendo muito alterado.
- O que foi, Greg? Onde é o incêndio? – Eu brinquei, mas ele não estava para brincadeira.
- Suzy, ligaram do hospital onde a sua filhinha trabalha. O Frederico foi levado para lá, me disseram que o estado dele é gravíssimo. – O Greg falou agitado e eu levei o maior susto.
- Não diz isso, Greg! O que aconteceu com o Fred? – Eu me levantei apressada.
- Parece que levou uma surra na prisão. Outra! – O Gregório passou as mãos no cabelo muito nervoso. – Tudo culpa da sua filha, Suzy! Culpa daquela maldita da Hana!
- Aquela garota está precisando de uma lição, Greg! Está precisando aprender umas coisas! – Eu comecei a chorar. – Vamos para ohospital, eu quero ficar com o Fred e eu vou ter uma conversinha com a Hana.
- Suzy, o que ela fez com você essa manhã não foi suficiente? Ela não te ouve, Suzy! Dessa vez quem vai dar uma lição nela sou eu! E uma bem dada! – O Greg estava com muita raiva e eu achei melhor mesmo que ele tomasse a frente e castigasse a Hana como ela merecia.
- Vai se trocar para irmos para o hospital, Suzy. Eu vou com vocês. Vocês estão muito nervosos para dirigir. – O Lenon ofereceu, ele também ficou abalado com a notícia, um rapaz justo, com certeza também estava irritado com a Hana.
Eu me troquei rapidamente e nós fomos para o hospital. Felizmente nós pagávamos o plano de saúde do Frederico e ele podia ter o melhor atendimento do país naquele hospital. A única coisa que não me agradava é que era onde a Hana e o Yusei trabalhavam.
- Senhor, os crachás. Os seguranças vão acompanhá-los e ficarão observando vocês durante todo o tempo em que estiverem no hospital. – A recepcionista avisou e eu a encarei sem entender.
- Os seguranças o quê? – Eu perguntei irritada, mas ela me olhou com desprezo.
- Da última vez que estiveram aqui vocês drogaram e tentaram sequestrar a Hana. Ela não denunciou vocês, mas nós temos um alerta em todos os andares, sempre que estiverem neste hospital serão acompanhados por seguranças, para proteção da Hana e de todos os funcionários, inclusive a minha. Mas se não concordarem, tudo bem, é só irem embora. – A recepcionista respondeu com arrogância, se achando muita coisa.
- Olha aqui sua... – Ela não me deixou terminar de falar.
- Como disse, são as regras, se vocês não concordam, podem ir embora. Mas se entrarem neste hospital, a segurança acompanhará vocês o tempo inteiro. – A recepcionista repetiu.
- Ora, sua...
- Deixa, Suzy! Não vale a pena perder um tempo que nós não temos com essa empregadinha. Depois eu procuro o dono do hospital e resolvo isso. – O Gregório me segurou e me levou em direção às catracas.
- Isso é uma afronta, Greg! Uma afronta! Como podem fazer isso com pessoas como nós? – Eu reclamei.
- É uma gentinha, Suzy! Mas não vamos perder tempo com isso. O Fred está em cirurgia, vamos saber como está indo. – O Lenon segurou o meu braço e nós fomos em direção aos elevadores, acompanhados daqueles dois seguranças.
- Eu quero notícias do Frederico Neves. – O Gregório pediu a enfermeira no balcão de informações.
O Gregório estava atordoado, eu me sentei em choque e até o Lenon estava sem palavras. O que seria do Frederico paraplégico? Ele preferiria morrer do que ficar preso a uma cadeira de rodas, eu tinha certeza disso.
- Suzy, eu vou matar a Hana! – O Gregório falou entre os dentes. A raiva era quase palpável, seu rosto praticamente estava convertido no semblante de um cão raivoso.
- Você vai me fazer um favor! – Eu respondi, com tanta raiva quanto ele.
- Não, matar não, deixem ela comigo, ela vai se arrepender de ter feito isso com um homem bom. – O Lenon se sentou e segurou a minha mão. – Suzy, eu vou falar com ela agora!
Ele se levantou para ir em direção aos elevadores, mas foi cercado pelos seguranças.
- Nenhum de vocês vai se aproximar da Hana. E vocês só têm permissão para sair daqui para a saída do hospital ou até a UTI, mas isso só quando o enfermeiro vier avisar. – Um dos seguranças avisou e ele era quase o dobro do tamanho do coitadinho do Lenon, que voltou e se sentou ao meu lado, mas ele também estava com raiva.
- Vocês não podem fazer isso, a Hana é minha filha! – Eu avisei e eles balançaram a cabeça e nesse momento o Yusei apareceu com os dois Molina, amiguinhos dele, que infelizmente eram os donos do hospital, o advogado da Hana e um outro homem que eu nunca tinha visto.
- Ah, eles podem fazer isso sim, Susy. – O Yusei sorriu. Eu o odiava, sempre tão monótono, mas tão esperto.
- Sra. Suzy Costa, Sr. Gregório Costa e, por acaso, Sr. Lenon Maia? – O homem estranho perguntou e nós respondemos que sim. – Eu sou oficial de justiça e aqui está, vocês estão intimados, nenhum dos três pode se aproximar da Srta, Hana Saito, devem manter uma distância mínima de quinhentos metros ou poderão ser presos. Por favor, assinem aqui, aqui e aqui. – O oficial apontou para cada um de nós e entregou uma intimação para cada um. Eu estava tão chocada que assinei aquilo sem nem conseguir direito compreender.
- Bom, vocês já sabem, dentro desse hospital vocês só circulam acompanhados de seguranças. Vou deixar mais dois, já que vocês são três. E vocês só podem ir onde o Frederico estiver. Nem tentem aprontar ou se aproximar da Hana ou vocês serão expulsos. – O Molina avisou.
- Vocês não são bem vindos aqui. Infelizmente temos que atender a todos que chegam doentes ou feridos, e temos que permitir a entrada dos visitantes. Mas um mínimo deslize e vocês serão colocados para fora. – O Fernando deu o seu recado.
O Yusei apenas me olhou com aquele olhar de desprezo com que sempre me olhava. E assim como eles apareceram, deram as costas e saíram dali. Deixando a nós três completamente sem palavras.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......