“Lenon”
O Frederico estava todo arrebentado sobre aquela cama, nem acordado ele estava e ver aquilo me encheu de raiva. Eu me vingaria da Hana, eu daria um jeito de pegá-la e me vingaria dela. E foi quando eu vi o gorila de estimação dela com a gostosa e sem a Hana que eu tive uma idéia.
- Greg, a ordinária está sozinha. – Eu sussurrei no ouvido do meu pai assim que o elevador se fechou.
- Duvido muito. – Ele respondeu entre os dentes, dando uma olhada nos quatro seguranças atrés de nós.
- Se o gorila está aqui, ela está sozinha. – Eu sussurrei outra vez. – Eu vou pegá-la.
- O que você vai fazer? Não é hora de aprontar, o Frederico está aqui e… - Ele falava tão baixo quanto eu, eu quase não entendia o que ele estava dizendo.
- Fica tranquilo! – Eu garanti e me calei.
Assim que o elevador abriu no térreo, eu já sabia o que fazer.
- Nossa, eu preciso ir ao banheiro, é urgente. Eu tenho síndrome do intestino irritável, essa tensão toda… eu preciso ir ao banheiro. – Eu comecei a falar e fazer cara de desconforto.
- Mais essa! – Um dos seguranças bufou. – Eu levo o inconveniente ao banheiro, vocês acompanhem esses dois pra fora, até o lado de fora. Vamos, moleque irritante!
O segurança me levou até a porta do banheiro, era um banheiro individual, assim que eu entrei e fechei a porta eu corri e rapidamente tirei o papel higiênico e joguei pela janela, depois fiz o mesmo com as toalhas de papel e voltei para a porta, seguranfo a calça aberta para dar mais veracidade a minha cena.
- Senhor, não tem papel aqui. – Eu informei e ele bufou.
- Lógico que tem! O pessoal da reposição confere isso o dia todo. Vê se anda depressa, porque eu quero me livrar logo de você. – Ele respondeu mal humorado.
- Eu estou dizendo que não tem papel, pode entrar e verificar se quiser. – Eu respondi calmamente.
- Cara chato! – Ele empurrou a porta irritado e verificou que não tinha papel. – Brincadeira, isso nunca acontece aqui, mas logo agora… – Ele reclamou. – Anda, vamos para outro banheiro.
- Desculpa mas não dá tempo! – Eu respondi contorcendo o rosto e fazendo bastante força para soltar uma flatulência.
- Nossa! Seu porco! – Ele tampou o nariz. – Vai logo nesse banheiro, eu vou mandar trazerem o papel.
Ele saiu do banheiro, eu fechei a porta e fiquei observando. Tinha um carrinho de reposição bem mais pra frente e ele caminhou até lá para pegar o papel e enquanto ele estava de costas eu saí depressa do banheiro e entrei em outra sala um pouco mais adiante. Pronto, eu tinha fugido daquele imbecil, mas eu precisava me esconder, porque eu seria caçado nesse hospital, com certeza.
Eu dei uma olhada em volta, eu não tinha idéia do que era aquela sala, mas eu vi sobre o balcão um saco plástico com um uniforme azul dentro e atrás da porta tinha um jaleco branco. Ah, a sorte estava sorrindo pra mim. Naquela sala tinha tudo o que eu precisava. Eu vesti o uniforme rapidamente. Do lado de fora a confusão já tinha começado, eu tinha que correr. Então eu peguei o jaleco e o vesti, calcei um par de luvas de látex, coloquei uma touca na cabeça e uma máscara no rosto. Eu estava pronto para me misturar e ninguém me reconheceria. Para completar o meu disfarce eu peguei uma prancheta e uma caneta que estavam sobre a mesa e saí da sala.
Foi como eu imaginei. Os seguranças estavam verificando tudo, mas quando eu passei por eles, ninguém me reconheceu, eu poderia ir em qualquer lugar nesse hospital, mas eu só queria ir ao último andar. Eu entrei no elevador e fui. Mas quando o elevador se abriu no último andar, tinha dois seguranças na porta.
- Desculpe, doutor, mas esse andar está fechado para visitantes hoje. – Um deles respondeu.
- Pois é! Eu já disse, você merecia esse cargo. Mas será que você pode ligar pra ela e pedir para ir até a recepção do Yusei? Ela continua me devendo e está fugindo de mim.
- Mas ela é muito mau caráter mesmo! Olha, gatinho, eu adoraria te ajudar, mas infelizmente, por causa daquela vadia eu perdi o meu emprego. Acredita que aquele dia ela inventou a maior mentira para o Fernando, falou até que tentaram sequestrá-la, só pra se vingar de mim. O Fernando me demitiu. Ele queria saber quem tinha me pedido para chamá-la, mas é claro que eu não contei nadinha! – Ainda bem que a estúpida não me entregou.
- Gatinha, não acredito! Que absurdo! Olha, aquela Hana não vale nada mesmo. Mas fica tranquila, eu vou me vingar pra você. Passo na sua casa a noite. Beijo, gatinha. – Eu desliguei o telefone depressa. Tinha perdido o meu tempo com aquela imprestável. Eu é que não ia vê-la, ela não podia mais me ajudar.
Agora o que eu ia fazer? Eu precisava que a Hana viesse até mim. Mas como? E aí eu tive uma outra idéia. Eu entrei na Utei, encontrei um carrinho com instrumentos e peguei um bisturi. Ah, eu adorava aquelas coisas, laminazinhas pequenas e absurdamente cortantes. Eu o coloquei no bolso e voltei até o balcão de informações.
- Senhorita, ligue para a diretoria, diga a Srta. Hana Sato que o paciente Frederico está suplicando para vê-la. – Eu falei com a minha nova voz grossa. Eu era um ator talentoso!
- Desculpe, doutor, mas a Hana não pode se aproximar desse bandido. – A moça sentada atrás do balcão me olhou como se eu fosse um desavisado.
- Sim, eu soube. Mas veja bem, senhorita, o pobre diabo está morrrendo, ele está nas últimas, e está implorando para vê-la, ele quer pedir perdão. Talvez isso seja importante para a Srta. Hana, vocẽ não acha? Apenas a avise e ela decide se virá. – Eu argumentei e a moça me olhou em dúvida. – Ele está algemado sobre a cama, debilitado, escoltado por dois policiais. Ele não pode fazer nenhum mal a ela.
- Está bem. Eu vou avisá-la. – A moça se convenceu, pegou o telefone e ligou para a Hana, repetindo tudo o que eu tinha dito. – Ela está vindo, doutor.
- Que ótimo! Senhorita, só um detalhe, peça ao segurança dela para aguardar aqui fora, o paciente está muito mal e duas pessoas no quarto não é conveniente. – Eu avisei e ela fez que sim.
Eu tinha certeza de que a Hana viria, ela era uma idiota, sempre caía em todas as armadilhas, o Frederico mesmo sempre riu disso. Então eu me afastei do balcão e fiquei esperando dentro da UTI. Eu já tinha visto uma porta no fundo, por onde somente os médicos e os enfermeiros passavam e era por ali que eu sairia com a Hana. Agora era só esperar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......