“Flávio”
Eu olhei em volta e a cena era pura confusão, vários carros metralhados, corpos pelo chão, gente ferida gemendo de dor e os policiais do batalhão de operações especiais fazendo a conferência e algemando os que se renderam.
- Delegado Moreno! Sempre bom te encontrar no campo de batalha. – O capitão do batalhão de operações especiais se aproximou.
- Capitão, digo o mesmo! Obrigado pelo apoio, vocês fizeram total diferença, como sempre! – Eu sorri para o capitão que já era um velho conhecido.
- Eu já acionei o socorro para os feridos, a perícia é com você delegado, tem muito cadáver por aqui, felizmente nenhum dos nossos. – Ele coçou a cabeça, tinha bastante serviço ali.
- Tem um dos meus em estado grave, capitão, e um dos melhores. – Eu estava preocupado com o Breno e não era porque ele tinha salvado a minha vida, mas porque ele era como um irmão.
- Vamos manter o pensamento positivo! Hoje a vitória é nossa! Vou mandar quem estiver ferido para o hospital e os demais para a sua delegacia. O que mais posso fazer por você?
- Já fez muito, capitão! Agora eu vou acionar a perícia, aguardar a remoção dos corpos e dos veículos e depois eu encontro vocês na delegacia. Vai demorar um pouco, o Bonfim está fazendo umas transferências, vocês vão ficar de molho lá.
- Ah, não tem problema! Bom, daqui a pouco te passo a lista dos presos e feridos. – O capitão se afastou.
- Delegado Moreno, esse é o enfermeiro aqui da unidade. Deixe que ele pelo menos limpe o seu ferimento e faça um curativo. – O Trindade ofereceu e eu aceitei.
Enquanto o enfermeiro fazia o curativo no meu braço, eu acionei as perícias e a Renatinha começou a resolver as coisas por ali, mas ela estava preocupada e ficou ainda mais depois que o Tutu voltou com notícias.
- Ah, delegado, a Manu está no hospital, ela está bastante preocupada, as amigas estão com ela e os maridos também, a Melissa também apareceu por lá. – O Tutu me avisou.
- Mas a Melissa nunca sossega? Ela está esperando seis bebês!
- É a Mel, Moreno, ela é maluca! – A Renata sorriu.
- Como a Manu está? – Eu perguntei ao Tutu e ele coçou a cabeça.
- Nervosa! Eeee… eu falei uma bobagem. – Ele me olhou sem graça. – Eu contei que o Breno pulou na sua frente, que o tiro ia te acetar na cabeça…
- Porra, Tutu! Minha baixinha não precisava saber disso! Agora ela vai ficar louca sempre que eu sair para uma operação. – Eu respirei fundo.
- Desculpa, delegado, foi o nervosismo do momento. – Ele me olhou sem graça.
- Tá, tudo bem, já foi! Agora vamos ser rápidos para que eu possa ir para aquele hospital acalmar minha esposa e saber do Breno. – Eu me virei para a Renatinha. – Quando acabar aqui a gente dá uma passadinha no hospital antes de ir para a delegacia.
Mas nós ainda ficamos por cerca de duas horas no presídio e só depois que o último carro foi retirado pelo reboque foi que nós nos depedimos do Trindade e estávamos prontos para sair dali. Mas eu tinha um monte de gente na delegacia para ser ouvida, o batalhão que nos deu apoio esperando e eu precisava liberá-los, então eu achei melhor ir direto fazer isso.
- Renatinha, o helicóptero está ali te esperando, entre nele agora e vai para o hospital. É uma ordem e eu sou seu superior. Eu vou para a delegacia, tem gente demais para ser ouvida hoje.
- Já disse, Moreno, só vou quando você for. – Ela me encarou sem humor nenhum.
- Renata, ele vai sair dessa, mas você precisa estar ao lado dele. As garotas estarão lá com você, minha baixa está lá pra você, eu tenho certeza! – Eu coloquei a mão no ombro dela e ela deixou uma lágrima escapar.
- E se ele não sair? – Ela estava no limite.
- Não existe essa possibilidade! – Eu garanti, mas eu também estava aflito.
- Delegado! – O Tutu veio correndo com o celular na mão, eu tinha esquecido de ligar o meu. – É o Delegado Bonfim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......