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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1358

“Flávio”

Eu olhei em volta e a cena era pura confusão, vários carros metralhados, corpos pelo chão, gente ferida gemendo de dor e os policiais do batalhão de operações especiais fazendo a conferência e algemando os que se renderam.

- Delegado Moreno! Sempre bom te encontrar no campo de batalha. – O capitão do batalhão de operações especiais se aproximou.

- Capitão, digo o mesmo! Obrigado pelo apoio, vocês fizeram total diferença, como sempre! – Eu sorri para o capitão que já era um velho conhecido.

- Eu já acionei o socorro para os feridos, a perícia é com você delegado, tem muito cadáver por aqui, felizmente nenhum dos nossos. – Ele coçou a cabeça, tinha bastante serviço ali.

- Tem um dos meus em estado grave, capitão, e um dos melhores. – Eu estava preocupado com o Breno e não era porque ele tinha salvado a minha vida, mas porque ele era como um irmão.

- Vamos manter o pensamento positivo! Hoje a vitória é nossa! Vou mandar quem estiver ferido para o hospital e os demais para a sua delegacia. O que mais posso fazer por você?

- Já fez muito, capitão! Agora eu vou acionar a perícia, aguardar a remoção dos corpos e dos veículos e depois eu encontro vocês na delegacia. Vai demorar um pouco, o Bonfim está fazendo umas transferências, vocês vão ficar de molho lá.

- Ah, não tem problema! Bom, daqui a pouco te passo a lista dos presos e feridos. – O capitão se afastou.

- Delegado Moreno, esse é o enfermeiro aqui da unidade. Deixe que ele pelo menos limpe o seu ferimento e faça um curativo. – O Trindade ofereceu e eu aceitei.

Enquanto o enfermeiro fazia o curativo no meu braço, eu acionei as perícias e a Renatinha começou a resolver as coisas por ali, mas ela estava preocupada e ficou ainda mais depois que o Tutu voltou com notícias.

- Ah, delegado, a Manu está no hospital, ela está bastante preocupada, as amigas estão com ela e os maridos também, a Melissa também apareceu por lá. – O Tutu me avisou.

- Mas a Melissa nunca sossega? Ela está esperando seis bebês!

- É a Mel, Moreno, ela é maluca! – A Renata sorriu.

- Como a Manu está? – Eu perguntei ao Tutu e ele coçou a cabeça.

- Nervosa! Eeee… eu falei uma bobagem. – Ele me olhou sem graça. – Eu contei que o Breno pulou na sua frente, que o tiro ia te acetar na cabeça…

- Porra, Tutu! Minha baixinha não precisava saber disso! Agora ela vai ficar louca sempre que eu sair para uma operação. – Eu respirei fundo.

- Desculpa, delegado, foi o nervosismo do momento. – Ele me olhou sem graça.

- Tá, tudo bem, já foi! Agora vamos ser rápidos para que eu possa ir para aquele hospital acalmar minha esposa e saber do Breno. – Eu me virei para a Renatinha. – Quando acabar aqui a gente dá uma passadinha no hospital antes de ir para a delegacia.

Mas nós ainda ficamos por cerca de duas horas no presídio e só depois que o último carro foi retirado pelo reboque foi que nós nos depedimos do Trindade e estávamos prontos para sair dali. Mas eu tinha um monte de gente na delegacia para ser ouvida, o batalhão que nos deu apoio esperando e eu precisava liberá-los, então eu achei melhor ir direto fazer isso.

- Renatinha, o helicóptero está ali te esperando, entre nele agora e vai para o hospital. É uma ordem e eu sou seu superior. Eu vou para a delegacia, tem gente demais para ser ouvida hoje.

- Já disse, Moreno, só vou quando você for. – Ela me encarou sem humor nenhum.

- Renata, ele vai sair dessa, mas você precisa estar ao lado dele. As garotas estarão lá com você, minha baixa está lá pra você, eu tenho certeza! – Eu coloquei a mão no ombro dela e ela deixou uma lágrima escapar.

- E se ele não sair? – Ela estava no limite.

- Não existe essa possibilidade! – Eu garanti, mas eu também estava aflito.

- Delegado! – O Tutu veio correndo com o celular na mão, eu tinha esquecido de ligar o meu. – É o Delegado Bonfim.

Eu me despedi do Bonfim, entreguei o celular para o Tutu e coloquei a mão no ombro da Renata.

- Agora nós vamos entrar naquele helicóptero, o Bonfim vai cuidar das coisas na delegacia. – Eu falei e vi os olhos dela brilharem de ansiedade.

Nós entramos no helicóptero, junto comigo e a Renata ainda tinha mais três feridos, mas todos pareciam bem. Durante os poucos minutos que durou a viagem, a Renatinha apertava minha mão como se fosse esmagá-la, a ansiedade dela era perceptível e eu estava tentando ficar calmo por ela.

Quando o helicóptero pousou no heliponto do hospital já tinha uma equipe de médicos e enfermeiros a nossa espera. Eu entreguei os feridos, agradeci ao piloto e fui para o elevador com a Renata. E no momento em que eu pisei na recepção do Fernando, todo o resto deixou de existir, eu só enxergava a minha baixinha ali.

Ela se levantou e andou em minha direção apressada. Eu corri para ela e a tirei do chão, nossas bocas se encontraram desesperadas e enquanto eu a beijava eu sentia o gosto das lágrimas que ela derrava tocando a minha boca.

- Minha baixinha linda! – Eu colei a minha testa na dela.

- Meu grandão! Eu quase morri hoje de tanta preocupação!

- Baixinha, não esquece que eu te amo! Eu sempre volto pra você! – Eu falei pra ela, que abriu um sorriso lindo.

- Eu também te amo, meu grandão! Eu não posso viver sem você. – Ela passou a mão no meu rosto e eu a beijei de novo.

- Não se preocupa, você e os nossos filhos me mantém vivo, eu sou muito mais cuidadoso porque eu preciso voltar pra vocês.

Era a mais pura verdade. Ela me salvava todos os dias, porque antes dela eu entrava nos confrontos sem medo, fazia loucuras e não me preocupava. Agora eu me preocupava, eu pensava antes de entrar numa linha de fogo, eu pensava antes de agir, eu observava e me protegia, porque eu precisava voltar para ela e para a nossa família.

- Agora eu preciso saber do Breno. Já tem alguma notícia? – Eu a coloquei no chão e olhei em volta, a Reatinha havia acabado de abraçar a Hana e olhou para o Fernando, a expectativa parecia nos roer por dentro.

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