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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1363

“Hana”

Eu me deixei cair na cadeira quando a Giovana confirmou que a tal amiga da Irlanda era na verdade a Mara, aquela criatura perversa! Quanto perigo a Giovana correu! Eu ainda me lembrava das coisas que a Mara fez comigo. E quando ela entrou na minha vida ela tinha só dezoito anos, eu só podia imaginar o quão pior ela tinha se tornado.

- Hana, como você a conhece? – A Giovana olhou pra mim totalmente confusa.

- Ela sempre andou atrás do Frederico. Acredite em mim, Gi, essa mulher é o demônio. – Eu avisei.

- Explica isso, minha doida. – O Rafael pediu.

- Eu ainda namorava o Frederico. Ela e a mãe se mudaram para o mesmo prédio e desde que ela chegou as coisas ficaram piores. Ele passou a me bater mais e ela inventava mentiras pra ele, dizia que eu tinha conversado com homens quando ele não estava. A cada mentira que ela inventava, ele me dava uma surra. – Cobri os olhos, eu me envergonhava daquilo.

- Minha flor. – O Rafael veio até mim e me abraçou. – Isso é passado, não fica lembrando.

- Não tem como, Rafa, esse passado vive voltando para me assombrar. – Eu respondi. – A Mara fazia muitas maldades comigo, desde as mais ridículas, como me dizer que o Frederico estava andando com ela, até me empurrar da escada, por sorte eu não me feri gravemente. Mas a última vez que o Frederico me bateu, foi por uma fofoca dela. Ela contou para o Frederico que eu tinha uma amante e ela até arrumou um cara para confirmar a história dela e dizer que tinha estado no apartamento comigo naquele dia. O Frederico voltou pra casa transtornado… e ele quase me matou! Ele sempre me batia e eu tenho vergonha de falar disso, porque eu suportei por tempo demais, eu aceitei, eu fui fraca, eu permiti! Mas ela fazia com que as surras fossem cada vez piores. E na última, não foi só uma surra. Foi… foi… brutal!

E quando eu falei, todas aquelas imagens voltaram pra mim, a dor, as ofensas, o sangue escorrendo pelo meu corpo caído inerte no chão, os ossos quebrados. Eu nem tinha força para pedir socorro.

- Hana, olha pra mim!

O Rafael chamou, mas eu estava sentindo a vergonha de ter sido a mulher que apanhou de um homem e continuou com ele. Mas o Rafael pegou o meu rosto com cuidado e me fez olhar para ele.

- Você não tem que se envergonhar. Você foi vítima de um sádico. Você não teve culpa pelas agressões que sofreu, você não permitiu, você não foi fraca! – O Rafael falou firme, mas com carinho. – Hana, o que você viveu, infelizmente é a realidade de muitas mulheres, infelizmente existem homens cruéis e covardes no mundo. Mas de jeito nenhum foi sua culpa! E sair de um relacionamento tóxico e abusivo é uma das coisas mais difíceis que existem, porque homens tóxicos e abusivos tiram tudo das mulheres, tiram a auto estima, a vontade, o poder de decisão, tiram a liberdade. Você não tem que sentir vergonha, você não tem culpa de nada que aconteceu.

- Hana, você é uma das pessoas mais incríveis que eu conheço. – A Giovana limpou as lágrimas e passou o braço pelos meus ombros. – Sabe, você é meio doida, mas uma doida do bem. – Ela deu uma risadinha e me fez dar um pequeno sorriso. – Sabe, você poderia ter se tornado uma pessoa má, triste, rancorosa, enfim, poderia até ter aprendido a bater nos outros. Mas não, você é gentil, alegre, divertida, você faz o bem para as pessoas. Nãpo chora por causa daquele bandido!

- É, Hana, eles têm razão! Você foi forte o suficiente para sair e dar a volta por cima. Nem todas conseguem. E o Rafael tem razão, ninguém apanha porque quer, pelo menos não desse jeito que homens como o Frederico batem… - O Anderson se juntou ao coro dos outros dois.

- E tem outro jeito de b-a-t-e-r, gracinha? – A Giovana olhou brava para o Anderson e eu tive vontade de rir.

- Gi, mulher não se trata com pancada, mulher se trata com respeito e cuidado! – O Anderson respondeu sério. – Olha, Hana, não é você quem tem que se envergonhar.

- Obrigada, queridos! Vocês são a melhor família do mundo. – E abracei a Giovana e chamei o Anderson para o abraço e o Rafael se juntou a nós.

Quando nós saímos daquele abraço confortável e que me fez tão bem, a Giovana limpou os olhos e me encarou com aquele olharzinho cheio de determinação.

- E quer saber, nós duas, Hana, vamos parar de chorar. Nós vamos é começar a aprender uns golpes com a Renatinha e vamos estar preparadas para colocar essa cambada a nocaute! Não vamos, pai? – A Giovana falou animada.

- Ai, Gi, acho que essas aulas de defesa vão demorar um pouco. – O Rafael falou.

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