Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 138

“Alessandro”

- Ana Carolina, você está em casa? – Pergunto logo que aquela insuportável atende o telefone. – Quero levá-la para um passeio.

Quase fico surdo com o grito que aquela criatura abominável solta. Claro que ela ficou mais que feliz com a idéia de sair comigo. Sabendo disso, aproveitei para colocar meu plano em prática. Eu já estava na porta da casa dela e a levaria para um “passeio” sem dizer para onde e a levaria ao hospital, se ela se recusasse eu ligaria para o advogado e ele a pressionaria, mas ela não sairia daquele hospital sem fazer os exames. Era perfeito, pois o Patrício já tinha me confirmado que o Junqueira estava no clube, então eu poderia dar o bote sem interferências.

Não demorou muito e a paquita do capeta saiu de casa saltitante, usando um vestido branco e uma bota rosa. Meu deus que coisa ridícula. Quando se aproximou eu disse para entrar no carro.

- Gatiinhooo, eu estou tãaooo empolgada! Onde você vai me levar, me conta. – Começou a falar com aquela voz insuportável.

- É uma surpresa. Eu só preciso passar em um lugar antes. – Falei forçando um sorriso. – Mas, tem uma condição.

- E qual é? – Perguntou animada.

- Me dá o seu celular. Não quero que ninguém atrapalhe nosso passeio e sei que suas amigas te ligam o tempo todo. – Eu estava fazendo um enorme esforço para ser gentil e agradável, mas eu queria acabar com isso logo.

- Mas, gatinho, eu fico doente sem meu celular. – Ela fez um bico horroroso.

- Se não me entregar o celular eu desisto do nosso passeio, porque sei que vamos ser interrompidos e eu quero passar um tempo só com você. – Ela me olhou meio de lado e enfim concordou. Me entregou o celular e eu desliguei o aparelho e guardei no meu bolso.

Quando chegamos ao hospital ela me olhou desconfiada.

- O que estamos fazendo aqui, gatinho?

- Preciso pegar uma coisa com um amigo. Não vai demorar. – Dei um sorrisinho fingido. – Vamos, quero te apresentar pra ele, vai ser nosso padrinho.

Ela saiu do carro exultante e dando muitos gritos que me deixavam com dor de cabeça. Quando chegamos à recepção do consultório do Dr. Molina, eu quase tive um enfarte com o que vi. Melissa e Catarina estavam na minha frente. Ana Carolina, percebendo, não perdeu a oportunidade de se pendurar em meu braço e a Catarina olhou aquilo com desgosto. Ela estava tão abatida.

- Cat, está tudo bem? – perguntei preocupado.

- Estou ótima, obrigada! Vamos, Mel. – Catarina respondeu tentando esconder a tristeza.

- Ai, gatinho, vamos logo conhecer o seu amigo, porque eu já estou ansiosa pelo nosso passeio. – A gralha falante não perdeu a oportunidade de alfinetar a Catarina.

- Francamente, Mellendez. – Melissa falou em tom de reprovação ao passar por mim logo depois da Catarina.

- Só um minuto que o Dr. Molina já irá recebê-los. – A secretária nos sorriu com simpatia.

Não demorou muito e o médico abriu a porta do consultório e nos convidou a entrar, sendo muito polido com a Ana Carolina. Conversamos um pouco no consultório e logo chegaram um casal de enfermeiros.

- Vamos fazer os exames? – Molina perguntou.

- Que exames? Eu não vou fazer exame nenhum. – Ana Carolina já gritou.

- Ah, querida, vai sim. – Olhei sorrindo pra ela e tentei falar com toda gentileza. – Olha só, meu advogado informou que é uma obrigação imposta no testamento do meu pai, o acordo pré nupcial deve ser acompanhado de exames de saúde, é só pra garantir que nós estamos bem e saudáveis.

- Que bobagem, Alessandro, o seu pai está morto! – ela aumentou o volume da voz.

- Coisinha, eu também acho uma bobagem, mas se eu não cumprir eu perco tudo, o dinheiro, a casa, a empresa, fico na ruína. – Falei com a maior cara de pau. – Então, o que custa? É só um exame de sangue bobo.

- Eu estou grávida, Alessandro! Que tipo de exame? – Ela falou emburrada com os braços cruzados.

- Só um hemograma completo e um teste para doenças sexualmente transmissíveis pra você. E pra mim ele ainda exigiu, além desses, um exame toxicológico, pra garantir que eu não estivesse me drogando. Como você vê, um absurdo, mas eu sou obrigado a aceitar. – Ela me olhava desconfiada.

- Não gosto disso. – Ela falou.

- Quer falar com o advogado? – Peguei o celular. Ela concordou e liguei pedindo que o advogado explicasse a situação. Ele disse praticamente o mesmo que eu, mas usou termos rebuscados que davam um ar legítimo a tudo aquilo.

- Então, coisinha, faz isso por mim. Eu não estou a fim de ficar pobre. – Insisti com jeitinho. E tendo uma idéia dei o golpe de misericórdia. – E depois a gente vai lá na casa que era dos meus pais, onde nós vamos morar com nosso filhão. O que você acha?

- AAAAAAHH! – Ela começou a gritar e bater palmas.- Gatinhooo, o que deu em você que acordou pra realidade?

Capítulo 138: No hospital 1

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