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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1381

“Flávio”

Eu ouvi o que a Giovana falava e imediatamente eu já desconfiei daquele desaparecimento. Era muita coincidência a melhor amiga da prima da Hana desaparecer assim. E no dia do aniversário da Hana. E quando a Giovana me disse que a priminha da Hana não tinha traços orientais, mas a amiguinha sim, eu tive certeza de que ali tinha a assinatura da ignorância do Lenon, Gregório, Mara e Frederico.

Eu liguei para a Sra. Luana e ela me explicou que o motorista não viu a criança sair da escola e ligou para os pais, a escola não sabia o que tinha acontecido e nem o motorista, que estava jurando que não viu a menina sair. E pelos vídeos apenas era possível ver que a menina saiu sozinha, mas era tudo o que tinham de imagem, porque a escola só tinha câmera de segurança no portão, e não tinham idéia se ela encontrou alguém do lado de fora. A tia da Hana também me enviou uma foto da menina.

Depois que eu falei com a tia da Hana, eu liguei para os policiais que estavam na viatura que vigiava o antigo prédio da Hana.

- Delegado, precisa da gente em alguma ação? Isso aqui é um tédio! – O policial me atendeu reclamando e eu ri.

- Não, vocês estão de castido nesse tédio. – Eu brinquei. – O alvo está em casa?

- Nenhum deles, saíram de manhã e ainda não voltaram.

- Certo, se mudar isso me avise. – Eu pedi, encerrei a chamada e fiz a seguinte.

- Meu delegado, por favor, me tira daqui, isso aqui está parecendo fim de feira. Parece que o cara demitiu os funcionários, porque ninguém veio trabalhar, só ele está aqui, ele e aqueles dois, o Lenon e a Mara, chegaram de carro e estacionaram dentro do galpão.

- Ô avacalhado, você não achou importante me avisar disso? – Eu perguntei irritado. – Fica de olho e se alguém mais entrar ou sair, você me liga imediatamente.

Eu saí estressado da minha sala e encontrei a Renatinha sozinha na salinha na qual ela e os outros costumavam ficar quando não estavam na rua.

- Renatinha, quer se divertir um pouquinho, minha querida?

- Se for pra dar porrada, torcer as bolas ou usar o fuzil, eu tô dentro! – Ela me respondeu e deixou o computador de lado.

- E se for tudo isso junto? – Eu falei e ela abriu um sorriso pra mim.

- Delegado, Manuzinha tem muita sorte, você sabe mesmo como agradar uma mulher! – Ela se levantou animada e já pegou a arma sobre a mesa e colocou no coldre de perna que usava. – Qual é a boa?

- Minha amiguinha Giovana ligou. A BFF da priminha da Hana sumiu. – Eu falei e ela me olhou com uma cara de tristeza.

- Se apegou mesmo ao termo, hein, delegado?! – Ela brincou e eu ri, eu usaria esse termo com os meus filhos. – Só não acho que preciso do fuzil pra procurar uma criança.

- Ah, queridona, precisa, porque eu acho que quem raptou a menina foi a turma do Frederico.

- Do morro do Pipote?

- Não, melhor! Lenon, Mara e Gregório.

- Posso usar o meu fuzil e o do meu herói? Um em cada mão. Por favor, deixa? Eu nunca te pedi nada!

- Renatinha, você não é normal! Chama a equipe, se preparem parqa o resgate e enfrentamento, nos reunimos lá nas viaturas e eu explico tudo.

- E você vai bonitinho assim? – Ela apontou para o meu terno, eu tinha ido ao fórum pela manhã.

- Até poderia, se eu fosse só comandar, mas eu não vou deixar toda a diversão pra você! – Eu sorri e ela passou por mim morrendo de rir.

Eu voltei para a minha sala, tirei o paletó e a gravata, dobrei as mangas da camisa e vesti o colete balístico. Peguei a minha arma, verifiquei, peguei o rádio e saí da delegacia. Minha equipe já estava reunida, eu expliquei o que faríamos e mostrei a foto da garota. Nós saímos em disparada e quando chegamos ao local onde ficava a empresa do Gregório cercamos o lugar.

Era uma construção de tamanho razoável, mas eu não tinha idéia de como era por dentro, nós teríamos que entrar com muito cuidado.

- Lembrem-se pode ter uma criança lá dentro! – Eu avisei. – Vamos no procedimento padrão, a gente se anuncia e se não atendeream a gente invade, não esqueçam que estamos sem mandado e é uma possibilidade que a criança esteja aqui.

- Não esquenta, delegado, é perseguição do flagrante, a gente podia era entrar quebrando tudo!

- Tá fazendo escola, Renatinha? – Eu perguntei e eles riram. – Vamos com calma, pode ter uma criança aí dentro.

- Não! Eu que machuquei eles. Disparei um monte de pregos e eles ficaram com cataporas. – Eu olhei para a garota e depois para a Renatinha.

- Isso explica os pregos espalhados pelo chão e o sangue. Toca aqui, amiga, mandou bem demais! – A Renatinha colocou a mão pra cima e a menina sorridente bateu na mão dela.

- Como é isso, algumas mulheres nascem com uma mutação genética e ficam como você, Renata? – Ela riu enquanto eu colocava a garota no chão. – Querida, como você chegou lá em cima?

- Eu empurrei a mesa pra cá, coloquei uma cadeira em cima, depois aquele banquinho e subi. Eu empurrei aquele negócio e depois eu coloquei no lugar. Eu faço ginástica, delegado, tenho braços fortes e sei pular! – A garotinha respondeu toda orgulhosa.

- Tô vendo! – Eu comentei ainda meio confuso com a mini pessoa na minha frente. – E como você me viu?

- Delegado, lá em cima tem um monte de coisa, tem umas TV’s empilhadas que mostram tudo aqui embaixo. – Ela contou.

- Delegado, achei uma porta. Ué?! De onde saiu isso? – Um dos meus policiais perguntou olhando para a garota.

- Ei, eu não sou isso, eu sou uma pequena dama! – Ela respondeu com as mãozinhas na cintura.

- Ah! Tá! – Ele me olhou confuso e tornou a olhar pra ela. – Desculpa?

- Eu te desculpo! – Ela respondeu e olhou pra mim de novo. – Delegado eles foram embora. Estavam me procurando, mas desistiram e foram embora.

- E você viu por onde eles saíram?

Ela fez que sim e me levou até uma porta nos fundos da construção, dava para uma pequena área externa e no fundo tinha um portãozinho que dava pra rua.

- É, nós vamos ter que procurar aqueles três. Quer ir pra casa, Mayumi? – Ela fez que sim com um grande sorriso. – Renatinha, você assume aqui? Revira tudo, fotografa, apreende tudo o que for de interesse. Vou levar essa pequena dama pra casa.

- Vai lá, delegado, seja um grande cavalheiro! Até mais, amiguinha! – A Renatinha se despediu de nós e eu saí levando a Mayumi pela mão e no caminho até a casa dela eu liguei para a tia da Hana, pedindo que avisasse aos pais e liguei para a minha amiguinha, para acalmá-la.

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