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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1387

“Flávio”

Eu estava realmente irritado por não ter colocado as mãos naqueles três idiotas ainda! Nós estávamos vigiando o prédio onde o Lenon morava, a empresa do Gregório e a casa da mãe da Hana.

No prédio do Lenon eles não estavam, para a empresa eles também não voltaram e a batida que fizemos na casa da mãe da Hana não encontrou nada! Não tinha nem sinal deles naquela casa, mas eu tinha a sensação de que era exatamente lá que eles se refugiariam. E eu coloquei duas viaturas lá. Uma ficava o tempo inteiro e a outra seguia a mãe da Hana para todos os lugares e aquela cretina ia todos os dias visitar o bandido do Frederico.

- Meu delegado favorito! – A Renatinha entrou na minha sala animada.

- Como está o nosso herói? – Eu sorri ao olhar para ela, sabia que ela estava vindo do hospital.

- Gostoso como sempre! – Ela falou com os olhos brilhando.

Já tinha uns dias que o Breno tinha saído da UTI e a Renatinha estava dividindo o tempo entre o trabalho e o namorado, já que todos da nossa equipe queriam passar um tempo com ele no hospital e nós fizemos até uma tabela de rodízio.

- Tem gosto pra tudo no mundo! – Eu brinquei e ela riu.

- Ah, e o meu gosto é refinado, delegado! – Ela sorriu, mas eu sabia que ela queria perguntar alguma coisa, então eu a encarei e esperei. – Delegado, quando nós vamos fazer a limpa no Pipote?

- Essa semana, Renatinha, mas eu estou esperando a confirmação do reforço. – Eu avisei.

- E será que os três idiotas podem estar lá?

- Duvido muito! Eu continuo achando que eles estão na casa da Suzy. A gente deixou passar alguma coisa lá. Isso não me sai da cabeça.

- Mas nós reviramos tudo delegado!

- Tem algo errado lá, Renatinha! Aliás, tem algo muito errado com a Suzy!

- E a sua intuição nunca falha, Flávio! – O Bonfim entrou, deu um beijo no rosto da Renatinha e colocou uma pasta sobre a minha mesa. – Como você pediu, eu fui bem fundo, cavei a vida dessa mulher até o momento em que ela saiu do útero da mãe dela!

- E você encontrou o que eu precisava! – Eu olhei para o Bonfim com um grande sorriso.

- Ah, eu encontrei muita coisa interessante. A começar que Suzy não é o nome que a mãe dela deu quando ela nasceu.

- Não me diga que a fulaninha usa nome falso? – A Renatinha se interessou. – Ai, delegado, quando a gente prender essa mocréia, deixa eu dar um cacete nela, por favor?

- Mas tá cheia de ódio nesse coraçãozinho, hein, Quebra nozes?! – O Bonfim me fez rir.

- Não é ódio não, Bonfinzinho, é gastura de gente filha da puta! A Nana não merece tudo o que essa mocréia fez com ela não! – A Renatinha tinha toda razão, a Hana merecia mesmo uma mãe melhor. – Mas vai, conta aí o nome da mocréia.

- Suzeta Fernandes! O que aconteceu é que ela mudou legalmente o pré nome e passou a se chamar Suzy Fernandes. Isso foi quando ela veio morar em Porto Paraíso, uns seis meses antes de se casar com o pai da Hana, que ela conheceu justamente depois que se mudou pra cá. – O Bonfim explicou.

- Suzeta Fernandes?! – Eu pensei por um momento, não era um nome que eu ouvia todo dia, mas eu fiquei com a impressão de já ter ouvido.

- Não faz essa carinha fofa não, compartilha esses pensamentos com a gente! – A Renatinha pediu e eu comecei a rir.

- Seu instinto está gritando que você já ouviu esse nome? – O Bonfim perguntou e eu concordei.

- É mais o meu subconsciente mesmo! Não é um nome raro, é só um nome pouco comum, eu já devo ter prendido algum homônimo. – Eu comentei ainda tentando me lembrar.

- Não, você não prendeu um homônimo, mas esse nome já apareceu numa investigação sua. – O Bonfim sorriu. – Confia nos instintos, Moreno, essa mulher já atravessou o seu caminho no passado.

- Você está me dizendo que ela já esteve investigada por mim? Quem é ela, Bonfim?

- Pra se proteger de uma denúncia! – Eu deduzi e o Bonfim fez que sim. Mas eu já estava pensando um pouco mais a frente. – Essa mulher está fazendo esses procedimentos na casa dela.

- Mas tem uma viatura lá. – A Renata comentou.

- Exatamente. E outra a seguindo pra cima e pra baixo. Óbvio que ela já notou. Se nós quisermos dar o flagrante, vamos precisar dar uma aliviada no cerco. Ela precisa se sentir segura para voltar a agir.

- Mas, Flávio, se ela fizesse isso lá, deveria ter algum equipamento, algum material, um remédio que fosse. Nós estivemos lá, não tinha nada! – A Renata tinha razão.

- O problema, Renatinha é que nós só conseguimos o mandado para dar a busca ontem, porque o Fabrício estava fora e o juiz que estava no plantão do final de semana era meio lento. O sequestro foi na sexta e ontem foi segunda, claro que ela já estava esperando por nós e teve tempo de esconder tudo. – Eu estava pensando e não achava a ponta solta.

- Mas esconder onde? Nós reviramos aquela casa. – A Renatinha me lembrou.

- Exatamente, onde? Acho que eu vou fazer uma visita pra Hana, ela morou lá, deve se lembrar de algo. Mas que nós deixamos passar alguma coisa, deixamos! – Eu tinha certeza disso.

- É uma boa idéia, a Hana pode se lembrar de algo que ela não deu importância à época. – O Bonfim concordou.

- Meu delegado, e a investigação da corregedoria? – Eu olhei para o Bonfim.

- Isso está sob sete chaves, Flávio, e nós só vamos ter notícias no final!

- Eu estou achando o corregedor muito quieto. – Eu comentei e o Bonfim concordou.

- Isso te preocupa, delegado? – A Renatinha perguntou.

- Renatinha, se todo mundo está sendo pressionado e tudo fica calmo demais é porque a pressão está aumentando e algo está para explodir pertinho da gente e a gente ainda não percebeu. – Eu tinha certeza de que aquele corregedor ia aprontar.

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