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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1416

“Suzy”

Eu já estava em cima da hora da visita do Fred. Coitado! Todo acabado em cima daquela cama. Nós já havíamos até combinado que, assim que ele terminasse a nossa vingança, eu daria a ele uma morte digna e assistida. O sofrimento dele era muito grande. E coitado do Gregório, estava arrasado, ele tinha o Frederico como um filho, era até bonito de ver.

Eu me apresentei na recepção do hospital e a recepcionista abriu um sorriso enorme pra mim, o que eu achei muito esquisito, porque aquela mulher me detestava, ela me atendia todos os dias agarrada na força do ódio!

- Ai, como eu esperei por esse dia! – Ela falou toda animadinha e eu pensei em boas notícias.

- O quê? O Fred saiu da UTI? – Eu perguntei empolgada.

- Saiu! – Ela respondeu com aquele sorriso enorme. – Sai da UTI e saiu do hospital! Olha qie notícia maravilhosa! Acabou, bruxa velha, eu não tenho mais que ver a sua cara todos os dias!

- Olha como fala comigo, sua atrevida! – Eu me irritei e falei alto. – Pra onde levaram o Frederico? Eu quero saber, onde ele está?

- Ah, bruxa velha, isso não é comigo, a única coisa que eu sei é que aquele demônio, agressor de mulheres, bandido, filho do cão, porco imundo, cretino, ordinário, vagabundo… deixa eu pensar se tem mais algum nome que eu possa usar e que não seja um palavrão… droga! Deve ter, mas eu não estou me lembrando agora. Mas enfim, aquela criatura ridícula, desnecessária, maléfica… - A recepcionista parecia determinada a usar todas as ofensas da língua portuguesa e eu até me encolhi.

- Amiga, olha o foco! – A recepcionista ao lado dela deu um toque no seu braço e ela olhou para a amiga, sorriu e respirou fundo.

- Então, bruxa velha, seu vermezinho saiu do hospital ontem à tarde. Mas, eu não sei pra onde ele foi, só sei que a polícia levou.

- Ai, meu Deus, mataram o Frederico! – Eu levei a mão a boca apavorada.

- Não usa o santo nome de Deus em vão não, funcionária do diabo! Mas pode ficar tranquila, aqueles policiais querem o infeliz bem vivinho pra sofrer bastante enquanto paga pelos crimes que cometeu! – A Recepcionista avisou.

- Eu quero falar com o diretor dessa espelunca! Quero saber porque deixaram levar o Fred e ainda mais, sem me avisar. – Eu gritei na recepção.

- Mas é cada doido que me aparece aqui! – A recepcionista bufou. – Para de dar chilique, sua sonsa! Esqueceu que o seu queridinho está preso? A polícia pode levar aquele lixo tóxico em forma de rato pra qualquer lugar. Seguinte, o máximo que eu vou chamar é o médico responsável, então senta ali e espera.

- Você não vai me tratar assim! – Eu reclamei e ela me olhou com cara de tédio.

- Senta lá ou vai embora, mas se continuar cacarejando no meu balcão eu chamo a polícia e você sai daqui presa! – Ela ameaçou, eu respirei fundo dei as costas e me sentei.

Eu fiquei sentada ali mais de duas horas esperando, até que o médico finalmente apareceu. Era o tal ortopedista que fez aquela barbaridade no rosto do Frederico.

- Eu falo, você ouve e presta atenção porque eu não vou repetir e nem responder perguntas. – Ele já foi logo avisando e eu nem me surpreendi, aquele médico me detestava e eu já tinha percebido. – O Frederico recebeu alta da UTI ontem e, por questões de segurança, o hospital avisou ao juiz que ele poderia ser levado para uma unidade prisional e fazer o acompanhamento ambulatorial na enfermaria do presídio. Então o juiz mandou a polícia buscá-lo e levá-lo para o presídio. Para onde eles o levaram, não sei e não quero saber e mesmo se soubesse pra você eu não diria, pelo mesmo motivo que eu não informei a alta e a saída dele do hospital, você não é parente dele, não é esposa, não é mãe, não é nada e nós apenas damos informações dos pacientes a familiares ou a agentes da lei. Como você não é nem uma coisa e nem outra, passar bem!

Ele simplesmente deu as costas depois de todo aquele discurso e voltou para dentro do hospital. Eu estava em choque! As pessoas não tinham mais nenhuma empatia pela dor dos outros, eu estava angustiada ali!

- Agora, mocréia, desinfeta da nossa recepção vai! Some daqui, assombração! Antes que eu mesma te arraste pelos cabelos. – A recepcionista se levantou e eu achei melhor sair dali antes que ela cumprisse a ameaça, aquela mulher devia estar na TPM!

Eu voltei correndo pra casa, precisava contar logo ao Gregório o que tinha acontecido e nós precisávamos encontrar o Frederico logo e impedir que o maltratassem mais.

- Greg, Greg, Greeeeg! – Eu gritei quando cheguei em casa.

- Levaram para um presídio federal em outro estado. Não vai ser fácil visitar o Frederico. Lá só familiares podem visitar e o Frederico não tem família, não é casado… - O Greg parecia abatido.

- Liga para aquele corregedor corrupto, Gregório, manda ele dar um jeito de trazer o Fred de volta! – Eu exigi.

- O advogado acabou de me informar que o corregedor corrupto foi preso, ele e toda a corja dele. Todos presos!

- E agora? O que nós vamos fazer? Nós precisamos visitar o Frederico. – Eu me sentei sem a menor noção do que fazer.

- Só tem um jeito! – O Lenon falou. – Manda o advogado lá para pegar uma procuração, aí a gente casa a Mara com o Frederico, como esposa, ela vai poder ir visitá-lo.

- Lenon, aquela inútil não vai querer fazer isso! – Eu reclamei. – E eu não confio nela! Mas nós podemos nos divorciar, Greg, e eu caso com o Frederico, aí eu continuo fazendo as visitas e cuidando para que ele tenha o que precisa.

- Está louca, Suzy? De jeito nenhum! Você é minha esposa! – O Greg gritou.

- Ai, que lindo, meu maridinho com ciúme de mim! – Eu fiquei toda orgulhosa.

- A polícia está procurando a Mara, nunca que ela vai conseguir visitar o Fred. Mas numa coisa você tem razão, não dá pra confiar na Mara! – Finalmente o Gregório estava concordando comigo. – Lenon, vamos adiantar o serviço, infelizmente vamos ter que nos livrar da sua prima.

- Ah, deixa que eu vou fazer tudo rápido e sem dor, Lenon, não se preocupe! – Eu avisei com um sorriso e aparentemente ele não se importava mesmo.

- Amanhã vocês vão pegar a avó da garota e vai ser com a velha que nós vamos pegar a Hana e a adolescente estúpida! – O Gregório sorriu, o nosso plano estava armado.

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