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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1420

"Lenon"

Eu estava cansado dessas complicações que o Gregório e o Frederico arrumavam e a pior parte sempre sobrava pra mim. Agora eu estava aqui, prestes a sequestrar uma velhinha e tendo como comparsa de crime uma piranha! A vida não era justa!

Nós conseguimos sair de casa escondidos no porta malas do carro da Suzy. Depois ela ficou num shopping e nós seguimos com o carro para a casa da avó da adolescente que a Mara odiava.

- Qual é a casa, Lenon? - A Mara perguntou ao meu lado.

Ela estava muito estranha, boazinha demais, como se soubesse que era um cordeirinho com os minutos contados. Eu já estava com ódio dela e depois que o advogado descobriu que o Frederico foi transferido para longe por culpa da visitinha que a prima dela fez, eu queria matá-la logo. O pior foi que nós não descobrimos como ela conseguiu falar com a prima, porque o Gregório e eu já havíamos revirado o quarto dela enquanto ela ajudava a Suzy e não tínhamos encontrado nenhum celular.

- É aquele ali no meio da rua. Com o portão branco. - Eu respondi.

- Você vai na frente, com essa carinha de anjo, seduz a velha e eu entro. - A Mara repassou o plano.

- Tá, tá, já sei! Chata! - E reclamei, estava totalmente sem paciência.

Eu saí do carro e fui em direção a casa, toquei a campainha e saiu uma mulher não tão velha lá de dentro. Era o que me faltava, a velha era uma caquética que tinha dama de companhia!

- Oi, aqui é a casa da D. Arlete? - Eu perguntei com a voz suave.

- Não é mais não. A Arlete agora mora lá naquela casa azul no fim da rua. - A mulher me respondeu e eu agradeci.

Eu me virei para a Mara que ficou fazendo um sinal frenético para qu eu fosse até a outra casa. Ela até estava colaborando, mas continuava se achando a chefe! Eu caminhei até o fim da rua e toquei a campainha. Uma senhora saiu dos fundos da casa com uma vassoura na mão e veio até o portão.

- Pois não? - Ela me olhou desconfiada.

- D. Arlete?

- Sou eu! Quem é você?

- Oi, eu sou amigo da sua filha, a Raíssa. Eu cheguei do Japão esses dias, a gente trabalhou junto lá e ela me deu o endereço, disse que quando eu voltasse era para procurá-la. - Eu dei um grande sorriso, mas a carranca da velha não se dissolveu.

- Sei... entra. - Elas abriu o portão e eu entrei.

Foi bem fácil e amarrá-la e tirá-la dali seria mais fácil ainda. Ela foi caminhando ao meu lado e abriu a porta da sala, eu entrei e ela entrou em seguida e fechou a porta.

- Como você disse que se chama? - Ela perguntou e eua encarei por um momento, eu não podia dizer Lenon e nem Jonh.

- Lee. - Foi tudo o que eu pensei.

- Nomezinho esquisito. Pois você chegou em boa hora, Lee. Eu preciso levar isso aqui lá para o sótão, mas sabe como é, eu mal consigo subir a escada. E já que você está aqui e é amigo da minha filha, não vai se importar de fazer esse favor, não é?!

- Ah, claro! Eu levo. É só me mostrar onde é. Essa caixinha? - Eu peguei a caixa de sapatos.

- Essa e todas aquelas ali. - Ela apontou umas vinte caixas enormes no canto. - Anda, começa! - Ela deu uma vassourada na minha bunda e doeu. - A escadinha para o sótão já está puxada aí no corredor.

Eu olhei e comecei a levar as caixas, eu precisava distrair a velha até a Mara entrar na casa e se eu me recusasse ela poderia desconfiar. Eu já tinha levado metade das caixas para o sótão e nada da Mara aparecer.

Ela pegou um porrete- que estava ao lado do balcão onde ela estava encostada e começou a me golpear com ele. Só que no primeiro golpe eu senti a dor da pele rasgando junto com a minha camisa. Aquele negócio estava cheio de pregos.

- Seu mal educado! Não é assim que se responde uma mulher que tem idade para ser sua avó! - Ela começou a gritar e eu saí correndo, mas a velha correu atrás de mim.

- Ai, ai, minha senhora, para com isso, sua louca! - Eu gritava correndo em direção ao portão e a velha correu atrás de mim me acertando com aquele porrete- e quando eu atravessei o portão eu senti o último golpe que doeu como se me arrancasse um rim.

- E se voltar aqui de novo eu solto o Thor em cima de você! - Ela gritou e eu pensei que Thor devia ser um cachorro e se a velha era louca, eu é que não ia querer conhecer o cachorro dela.

E enquanto eu pensei que tinha me livrado das porre-tadas, eu senti algo bater em minhas costas como se fosse um so-co. E dei uma olhada rápida para trás e a velha estava atirando pedras. De que planeta aquela velha tinha saído? O demônio devia ter medo dela!

E onde estava a piranha da Mara? Eu corri em direção ao carro, entrei e a Mara não estava lá. Onde aquela vadia estava?

- Ah, quer saber, foda-se! Eu é que não vou ficar aqui, vai que aquela velha chama a polícia... merda! Eu estava lascado! Ainda não tinha me recuperado nem dos so-cos do troglodita do Rafael e nem das presepadas da criança do mal e agora estava todo arrebentado pela velha louca! Não, tinha que ter algo que eu pudesse fazer sem me estrupiar- tanto!

Eu dirigi para o shopping e peguei a Suzy que me olhou horrorizada.

- O que aconteceu, Lenon? Cadê a sua prima?

- Aquela piranha se mandou e me deixou na mão com a avó do capeta! - Eu respondi irritado. - Eu preciso de curativos e remédios pra dor, Suzy, e nenhuma pergunta até eu não estar sentindo que fui dilacerado pela mandíbula de um tubarão!

A Suzy se calou e se encolheu no banco, enquanto eu dirigia pensando que ia matar a Mara quando a encontrasse.

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