"Flávio"
A programação do dia hoje era muito especial, eu finalmente ia colocar as mãos nos cúmplices do Frederico! Depois de fazer as prisões no morro do Pipote no dia anterior, só me restava pegar aqueles paus mandados e repassar a minha investigação para os dederais continuarem a investigar a quadrilha de tráfico de pessoas e depois disso eu tiraria longas e merecidas férias de trinta dias com a minha esposa linda e meus filhos! Ah, eu não via a hora!
- Que sorriso de felicidade é esse, princesa? - A Renatinha se jogou na cadeira a minha frente.
- O sorriso de quem vai sair de férias em breve. Quer que eu coloque uma mesinha aqui do meu ladinho pra você, Renatinha? Você não sai mais da minha sala!
- Ah, sabe por que eu gosto tanto daqui? Porque aqui na sua sala não tem porta, a gente não fica trancado!
- Tá meio claustrofóbica ultimamente, hein?!
- Depois do desacerto lá no presídio eu fiquei mesmo. Ficar encurralada por aqueles bandidos foi meio tenso.
- Só meio tenso? - Eu ri.
- É! Princesa, diz que tem alguma coisa divertida pra hoje, diz.
- Ontem não foi divertido o suficiente pra você?
- Princesa, a gente entrou e saiu do Pipote sem dar um pipoco! Aquilo lá agora é paz e amor. Eu acho bom pra quem mora lá, claro! Mas os bandidos nem resistiram! Poxa, eu tive que dar um aperto no Rabiola só porque eu fiquei entediada. Não tem a mesma graça de quando eles bancam os espertinhos. - Ela estalou a língua.
- Sei, por isso eu tive que mandar o idiota para o hospital e ele passou por uma cirurgia porque perdeu um dos testículos por trauma grave e irreversível? - Eu perguntei divertido e ela riu.
- Ah, eu não sabia que ele era tão delicadinho assim! E de acordo com o seu relatório, o trauma que ele sofreu foi quando tentou pular a janela e caiu de pernas abertas, esmagando as próprias bolas no parapeito da janela!
- Ah, é? Eu esqueci de colocar que ele caiu porque você torceu as bolas dele enquanto ele tentava pular? - Eu a encarei e ela abriu um sorriso.
- Eu não tenho culpa se o lesado não sabe pular a janela e é todo sensível! E como eu disse, entramos e saímos sem disparar um tiro.
- É que a gente pulou cedo, né, Renatinha, pegou a bandidagem dormindo. E sinceramente é muito melhor assim, prendemos todo mundo, voltamos pra delegacia cedo e inteiros!
- Ah, tá! E você acha que não tem nada a ver com o fato de que você os deixou sem comando? Você realmente não acha que eles se entregaram numa boa porque você pegou os chefões primeiro, secou o esqueminha financeiro deles, entre outros golpes que você vem dando neles há tempos para cortar a cabeça da cobra? Você é humilde, hein, delegado!
- Renatinha, foi um esforço de equipes. E muito disso também foi graças ao Rafael e a Hana! Eles jogaram muita coisa no meu colo, facilitaram a investigação. E a nossa equipe de inteligência sabe o que está fazendo! - Eu ri, porque foi a investigação mais aleatória da minha vida e uma das maiores também.
- Tudo começou porque aquela doida não confiava no "punho de ferro"! - A Renatinha riu.
- Pois é! Aí teve a Mel também com a implicância com o Domani. - Eu me lembrei.
- E o "pote da alegria" foi destampado e agora anda espalhando purpurina na cadeia! Esse encontrou o caminho! - A Renatinha deu uma boa gargalhada.
- Ah, mas olha lá o idiota, botando a cara na rua! - A Renatinha comentou quando viu o Lenon ao volante do carro da Suzy.
- Excesso de confiança, do jeitinho que a gente gosta. - Eu comentei. - Agora é só esperar a cliente chegar.
Cerca de vinte minutos depois uma mulher, que já estava com a barriga de grávida aparente, desceu de um taxi e tocou a campainha. Eu senti uma raiva profunda, mas esse bebê não ia morrer.
- Pra quê elas fazem isso? - A Renatinha lamentou. - Se não conseguem evitar, então entrega para adoção ao nascer! Agora vê bem, a barriga daquela ali já dá pra notar.
- Não entendo, Renatinha! Mas esse bebê a gente vai salvar, nem que eu tenha que mandar essa mulher pra sua cadelinha vigiar!
- E pode deixar que a cadelinha vigia mesmo. Ela está muito adestrada! -0 A Renatinha riu. - Tá na hora?
- Hora do show! Vamos! - Eu dei o sinal para a minha equipe e nós nos aproximamos do portão da casa. - Seguinte, o procedimento de sempre, eu aviso que estamos aqui, conto pacientemente até três e se ninguém atender vocês arrombam! - Com a concordância deles eu chamei, mas não gritei muito pra não prejudicar minhas cordas vocais: - Polícia! Três!
O portão da casa foi arrombado no primeiro golpe, assim como a porta da frente e quando entramos o Gregório estava confuso de pé no meio da sala.
- Esse é meu, delegado! - A Renatinha pediu e eu sabia que ela tinha uma questão com o Gregório. Eu concordei e ela foi em direção a ele, enquanto a equipe dava a geral na casa. - Perdeu, otário! Mãos na cabeça!
O Gregório levantou as mãos e a Renatinha o algemou. Um dos meus homens se aproximou e me alertou que não encontraram mais ninguém na casa, mas eles estavam ali! Eu suspeitava que não ia ser tão fácil assim para o Gregório.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......