"Rafael"
Eu estava olhando para a tela do tablet sem acreditar, tanto que eu queria esse filho e aí tudo aconteceu e eu voltei para as consultas com o Nelson e pensei que ela precisava saber tudo antes de dar o próximo passo, mas eu não sabia que ela já tinha dado o próximo passo. Havia um mar de sentimentos dentro de mim e eu sentia uma felicidade tão grande que eu tive medo de perdê-la e em um segundo eu tinha milhões de medos, mas nenhum deles era tão grande quanto aquela felicidade.
Eu não conseguia tirar os meus olhos da tela! Eu estava olhando para o meu segundo filho ou filha. Eu estava encantado com aquela minúscula vida crescendo dentro da mulher que eu amava!
A Giovana se aproximou e tocou o meu ombro. Por tanto tempo fomos só nós dois e nós fazíamos tantos planos de um dia ter mais pessoas a nossa volta. Ela insistia que eu deveria me apaixonar e dar a ela mais irmãos. Eu dizia a ela que eu era muito feliz apenas com ela, mas que eu gostaria que ela tivesse irmãos.
Eu não dizia, nem precisava, porque ela sabia, mas eu sonhava com a família grande e amorosa que ela também sonhava, afinal eu era o filho único de uma mãe solteira e eu sempre sonhei em ser um pai de verdade, diferente do meu e eu achava que estava me saindo bem com a Giovana e eu queria me sair bem com mais filhos.
Minha filha me deu um beijo e tirou o tablet das minhas mãos. Eu olhei para a Hana e queria correr e abraçá-la apertado, mas eu tive medo de machucá-la. Eu estava vivendo todas aquelas emoções de forma tão diferente do que foi com a Giovana, mas com a mesma certeza de que eu já amava aquele bebê que ainda estava sendo gerado.
Eu me aproximei da Hana e toquei o seu rosto, olhando nos seus olhos. De repente, parecia que aquele apartamento havia ficado vazio e estávamos só nós dois ali. Minhas mãos foram para a barriga dela, ainda plana, e os meus olhos acompanharam as minhas mãos. Eu acariciei a barriga dela e voltei a olhar em seus olhos.
- Nosso bebê está aqui! - Eu falei, me engasgando com as palavras e a emoção que fechava minha garganta.
- Sim, tem uma mini doida ou um psicogatinho aqui. - Ela respondeu com um sorriso e colocou a mão sobre a minha.
- Você ainda não falou com o Nelson. - Eu senti a primeira lágrima escapulir.
- Eu não preciso falar com ele pra saber que você é o melhor pai do mundo e qua vai ser ainda melhor da segunda vez, afinal agora você tem prática. - Ela me fez rir.
- Você me contou, lá no hospital... você disse que estávamos perto de ser pais! E que temos uma consulta em poucos dias, a consulta já é para ver como está o nosso bebê! - Eu me lembrei e o sorriso dela ficou muito grande.
- É, às vezes você demora um pouquinho a entender as coisas. - Ela riu. - E aí, o que você acha? Vai entrar nessa comigo?
- Minha doida, eu entrei nessa muito antes de você aceitar que me amava! - Eu sorri e a abracei. - Porque eu já te amava quando você ainda fugia de mim e eu desejei esse bebê quando você ainda tinha dúvidas se seria uma boa mãe. E você nem vai ser uma boa mãe, você vai ser uma mãe incrível! Eu te amo, Hana! E eu amo o nosso filho e já estou ansioso pela chegada dele!
- Você mudou a minha vida, Rafa, você me fez querer coisas que eu achei que não podia ter e agora eu quero ter tudo, eu quero a família, os amigos, os filhos, a casa cheia. E, principalmente, eu quero todo esse amor que você me dá todos os dias nos menores detalhes e nos maiores momentos! E eu quero te fazer feliz! Eu te amo, psicogato!
- Eu te amo, minha doida! - Eu a tirei do chão e dei um beijo nela, um beijo profundo, derramando nele o meu coração. E quando eu a soltei, eu olhei para os outros na sala. - Eu vou ser pai de novo! - Eu anunciei com toda a alegria.
Nós fomos abraçados e parabenizados por cada pessoa que estava ali. Aquela criança, feita com tanto amor, já era esperada com festa, alegria e muito amor. Ela teria irmã, tios e até avós, porque eu sabia que a Arlete não aceitaria não ser chamada de "vó". Era reconfortante saber que meu filho ou filha chegaria ao mundo com uma rede de proteção e amor. E eu estaria sempre ao lado dele ou dela.
- E você sabe que complicou a vida da Giovana, não sabe?! - Eu ri me lembrando que ainda era aniversário da minha primogênita e que ela ainda não tinha cortado o bolo.
- Por quê? - A Hana perguntou sorrindo.
- Porque agora eu quero saber pra quem vai o primeiro pedaço de bolo. - Eu me virei para a Gi sem soltar a Hana.
- Ih, Gi, é mesmo, a fila cresceu! - A Hana entrou na brincadeira e a Giovana pegou a faca e a espátula.
- Vocês são tão bobos! - A Giovana nos olhou com um sorriso enorme. - A Hana acabou de tornar a minha vida mais fácil! - A Giovana cortou uma fatia generosa de bolo, dividiu em duas e colocou uma metade em cada pratinho. - O primeiro pedaço vai para os meu dois amores. - Ela ofereceu um prato para o Anderson e um prato para a Hana. - Para o meu gracinha, que me faz o meu coração acelerar por ele e para o meu irmãozinho ou irmãzinha, que eu estou esperando há tanto tempo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......