"Suzy"
Depois que eu saí do hospital eu fui jogada nesse inferno desse presídio. Isso aqui é como a latrina do capeta! Um lugarzinho horroroso, imundo, fedorento! E eu ainda estou os braços engessados e o pé imobilizado, mas ninguém aqui se preocupa.
- Aí, Açougueira, deu sorte, hein?! Como que você escapou de cumprir os trinta dias na adaptação eu não sei, mas o juiz mandou te colocar direto no convívio com as outras. - Uma das guardas que estava me empurando por aqueles corredores imundos começou a falar.
Nós paramos diante de uma cela, ela abriu a porta e me mandou entrar. Lá dentro três mulheres me olhavam com curiosidade, duas delas eram muito parecidas, mas a outra, parecia homem, cabelos raspados, um comportamento masculinizado e o jeito que ela me olhou foi esquisito. Mas o pior foi o olhar da mais nova, como se avaliasse o meu preço.
- Carne fresca, meninas! Essa aqui é a Suzy Açougueira. Façam amizade e divirtam-se! - A guarda foi embora e eu não tinha para onde correr.
- Até que de corpo é jeitosinha, Chiquitita, mas de rosto não dá pra saber, tá bem machucado! - A que parecia um homem falou com a mais nova e eu dei um passo atrás.
- Suzy... é nome de guerra? Você é lá do sobre e desce também? - A mais velha me perguntou e eu não tinha idéia do que ela estava dizendo.
- É melhor responder as perguntas se não quiser precisar engessar o resto do corpo. - A mais nova se aproximou e me encarou, seu olhar era gelado.
- Suzy é o meu nome mesmo. Eu não tenho idéia de onde é esse tal de sobe e desce. - Eu respondi, porque eu já estava encostada na porta da cela e a mais nova não parava de aproximar.
- Ela é que fazia abortos, Pantera. - A mais nova respondeu e bateu as mãos uma na outra com a empolgação de uma líder de torcida. - Vamos as apresentações! Açougueira, a gente está se conhecendo agora, mas eu ouvi maravilhas a seu respeito! - Ela deu um sorriso grande e eu até relaxei um pouquinho.
- Ah, que interessante! E quem te falou sobre mim? - Eu perguntei.
- Um amigo que conhece a Hana! Se lembra da Hana? - Ela estava com aquele sorriso no rosto e eu congelei.
- Quem é esse amigo? - Eu perguntei com medo de que a vadiazinha da Hana cumprisse o que prometeu na delegacia.
- Ah, isso não é da sua conta! Sabe o que é da sua conta? É que agora você é a minha cachorra! Isso não é ótimo? - A garota não tirava aquele sorriso do rosto.
- Que desrespeito... - Eu mal comecei a falar e ela me deu um ta-pa no rosto com toda a força.
- Calada, cachorra! - Ela me encarou e eu vi o seu rosto furioso e no segundo seguinte ela voltou a sorrir. - Bom, como eu ia dizendo, eu sou a Ilana, mas todo mundo aqui me chama de Chiquitita do Apocalipse, muito mais legal que meu nome, né?! Essa loira gata aqui é a mamy, Irina, mas aquie no sobe e desce, ela é conhecida como Roxane Pantera.
- Oi, puta! Sobe e desce é a zona do baixo meretrício. Você ia gostar de lá. - A mais velha sorriu, mascando aquele chiclete como uma vadia.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......