Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 145

“Alessandro”

Liguei para a secretária e marquei com ela no horário do almoço em um café perto do consultório. Quando chegamos ela já estava sentada numa mesa bem ao fundo.

- Boa tarde, Sr. Mellendez. Sr. Guzman. Como vão? – Ela nos cumprimentou muito formal.

- Espera aí, você me conhece? – Patrício perguntou surpreso.

- Eu trabalho aos finais de semana no cassino do Clube Social. – Ela falou meio sem graça. – E vocês dois dão ótimas gorjetas. Sou a Jaqueline.

- Cara, é verdade! Eu já te cantei... – Patrício falou a reconhecendo e caiu na gargalhada. – Mas sem a maquiagem e com o cabelo preso e os óculos, você fica muito diferente.

- Sim. – Jaqueline concordou meio sem graça. – Obrigada por ter ligado, Sr. Mellendez.

- Olha, Jaqueline, confesso que quando você me deu seu telefone achei que você estava dando em cima de mim. Mas agora, estou curioso. – Falei me sentando.

- Sr. Mellendez, eu trabalho no consultório porque preciso do salário, mas sinceramente o Dr. Valério é homem sem escrúpulos e eu acho um absurdo o que estão fazendo com o senhor. Até porque eu sempre vi, lá no Clube Social, que o senhor não suporta a Ana Carolina, aliás ninguém suporta. – Jaqueline falou e Patrício caiu na risada.

- E o que estão fazendo, Jaqueline? – Perguntei.

- A sua noiva não está grávida. Aquele dia no consultório foi tudo uma farsa. O doutor colocou o vídeo do ultrassom de outra mulher para o senhor ver. E ele faria isso em todas as consultas, até o senhor já estar casado e a Ana Carolina fingir que abortou. – Jaqueline contou tudo.

- Meu deus, fica cada vez pior. – Falei fechando os olhos.

- E vou te dizer mais uma coisa, quem indicou ele para a Ana Carolina foi a sua secretária Celeste. – Jaqueline sabia de tudo. – Eu escutei a conversa dos três no consultório um dia antes da suposta consulta que o senhor foi. Ele é um picareta, não sei como ainda é médico.

- Ah, mas ele vai deixar de ser, Jaqueline. – Garanti.

- Sr. Mellendez. Só mais uma coisa. Sabe a Rosa, secretária do Clube Social? – Jaqueline perguntou.

- Sim, o que tem ela?

- Ela me contou que a Leila, gerente de pessoal, é muito amiga da Celeste e conta tudo pra ela, sempre que o senhor chega ela liga pra Celeste pra contar que o senhor está lá.

- Então é assim que elas ficam sabendo... – Patrício comentou.

- E a Rosa ouviu uma conversa das duas. E a Celeste dizia que tem contatos em todos os lugares que o senhor freqüenta ou que sua empresa tem algum envolvimento, assim ela fica sabendo de muita coisa, inclusive coisas muito pessoais.

- Meu deus, como eu fui tão burro! – Comentei eu estava até tonto com tanta coisa que estava descobrindo,

Conversamos por mais um tempo ali e no final deixei um cartão com a Jaqueline dizendo para ela me procurar que eu ofereceria um posto de trabalho pra ela. Era o mínimo que eu poderia fazer, já que ela recusou qualquer pagamento pela informação. Além do mais, ter pessoas de confiança na minha empresa era a meta.

Quando saímos do café eu queria esganar a Ana Carolina e a Celeste. Então o Rick ligou e disse que já tinha localizado o garçom e tinha um plano para encurralá-lo. Voltamos depressa para o escritório.

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