"Hana"
Estávamos sentados na sala conversando depois do jantar o Rafael e eu e a Giovana e o Anderson. A Raíssa e o Bóris nao tinham vindo essa noite e o Rubens e a Rúbia tinham ido para o bar. Mas a Giovana logo começou a bocejar, se despediu de todos e foi dormir.
- Bom, minha deixa! - O Anderson se virou para nós.
- Anderson, senta um minutinho, por favor? - Eu pedi e ele se sentou sem questionar.
- Como está indo com a preparação para as provas para entrar na faculdade? - Eu perguntei e ele me olhou surpreso. Geralmente eu não perguntava, porque eu me lembrava de quando estava estudando e o quanto eu ficava nervosa com todo mundo perguntando o tempo todo sobre as provas.
- Está indo bem, Hana. Depois que a Gi vai dormir eu sempre me sento para estudar uma parte da noite. E agora parece que ela tem tido sono mais cedo, o que acaba me dando um pouco mais de tempo. - Ele deu aquele sorrisinho fofo que sempre dava quando falava dela.
- Que bom, mas você precisa descansar. - Eu comentei, pensando no quanto a rotina dele devia estar pesada.
- Mas eu tenho descansado. Esses tempos aqui cuidando da Gi tem sido verdadeiras férias. - Ele abriu um sorriso maior. - Só não conta para o meu chefe!
- Ah, pode deixar, é um segredo nosso. - O Rafael riu ao meu lado.
- Se o seu chefe descobrir isso vai te colocar para trabalhar em turnos extras. - O Rafael brincou, nos fazendo rir. - Mas a Hana tem razão, garoto, você precisa descansar. Em algum momento você precisa dormir.
- Eu durmo, chefe, só não preciso de muitas horas de sono. É o que a rotina de trabalhar a noite faz com a gente. - Ele explicou e o Rafael balançou a cabeça em compreensão. Meu psicogato também não precisava de muitas horas de sono. - Além do mais eu quero entrar em uma faculdade pública, uma particular comprometeria muito o meu orçamento.
- Eu já te disse que você não precisa se preocupar com isso, garoto! Além do mais, à partir desse mês aquele reajuste vai entrar no seu salário. - O Rafael o encarou sério. - Ed você sabe que pode vir a mim sempre que precisar, para qualquer coisa!
- Eu sei, chefe, obrigado. Mas eu te disse que não quero privilégios por ser o namorado da Giovana.
- Gracinha, deixa eu te explicar, eu não estou dando privilégios para o meu funcionário e nem para o namorado da minha filha. Eu estou apoiando um garoto muito responsável, que eu admiro muito e que considero como um filho. É isso o que um pai faz, apóia seus filhos. - O Rafael explicou e o Anderson ficou emocionado.
- Ai, está vendo, gracinha, porque eu amo tanto esse psicogato?! Ele consegue ser fofo e safado ao mesmo tempo! - Eu comentei e eles deram uma gargalhada.
- Te amo, minha doida, mas você sabe que eu não sou fofo!
- Às vezes é, psicogato, e nem percebe! Mas eu quero te falar uma coisa, Anderson. - Eu peguei a pasta que tinha deixado atrás da almofada do encosto do sofá. - Eu acho a sua história admirável. Assumir a família tão cedo como você fez, cuidar dos seus irmãos quando você mesmo ainda era um menino, apoiar a sua mãe, isso mostra o seu caráter.
- Nós fazemos o que temos que fazer, Hana, você sabe, às vezes a vida não nos dá escolha ou dá uma opção que nós não podemos aceitar, um caminho que só parece ser mais fácil. Meu pai me ensinou que nós precisamos nos comprometer, nos esforçar e fazer qualquer sacrifício que seja necessário para não nos perdermos pelo caminho. - Ele respondeu muito sério.
- Seu pai foi um grande homem, tenho certeza disso! - Eu ofereci a mão para o Anderson. Nós compartilhávamos a dor da perda de um pai amado, bom e que nos amava. - Anderson, você é parte dessa família também e assim como o Rafael, eu quero te apoiar, porque você merece.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......