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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 166

“Alessandro”

Eu estava uma pilha de nervos esperando alguma notícia. Os policiais que estavam no escritório haviam descoberto a localização da torre de celular e traçado um perímetro de busca. Equipes já estavam a caminho.

- Melissa... - a mãe do Fernando chamou no celular.

- Oi, sogra.

- A polícia chegou e trouxe dois cachorros. Eles vão entrar.

- Graças a deus eles chegaram! – falei baixinho.

- Sogra, agora sai daí.

- Não mesmo, estou protegida, vou esperar. – A mãe do Nando falou.

- Mãe, como você está enxergando tudo a esse hora da noite? – Fernando perguntou.

- Enquanto eu esperava lá na porta do salão, mandei a Maria levar seu binóculo pra mim. Gostei disso, acho melhor você comprar outro, vou ficar com esse, tem visão noturna. – A mãe do Fernando era uma figura.

- Mãe, pelo amor de deus, você não é o James Bond. – Fernando colocou a mão no rosto.

- Sou melhor do que ele. Minha nora que disse. – A mãe do Fernando conseguiu arrancar uma gargalhada geral na sala, mesmo com tanta tensão.

- Dona Tereza, a senhora é simplesmente a melhor. Muito obrigado. – Agradeci sinceramente.

- Alessandro, querido, vai ficar tudo bem. Tenha fé. – Ela me respondeu. - Estão saindo, colocaram duas mulheres no camburão.

O telefone do Patrício tocou nesse momento e ele atendeu no viva voz.

- Flávio, notícias?

- O Pedro está no meu colo agora, Patrício. Está bem aparentemente, mas vou levá-lo ao hospital primeiro para o exame de corpo de delito e para ter certeza que ele está bem. Depois vamos em comboio para Porto Paraíso. Tenho três detidos, mas como o caso é da especializada aí vamos levá-los e entregar. – Moreno explicou.

- Flávio, você não pode vir de avião? Nós estamos aflitos pelo Pedro. – Patrício explicou.

- Até poderia, Patrício, mas conseguir a verba pra isso vai demorar muito.

- Eu vou fretar um avião agora e você vem o quanto antes. Pode ser? Quantas pessoas virão? – Patrício perguntou.

- É bom ter amigo rico. – Moreno riu. – Faça isso e me dê as informações. Seremos eu, o Pedro, os três detidos e três policiais.

- Patrício, avisa pra ele que eu vou ao hospital para ver como o Pedrinho está. Ele me conhece, posso acalmá-lo, coitadinho. – A mãe do Nando falou rapidamente no celular.

- Escutou, Flávio? O nome dela é Marisa Molina. – Patrício informou.

- Vai ser ótimo ela nos encontrar, o Pedro está bem assustadinho mesmo. – o delegado falou e meu coração apertou.

- Perfeito. Te ligo em minutos. – Patrício desligou e Rick já estava fretando um avião em Campanário.

Todos os ajustes foram feitos, as informações foram passadas e duas horas depois de resgatado meu filho entrava no avião para voltar pra mim. Os pais do Fernando resolveram vir e pegaram uma carona no vôo, pois o Pedro não quis sair do colo da Dona Marisa depois que a viu no hospital.

Dona Marisa fez uma chamada de vídeo e colocou o Pedro pra falar com a gente um pouco. A emoção tomou conta da sala. Liguei pra casa e pedi ao Jorge para avisar a todos que o Pedro foi resgatado. Pedi que esperassem em casa, pois levaria o Pedro pra eles cuidarem enquanto ainda procurávamos pela Cat.

Agora eu precisava encontrar a minha Catarina. As buscas pela Catarina ainda estavam sendo feitas, mas a região era de difícil acesso e a polícia estava tendo dificuldades.

Samantha chegou ao meu lado e me chamou.

- Alessandro, eu não queria te incomodar, mas o Sr, Farias está querendo falar com você. Ele disse que é sobre um negócio. Ele ligou várias vezes hoje e agora está lá embaixo.

- Que estranho. O que será que ele quer? – Patrício perguntou.

- Patrício, ele só disse que é sobre um negócio, mas que é muito importante. – Samantha explicou. – E não quis dar mais detalhes.

Ao final de pouco mais de trinta minutos eu estava chorando como uma criança. No vídeo o Junqueira conversava com a esposa e contava que havia sabotado o helicóptero dos meus pais, como fez e porque fez. Ele ria feliz pelo velório ser de caixão fechado, pois a aeronave incendiou e meus pais foram carbonizados. Junqueira queria meus pais mortos e a mim também, pois queria ficar com a empresa, ele já tinha até um testamento falso, mas eu estraguei os planos dele ao não voltar com meus pais.

Eu chorava pensando que Catarina havia salvado minha vida aquele dia, pois foi só porque estava com ela que não voltei com meus pais e me livrei do acidente.

No final do vídeo ele dizia que eu continuava estragando os planos dele, pois tinha trazido o Patrício para ser o vice presidente e assumi a presidência quando ele tinha se esforçado tanto para me fazer ficar depressivo e culpado por não ter morrido. O Patrício estragou os planos dele, pois me fez reagir.

Junqueira ainda confessou que estava roubando a empresa e quem o estava ajudando. Deu alguns detalhes sobre os seus planos e o que estava fazendo. Eu estava atônito.

- Acho que isso resolve muitas coisas. – Patrício falou e foi até o computador. – Fiz uma cópia do vídeo. – Tirou o pen drive, colocou na caixa e entregou ao Alencar. - Você resolve?

- Com certeza, Patrício! – Alencar respondeu ao pegar a caixa.

- Eu quero todos esses filhos da puta apodrecendo na cadeia! – Falei para o delegado.

- Não se preocupe, já vão sair daqui algemados. – o delegado Novaes garantiu. – E o senhor, Sr. Farias, vai ter que vir comigo prestar depoimento e eu também precisarei falar com sua esposa.

- Claro, o que precisarem. – Farias se virou pra mim. – Alessandro, sinto muito que minha família esteja lhe causando mais um mal.

- Farias, na verdade hoje você me deu alívio. Obrigado. – Apertei sua mão e nos despedimos. – Vamos, Patrício, ainda tenho que encontrar a Cat.

Voltei para minha sala e a Melissa me atualizou sobre as buscas. Me falando que a região era área rural do município de Riacho Azul, cidadezinha que ficava a cento e oitenta quilômetros de Porto Paraíso.

- Riacho Azul? – Patrício perguntou e Melissa confirmou. Patrício saiu correndo. Voltou alguns minutos depois com um papel nas mãos. – O Junqueira adquiriu uma propriedade lá em nome de laranjas, verifiquem se ela está dentro do perímetro.

Um dos policiais pegou o papel, digitou as informações e confirmou, a propriedade estava no perímetro da torre de celular. Ligaram para o delegado e passaram as coordenadas.

- Estamos chegando perto, Alessandro. – Patrício estava confiante. – Daqui a pouco esse pesadelo terá acabado. O delegado Novaes mandou verificarem todas as propriedades que estão naquela caixa, para ver se acham o Junqueira e a mulher.

- Ótimo, cara! Eu não vejo a hora disso tudo acabar.

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