Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 178

“Delegado Moreno”

Fomos para a delegacia depois da batida no haras, onde supostamente o Junqueira estava. Não o encontramos lá. Pelo que apuramos, ele e a esposa realmente estiveram lá, mas deixaram o lugar cerca de duas horas antes de chegarmos.

Eu estava exausto, mas não podia parar agora. Ainda tinha o interrogatório daqueles imbecis que nós prendemos em Campanário. Depois disso, eu entraria no avião de volta pra casa. Não havia tido tempo de conversar direito com o Patrício, mas ligaria pra ele assim que tivesse descansado um pouco. Eu precisava saber quem era aquela baixinha que eu vi no escritório dele.

Me sentei na cadeira em frente a mesa do delegado Bonfim e ele me ofereceu um copo de café que eu peguei agradecido. Estava cansado e um café me despertaria um pouco pelo menos.

- Bonfim, achei muito estranho o Junqueira ter saído do lugar pouco antes de chegarmos. O que você acha? – Perguntei enquanto tomava um gole da bebida quente.

- Também não gostei disso! – Bonfim falou ao se sentar com seu café. – Estou pensando e só consigo chegar a conclusão de que ele ainda tem um informante no Grupo Mellendez. Alguém que provavelmente nem os seus comparsas de crime saibam quem é.

- Faz sentido. Você vai alertar o Alessandro sobre isso?

- Com certeza. Esse casa é uma teia muito complexa, vários crimes sendo cometidos há muito tempo e ninguém tinha percebido.

- É! Sinceramente, eu não sei se esse Junqueira é movido por ganância, ódio ou inveja.

- Acho que pelas três coisas, Moreno.

- Olha, o que aquelas duas malucas fizeram com o menino é surreal. Ele estava acorrentado pelo pezinho em uma mesa. Eu tive vontade de descarregar minha arma nelas. – Falei me recordando de como encontrei o menino acorrentado, sujo, com fome e chorando.

- Você acha que elas vão colaborar?

- Duvido muito. São duas desequilibradas. E a tal de Ana Carolina é muito sem noção. – Falei me lembrando do chilique que ela deu dentro do avião porque não tinha serviço de bordo. Contei ao Bonfim que riu de chorar. – Eu só lamento que depois dos interrogatórios eu tenha que voltar para a minha cidade. Eu gostaria muito de acompanhar esse caso até o final. – Comentei, realmente chateado por não ficar até o fim.

- Moreno, você já tem tempo e experiência suficiente para assumir uma especializada em uma cidade maior, por quê ainda está em Campanário? – Bonfim se recostou em sua cadeira para me ouvir.

- Sabe que nem eu mesmo sei. – Respondi com sinceridade. – Eu sou de lá, acho que acabei ficando por comodismo. Estar próximo a família. Mas, ultimamente eu tenho me sentido incomodado. Lá é uma cidade muito tranqüila e eu gosto do trabalho de campo, como esse de hoje, sou totalmente operacional. Depois desse casa, acho que quando chegar em Campanário vou ligar para o chefe e ver o que ele tem disponível. Acho que é hora de mudar.

- Você poderia vir pra cá. O outro delegado se aposentou semana passada, a vaga dele está aberta. Gostei do seu desempenho em campo, acho que vai ser muito útil aqui, eu já não sou tão jovem pra ficar correndo atrás de suspeito, então acho que podemos nos ajudar. Nos demos bem, seria uma boa ter um parceiro comandando a outra equipe.

- Seria fantástico, Bonfim. Nós realmente nos entrosamos bem. Mas o chefe já deve ter alguém pra mandar pra cá. A especializada de proteção a pessoas é muito concorrida. – Lamentei.

O Bonfim sorriu pra mim e me pediu um minuto. Pegou o telefone e fez uma ligação para o secretário de segurança. Explicou para o secretrário sobre o caso, como eu havia encontrado o garoto seqüestrado e como minha ajuda na busca no haras foi importante. Ouviu o que o secretário falava e sorriu. Desligou o telefone e voltou a me encarar.

- O secretário é um velho amigo. Talvez ele possa nos ajudar a trazer você pra cá. – Bonfim explicou com um sorriso.

- Seria ótimo, Bonfim! Quem sabe... mas obrigado pelo apoio! – Depois de agradecer o delegado Bonfim, nós começamos os depoimentos.

A primeira a ser interrogada seria a filha do Junqueira, Ana Carolina, como era filha do foragido, talvez conseguíssemos arrancar alguma coisa dela. Ela foi trazida para a sala e estava algemada. O escrivão já estava sentado em frente ao computador em uma mesa lateral e fez a qualificação da mulher.

- Ana Carolina... – Bonfim começou – ...você sabe que se meteu em um grande problema, não sabe?

- Não sei porquê. Não fiz nada demais, só estava lá naquele lugar horroroso com o garoto porque meu pai me mandou pra lá. Além do mais era só uma brincadeirinha. É claro que eu não ia ficar com o moleque. – Ela falava com uma voz esganiçada e extremamente aguda que era de doer os ouvidos.

- Você entende que isso é seqüestro? – Perguntei sem acreditar no quanto ela era sem noção. – A pena pra isso é bem grande. Além do mais, você usou o garoto para dissuadir o Sr. Mellendez a se casar com a senhora. – Olhei para o Bonfim com uma dúvida, o fazendo rir. – Eu nem sei se isso é extorsão mediante seqüestro ou se é chantagem.

- O Alessandro é meu! – A maluca gritou. – Se não fosse aquela qualquer da Catarina ter se metido entre nós, já estaríamos casados.

- E aí, você achou que seqüestrar um garotinho faria com que o Alessandro se casasse com você? – Bonfim perguntou.

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