“Alessandro”
Depois que a Mari e o Alencar saíram, voltei minha atenção para os meus amigos. Contei sobre a ligação com o delegado Bonfim e que teríamos que procurar mais um traidor. Contei sobre o Alencar vir trabalhar na empresa e contei que a Mari estava voltando para ocupar o cargo de diretora financeira.
- Ah, finalmente uma boa notícia! – Patrício comemorou. – Cara, você e eu estávamos nos afundando aqui sem a Mari!
- Concordo, Patrício, mas eu precisava honrar o acordo dela com o meu pai. – Relembrei.
- Que bom que ela também não vive sem a gente! – Rick sorriu.
- Ah, olha só, o Flávio foi transferido pra cá. Vai trabalhar junto com o Bonfim. – Patrício comentou. – Se vocês não se importarem, gostaria de convidá-lo para as nossas noites de pôquer.
- Não precisa nem perguntar, Patrício, o Flávio será muito bem vindo! – Heitor logo falou e todos nós concordamos. – Desde que ele não se engrace com a Sam. E aliás, vocês prometeram me ajudar se eu liberasse a Manu e a Virgínia.
- Relaxa, Heitor, nós vamos te ajudar. E também acho que o Flávio se interessou pela Manuzinha. Ele perguntou por ela. – Patrício explicou.
- Ah é? – Perguntei. – E quando ele chega?
- Acho que no domingo. Por quê? – Patrício quis saber.
- Espera. – Falei e mandei uma mensagem pra Cat e sorri com a resposta dela. – Patrício, quero falar com o Flávio, pode ser?
Patrício ligou para o delegado Moreno e depois de um rápido cumprimento me passou o telefone. Eu queria agradecê-lo por ter resgatado o meu filho e a Catarina ficou animada com mais um membro chegando ao nosso grupo. Então convidei o delegado para ser meu padrinho de casamento e expliquei que faria par justamente com a Manu. Ele se empolgou, aceitou meu convite e disse que na sexta estaria na cidade, pois fazia questão de participar da minha despedida de solteiro.
- Com isso resolvemos um problema que estava deixando a mim e a Melissa loucos. – Rick comentou e olhamos para ele sem entender. – Um par para a Manu, gente! E a Melissa disse que era minha obrigação resolver.
- A Cat também estava preocupada com isso. – Comentei.
Rick começou a me explicar tudo que já estava preparado para o meu jantar de noivado. Me disse já havia contratado um buffet, decoração e um quarteto de cordas para proporcionar som ambiente durante o jantar. Também me informou que conversou com o Jorge, que deu um jeito de ficar na casa o dia todo para receber tudo e coordenar os serviços para o jantar. Ou seja, já estava tudo pronto para eu pedir a mão da Cat para o pai dela.
Me lembrei do aviso da Mari e liguei para para o banco, marcando uma hora para acessar o cofre e retirar as alianças e o anel. E o Rick já tinha marcado uma hora no alfaiate para que eu escolhesse o terno do casamento.
Então me lembrei do Junqueira e resolvi que precisaria de mais seguranças na casa. O imóvel é enorme e com uma grande área externa. Era preciso deslocar uma equipe de segurança pra lá pelos próximos dias. Então chamei o Danilo em minha sala.
- Sr. Mellendez, primeiramente eu gostaria de me desculpa pela minha falha ao destacar o Dênis e o Daniel para a segurança da Srta. Catarina e do seu filho. – Danilo falou ao entrar, estava visivelmente constrangido com a situação.
- Danilo, por favor, você não tem do que se desculpar. Fomos enganados. Você sempre desempenhou seu trabalho muito bem, não se preocupe. De maneira nenhuma isso macula o seu desempenho aqui. – Garanti a ele.
- Mesmo assim, senhor, eu peço desculpas e gostaria de poder me desculpar com a Srta. Catarina também. – Danilo insistiu.
- Está tudo bem. – Garanti a ele. – Catarina estará de volta na segunda, você pode conversar com ela, mas garanto que vai ouvir a mesma coisa. – Danilo me deu um sorriso profissional e um aceno de cabeça. Mas, chamei você aqui porque preciso que analise uma situação e me providencie a segurança necessária.
- Com prazer, senhor, estou a sua disposição.
Poderia ter sido tudo diferente. Mas não foi! Mas daqui por diante eu não permitiria mais que ninguém machucasse minha família. E eu faria cada momento da Catarina ao meu lado valer a pena. Eu faria a minha família feliz.
Em meio aos meus devaneios, eu não percebi que as lágrimas corriam dos meus olhos pela minha face. Foi só quando o Patrício colocou a mão sobre meu ombro que me trouxe de volta a realidade, mais uma vez meu amigo me lembrou que eu nunca estive sozinho e me garantiu silenciosamente que seu apoio e amizade era incondicional, como ele fez tantas vezes ao longo da vida, mas, principalmente, depois que meus pais faleceram. Olhei para ele e com um abraço agradeci ao irmão que a vida me deu.
Retirei daquela gaveta a caixa com o anel de noivado da minha mãe, a caixa com o par de alianças, uma caixa com o par de abotoaduras que meu pai usou quando se casou com minha mãe, o relógio que foi do meu avô e mais uma caixa que eu daria de presente para a Cat. Revirando todas aquelas caixinhas de veludo, encontrei no fundo da gaveta uma caixinha que eu nem me lembrava. Quando a abri reconheci a peça imediatamente e decidi também iria levá-la comigo. Fechei a gaveta e devolvi ao cofre, agradecendo ao gerente do banco pela agilidade e prestatividade de sempre.
Do banco fomos a joalheria, eu precisava mandar polir todas as peças, gravar as alianças, o anel de noivado e a jóia da caixinha, e também precisava que dessem uma verificada na máquina do relógio. O proprietário, um velho amigo dos meus pais, conhecia todas as peças e se emocionou ao saber o que eu faria com elas, me lembrando o quanto meus pais se orgulhavam de mim e, onde estivessem, estavam felizes por mim. Ele me entregaria as peças no final do dia.
Dali fomos para o alfaiate, outro velho conhecido. O Sr. Caetano fazia os ternos do meu avô, seu negócio era passado de pai pra filho e agora para o neto, todos me conheciam muito bem. Caetano Filho me sugeriu um terno azul de tom bem aberto, um azul cobalto realmente muito bonito. Era um terno de três peças. Ele me sugeriu usar com uma camisa branca e sem gravata. Que seria perfeito para um casamento durante o dia no jardim.
Além do delegado Moreno, Patrício, Heitor, Rick e Nando também seriam meus padrinhos e os deixei à vontade para escolherem o que quisessem, sem perturbá-los com combinações ou regras. Decidiram, por sugestão do Caetaninho Neto, que usariam calças azuis, em um tom um pouco mais escuro que o meu terno, gravatas da mesma cor, camisas brancas e suspensórios. O Caetano, muito empolgado que estava, decidiu que o Pedro deveria usar o mesmo que os padrinhos, com diferença na gravata, que a do meu filho seria borboleta. Caetano deixaria tudo preparado na sexta.
Rick decidiu avisar logo para a Melissa que já havíamos comprado a roupa do Pedro. Ele deu um chilique, claro, mas a Catarina a acalmou dizendo que eu já havia perdido muitas coisas da vida do meu filho e que era justo que eu escolhesse a roupa dele para o casamento, e que confiava em meu bom gosto. Isso me deixou muito feliz.
- Agora vamos no Alfredo’s. De jeito nenhum que você vai casar usando um sapato velho. – Heitor falou e me fez rir. Eram muitos detalhes, eu nunca me lembraria de tudo se não fossem meus amigos.
Na sapataria comprei um sapato marrom, seguindo a orientação do Caetano. E comprei para o meu filho um modelo quase igual. Era tão pequeno e era o primeiro sapato que eu comprava pra ele, na verdade, era a primeira coisa que eu comprava para ele, depois de descobrir que era meu filho. Eu estava muito emocionado.
Depois de um dia agitado e corrido, passamos na joalheria no final da tarde. Já estava tudo pronto e havia ficado perfeito. Agradeci a todos por terem se empenhado em fazer tudo tão rápido.
Estava tudo organizado, agora era só me preparar para o jantar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......