“Delegado Flávio Moreno”
Quando o Mellendez me ligou convidando para ser o padrinho de casamento dele, achei bastante educado e entendi que ele estava grato por eu ter resgatado o filho dele. Mas quando ele me disse que eu faria par com aquela baixinha, eu fiquei mais do que animado. Apressei minha mudança e peguei um vôo para Porto Paraíso logo depois do almoço na sexta feira. Eu ficaria uns dias na casa do Patrício, até encontrar um lugar para morar. Nós éramos amigos desde crianças, pois os pais dele tinham uma fazenda produtiva em Campanário, que fornecia gado para o frigorífico do meu pai.
Prometi que viria para a despedida de solteiro e foi bem divertida, na verdade, uma noite de pôquer, whisky e charutos com os caras. Acabei me entrosando bem e o Fernando, que eu também conhecia, me ofereceu o apartamento dele, que já estava mobiliado, pois estava indo morar com a namorada. Combinamos de ir ver o imóvel no domingo, se eu gostasse, compraria o apartamento dele. As coisas estavam fluindo muito bem, me animando muito com a vida que eu estabeleceria por aqui. Mas eu estava ansioso mesmo era para ver aquela baixinha.
Eu estava acabando de me arrumar quando o Patrício bateu na porta do meu quarto e colocou a cabeça para dentro.
- Rapaz, mas tá bonitão! – Patrício entrou rindo e com aquele caminhar despreocupado que sempre teve.
- E aí, você acha que tenho alguma chance com a baixinha? – Perguntei me virando pra ele e abrindo os braços.
- Cara, você é um gigante perto dela, sei não, talvez ela fique meio assustada. – Patrício debochou.
- Eu posso acalmá-la. – Respondi confiante.
- Vai precisar de mais do que isso. Vai precisar que as amigas confiem em você e elas são muito exigentes. A Manu é a mais novinha do grupo e as meninas cuidam dela. É uma menina de dezoito anos, Flávio. – Patrício estava meio que me advertindo.
- É só essa idade que me preocupa. Não costumo me meter com meninas tão novinhas. Mas aquela baixinha tem uma coisa... – Respondi pegando a carteira sobre a mesa e colocando minha arma no coldre preso ao meu tornozelo.
- Você acha mesmo que precisa disso? – Patrício me olhou prender a arma.
- Cara, eu sou polícia! Minha arma é como uma parte de mim. Como uma mão a mais. Só não tomo banho com ela pra não estragar. – Respondi arrumando a calça. – Além do mais, ainda tem um maluco solto atrás dos noivos.
- Tá certo. Então, vamos? A casa é aqui no condomínio mesmo. As meninas já estão lá. – Abri um sorriso com a informação de que não demoraria para ver aquela baixinha.
Saí do quarto com Patrício, encontramos o Alessandro na sala totalmente nervoso, e fomos para o local do casamento. Eu estava ansioso. Eu me achava um cara interessante para os meus trinta e cinco anos, era bem vaidoso com minha aparência e me cuidava, usava os cabelos pretos bem curtos por causa do trabalho, assim como depilava o peitoral, tinha os olhos pretos e usava barba bem aparada e cuidada, era um homem de um metro e noventa e cinco de altura, ombros largos, com o corpo musculoso e bem definido pela musculação e pelos exercícios que praticava diariamente. Eu era um cara grande e experiente e aquela baixinha não passava de uma garota que devia ter algo em torno de um metro e meio. Mas ela tinha algo que chamou minha atenção.
Quando chegamos as moças vieram logo reclamando que estávamos atrasados e achei interessante como elas colocaram os meus novos amigos na coleira, mas o mais adestradinho de todos era o Patrício, o cara comia na mão daquela ruiva. Elas me rodearam e me bajularam agradecendo pelo que tinha feito e isso me encabulou um pouco, mas achei que era um ponto a meu favor. Então, me apresentaram formalmente a baixinha.
- Então, delegado, essa aqui é a Manu, ela será seu par hoje. – Melissa falou e empurrou a Manu em minha direção a fazendo chegar mais perto de mim.
- Mas que gracinha! – Falei sem pensar, sorrindo pra ela. – É um prazer conhecê-la, Manu. Outro dia não fomos apresentados. – A puxei pela mão e dei três beijinhos em seu rosto.
- P-pra-prazer, delegado. – Manu estava visivelmente nervosa. As mãos frias e trêmulas estavam suadas. Eu achei bonitinho.
- Ah, Manu, é só Flávio. – Dei o meu melhor sorriso pra ela.
Manu era uma menina linda, tinha os cabelos compridos com luzes douradas, os olhos castanhos brilhantes, com cílios longos os emoldurando, uma boquinha que parecia um coração, um rostinho de boneca, corpinho delicado, cinturinha estreita, bundinha arrebitada, seios pequenos e empinados e a pele dourada pelo sol, que ficava evidente com as marquinhas de biquíni aparentes naquele vestido tomara que caia amarelo.
- Tá bom, Flávio. – Ela me abriu um sorriso lindo de dentes muito brancos e bem alinhadinhos.
Ficamos por ali conversando um pouco e Alessandro foi receber os convidados. Na hora da cerimônia, ofereci o braço a Manu, enquanto Melissa organizava a fila. Quando Manu passou sua delicada mãozinha pelo meu braço, Melissa nos olhou e falou:
- Você é grande, hein?!
- Se você quiser, Mel, a Manu pode entrar com o Heitor e eu entro com o delegado. – Samantha ofereceu fazendo o Heitor fechar a cara.
- De jeito nenhum, Samantha, eu sou da baixinha! – Respondi rapidamente.
- Eita! Vai com calma, hein, Manu! – Melissa olhou para a Manu e abriu um sorriso malicioso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......