Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 207

“Cláudio”

Eu já estou preso há meses, mas o tempo aqui dentro passa diferente, ele se arrasta e parece que eu estou aqui há anos. É o dia todo na tranca, sem fazer nada, a única hora que a gente sai é no banho de sol, uma horinha dia sim dia não, e na visita. Aquela chata da Kelly está vindo me visitar uma vez por mês, agora eu vou ter que suportá-la, porque não dá pra tirar cadeia sem ter visita.

Na primeira visita que ela veio estava atacada, cheia de cobrança porque tinha ficado sabendo que eu estava de caso com a Celeste. Me custou muito acalmá-la, mas no fim ela engoliu que eu fui fraco e seduzido, mas que não se repetiria. Eu já estava até acostumado, desde que me casei com ela, sempre que ele descobria uma das minhas escorregadas era o mesmo drama, mas no final eu a convencia de que tinha sido um errinho de nada.

Nosso filho nasceu na semana em que eu fui preso e ela já trouxe o moleque pra eu conhecer. Falei pra ela não trazer mais, isso aqui não é lugar pra criança e exigi que ela viesse pra visita íntima, um homem tem suas necessidades.

Tinha um advogado do estado me defendendo, ele até veio aqui uma vez, mas não voltou mais. Sinceramente eu precisava de um advogado bom pra me tirar daqui. Fiz a cabeça da Kelly, ela tinha que fazer a priminha dela vir me ver, a Catarina tinha arrumado um marido rico, então agora tinha que ajudar a família. Mas a Catarina não veio e a estúpida da Kelly falou que ela cortou a família de vez. Então eu apelei para o delegado.

Pedi pra falar com o diretor e disse a ele que precisava falar com o delegado, que queria colaborar. O delegado demorou, mas veio. Quando chegou eu falei que sabia muita coisa, inclusive quem está dando guarida pro safado do Junqueira, mas só ia colaborar se a Catarina falasse comigo. Então eu estou esperando, mas tenho certeza que ela vai vir.

Ah, Catarina... ela é uma gostosa, pena que sempre foi muito certinha, muito boa moça, e quando me pegou com a Kelly nem quis conversa. Mas logo depois ficou grávida e não sabia quem era o pai. Eu fiquei muito puto! Ainda achava que podia dar uns pegas nela.

Acontece que eu sempre soube quem era o pai do moleque! Depois que eu fiz o servicinho do helicóptero pro Junqueira, não demorou muito para aparecer um detetive na cidade perguntando sobre uma mulher de vermelho no baile. O Junqueira logo fez contato e me pagou pra atrapalhar a investigação. Eu fiz isso, mas bati um papo interessante com o detetive, deixei a entender que eu poderia ajudar, e ele me contou que estava procurando a mulher que ficou com o tal Mellendez na festa, o detetive, vendo meu interesse e pensando que eu pudesse ajudar, contou tudo. Não foi difícil juntar dois mais dois. O cara procurava a Catarina. Era o pai do filho dela. Eu ia morrer com esse segredo, nunca ia deixar a Catarina saber quem era o pai do moleque. Mas, não sei como eles descobriram. Apareceram mais uns dois detetives na cidade depois disso e eu despistei os dois.

Quando fiquei sabendo que a Catarina tinha ido embora e onde ia trabalhar, fiquei louco de raiva, aí tinha uma chance dela descobrir. Então pensei em ganhar uma grana em cima disso, mas quando ela voltou na cidade estava agarrada naquele pinscher que ela chama de amiga. Ô mulher intrometida que é a tal da Melissa! Quando vi as duas entrando no mercado nem pensei, fui atrás e logo que a Melissa saiu de perto eu abordei a Catarina. Eu ia dar o bote, falar pra ela que sabia quem era o pai do filho dela e que se ela quisesse saber teria um preço, mas a doida da Melissa apareceu e fez o maior escândalo. Aí fiquei espreitando na cidade. Quando a vi de novo, no dia seguinte, ela estava com o cara, aí ele falou que era o pai do moleque, meu plano foi pro ralo. Mas eu queria saber como eles descobriram.

- Fala, Claudim, chega aí. – O Moela passou por mim no pátio e chamou.

- Qualé, Moela?

- Tem uma Maria-louca da boa lá no meu barraco. Tá a fim? – Moela fazia uma aguardente fermentada na sua cela e vendia pros outros detentos. Tudo na moita. E eu era seu cliente fiel. Fazia a Kelly me mandar muito cigarro, que é a moeda que manda aqui dentro, e trocava por outras coisas, já que eu não fumava. Mas eu bebia, então descobrir a Maria-louca do Moela foi uma beleza.

- Aí você me fortalece, Moela. Manda uma caprichada lá pro meu barraco. Quanto é? O mesmo da outra vez? – Moela confirmou e eu paguei os cigarros pra ele.

- Detento, Cláudio. Vem aqui. – Um polícia chamou da grade. Caminhei até ele. – Entra na gaiola, o diretor mandou te buscar.

- Na hora do sol? Qual foi? O quê que ele quer? – Fiquei puto. Esse comédia desse diretor não podia esperar o banho de sol acabar pra me chamar? O banho de sol era a única hora que a gente saía da cela aqui.

- Não sou seu funcionário. Vou te levar até ele e você fica sabendo. – O polícia me algemou e fez a revista. Essa revista era uma grande merda, faltava só eles enfiarem a mão no meu rabo. Era um tal de tira a roupa, agacha, tosse, que puta que pariu, viu.

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