“Alessandro”
Eu não consegui dormir, passei a noite andando pelo meu apartamento. Às cinco da manhã desci para a academia que tinha no prédio, precisava me libertar de tanta tensão. Passei a hora seguinte chutando e esmurrando um saco de areia. Às sete eu já estava na empresa.
Aproveitei para ligar para o Alberto Alencar. Eu o conhecia e sabia que era o tipo de homem que madrugava e começava a trabalhar muito cedo, então não me importei com a hora. Conversamos por um bom tempo, expliquei por alto o que estava acontecendo e que procurá-lo foi sugestão da Catarina. Ele ficou muito feliz ao ouvir o nome dela, disse que ela foi um recurso valioso para ele e sua perspicácia foi fundamental para encontrar provas.
Após falar com o Alencar, recebi uma mensagem da minha assessora perguntando se poderia se atrasar, pois teria que esperar a babá chegar, já que o filho não poderia ir para a creche. Respondi de imediato:
“Catarina, fiquem em casa com seu filho hoje.”
Rapidamente a tela do celular brilhou com uma resposta dela:
“Não é necessário. Meu filho já está sem febre e a babá é muito experiente e de extrema confiança. Se algo acontecer ela vai me avisar.”
Sorri com aquilo, ela era uma mãe dedicada, isso eu percebi, mas também era muito profissional. Respondi rapidamente e vi a Mariana entrando em minha sala.
- Tão cedo aqui, garoto? – ela nunca perdeu a mania de chamar Patrício e eu de garotos, mesmo sendo homens feitos, isso me fazia sorrir sempre.
- Não consegui dormir, então resolvi vir cedo para o escritório.
- É, você parece cansado. – falou me examinando como uma mãe zelosa. – Você está preocupado com a empresa, não é mesmo?
- Também, mas sei que nós vamos controlar esse dano antes que seja tarde. A idéia da Catarina foi muito boa. Inclusive eu já falei com o Alencar e ele está empolgado em nos ajudar. Nossa reunião amanhã está marcada. Aliás, ele adora a Catarina.
- Quem não adora? Essa menina tem um brilho muito especial!
- É, tem sim. Ela é cativante. Mas e você, por que chegou tão cedo?
- Para já me adiantar com as questões da desocupação do andar de baixo. E o que mais roubou o seu sono?
Olhei pra ela, é claro que ela não ia sossegar enquanto eu não falasse, ela me conhece bem demais. Então resolvi perguntar:
- Mari, por que você não me disse que a Catarina tem um filho?
- Porque não cabia a mim dizer. E por que isso tirou seu sono?
- Mari, você não é boba e me conhece bem demais, sabe que a Catarina me impressionou.
- Eu diria que foi mais do que isso, Alessandro. Mas qual é o problema dela ter um filho?
- Não é problema ela ter um filho. – respondi sinceramente. – Mas isso me inquietou.
- Espere até conhecer o garoto então.
- Eu o conheci ontem. – contei rapidamente como as coisas aconteceram e quando eu falei sobre o equívoco do médico a Mari riu muito.
- Ele é um garotinho muito esperto e muito falante. Muito receptivo. Me lembrou você quando era criança. - Mari comentou e eu não pude penser que talvez venha daí essa familiaridade que eu sinto em relação ao menino.
- Ontem ele estava muito sonolento, o médico disse que por causa da febre e do antitérmico que a babá já havia dado.
- Então você não viu os olhinhos dele?
- O que tem os olhos dele? Se puxou aos olhos da mãe devem ser lindos. – achei a pergunta dela curiosa.
- É são lindos sim. – Mariana respondeu, mas me deu a impressão de que deixou alguma coisa sem dizer.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......