Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 43

Eu estou completamente perdida, sem saber o que fazer. A Mel saiu cedo, insistiu em levar o Pedro pra creche e a Lygia insistiu em passar o dia comigo. Achei ótimo, ela é uma pessoa maravilhosa, me aconselhou muito e disse que não há mal que sempre dure.

A Mel saiu de manhã e me disse pra não fazer nada, que iria falar com seu pai e à noite nós decidiríamos o que fazer. Mas eu estava incomodada com isso, já estava ocupando demais os Lascuran.

Eu e Lygia almoçamos e ela me contou sobre os filhos dela e os netos, nenhum deles morava em Porto Paraíso e moravam longe demais para que ela pudesse vê-los toda semana. Ela me disse que estava muito feliz por poder cuidar do Pedro.

À tarde ela foi ao mercado e depois buscaria o Pedro, disse para eu descansar, mas eu aproveitei para ligar para os meus pais. Ia contar logo o que tinha acontecido e que eu voltaria pra casa.

O interfone tocou e o porteiro me avisou que rinha um funcionário do Grupo Mellendez com um documento pra mim. Achei melhor descer. Era minha rescisão e dentro havia um cheque administrativo com o pagamento do meu salário do mês. Eu assinei os documentos e devolvi o cheque, fazendo constar no documento que eu abria mão de qualquer valor, não receberia nem um centavo daquela empresa. Voltei para o apartamento e liguei para os meus pais.

- Catarina, minha filha! Que saudade! Como vocês estão? – minha mãe falou toda feliz.

- Ah, mãe, até parece que não nos falamos quase todos os dias. – Sorri sentindo falta do colo dela.

- Mas nós sentimos saudade mesmo assim, filha! Espera, vou colocar no viva voz, seu pai está aqui. – ela falou e estava tão empolgada. Achei estranho meu pai estar em casa àquela hora, mas talvez ele tivesse tirado uma folga.

- Filha linda! Como você está? E meu garotão? – Meu pai falou todo feliz.

- Estamos bem, pai. Pedro ainda está na creche. – falei tentando parecer tranqüila.

- Filha, foi bom você ter ligado agora, você tem um minutinho ou está muito ocupada no seu trabalho? – Meu pai perguntou e meus olhos ficaram marejados.

- Tenho tempo, pai, estou tomando um café. Vocês querem me contar alguma coisa? – falei tentando não chorar.

- Sim, filha e acho que você vai gostar da novidade. – minha mãe estava muito feliz.

- Filha, eu me aposentei! Ontem foi meu último dia na empresa, o patrão fez festa e tudo pra mim. Não queria me deixar sair, mas agora que você está encaminhada eu resolvi descansar. – meu pai falou todo empolgado.

- Pai, que bom, fico muito feliz por você! Mãe, vocês agora vão ter tempo pra passear. – falei realmente feliz por eles, mas isso fez meus planos de voltar pra casa apagarem.

- E você ainda não sabe o melhor, eu vendi a casa e comprei um sitiozinho, aqui em Campanário mesmo. Vamos nos mudar no fim de semana. Agora eu e sua mãe vamos viver o sossego da roça, como sempre quisemos. – Meu pai falou em êxtase.

- Jura? Mas eles só se viram uma vez. Pedrinho não costuma se lembrar de pessoas que viu só uma vez. – Ela falou surpresa.

Suspirei e contei pra minha amiga que havia ligado para os meus pais e como foi a nossa conversa. Finalizei dizendo que ia precisar mesmo da ajuda dela.

- Mas é teimosa, hein, dona Catarina. Eu não disse que ia te ajudar? E nem precisei fazer muito esforço, meu chefe ouviu eu falando com meu pai que você estava desempregada e ele mandou te avisar que é pra você aparecer amanhã pra trabalhar. – Melissa me falou animada.

- Como assim, Mel? Ele sabe o que aconteceu? – perguntei sem entender.

- Por alto. Eu disse que o Alessandro acha que você fez uma coisa que você não fez. Ele disse que o Alessandro é um idiota de cabeça quente e que vai se arrepender, então ele acha melhor você estar trabalhando com ele quando o Alessandro vier te pedir perdão. – Minha amiga falou sorrindo.

- Ele não vai me pedir perdão, amiga. Mas vai fazer o seu chefe não me contratar ou me demitir. – falei com amargura.

- Não vai não. Meu chefe já decidiu. Amanhã você vai comigo para o trabalho.

- Está bem, Mel, vamos e eu converso com seu chefe, se mesmo assim ele quiser me contratar eu vou aceitar.