Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 456

“Manuela”

Cheguei ao escritório cantando e sorrindo, achando que todas as cores estavam mais bonitas, o dia mais brilhante e que a vida era boa demais. Mas não seria de outra forma, depois da noite de amor que tive com o meu grandão que, finalmente, se declarou para mim.

- Gente, mas esse delegado é mesmo um espetáculo! – Rick apareceu em frente a minha mesa sorrindo.

- O amor é um espetáculo, Rick! – Sorri pra ele.

- Explica, lindinha! – Ele sorriu e se sentou.

- Ele me ama, Rick, ele me ama! – Falei toda empolgada.

- E qual a novidade, Chaveirinho? – Patrício apareceu nesse momento. – Todo mundo já sabe disso.

- Como assim, gente? – Olhei intrigada.

- Só você e o Flávio que estavam com essa dúvida, porque todos nós já sabíamos que vocês se amam. – Patrício falou e eu olhei para o Rick.

- Eu não disse nada. – Rick colocou as mãos abertas na frente do corpo como que para enfatizar que realmente não havia dito.

- E precisava? É só ver como esses dois andam. – Patrício se sentou na outra cadeira a minha frente. – E aí, o Moreno se declarou?

- Olha o fofoqueiro de plantão! – Rick brincou, me fazendo rir.

- Sim, ele se declarou e eu também e nada pode nos separar. – Eu estava muito feliz e certa de que viveria o meu felizes para sempre. – Agora vão arrumar algo pra fazer, vão.

- Eu vou, vou ligar para o Flávio para dar os parabéns! – Patrício levantou rindo e foi em direção a sua sala. Eu olhei para o Rick e só então notei as olheiras sob seus olhos.

- O que foi, Rick? Não dormiu bem? – Perguntei.

- Não dormi, Chaveirinho. – Ele suspirou. – Você tem falado com a Taís?

Pensei por um momento e me dei conta de que praticamente não estava vendo ou falando com a Taís nos últimos tempos. Aliás, ela andava se encontrando muito era com a Virgínia, as duas andavam escapando da reunião das garotas.

- Tem um tempo que eu não falo com ela, Rick. Por quê?

- Porque nós brigamos e ela não fala comigo mais do que o necessário há três dias. – Rick suspirou.

- Quer que eu fale com ela? – Perguntei, me preocupando com os meus amigos.

- Não, não quero colocar você no meio disso. Pelo menos não por enquanto. – Ele riu, mas era um sorriso fraco e triste.

- Me deixe saber se eu puder fazer algo. – Falei e o vi se levantar apenas fazendo um aceno com a cabeça.

Rick voltou para a sua sala e eu fiquei pensando se poderia ajudá-lo de alguma forma. Mas meus pensamentos foram evaporados quando a porta do elevador se abriu e um rapaz se aproximou da minha mesa com um arranjo de flores enviadas pelo meu delegado. Ai, ele era tão fofo!

O dia estava bem tranquilo no escritório e eu estava muito feliz, até que o celular tocou e era a minha mãe. Eu não falava com ela há uns dias e sentia sua falta. Peguei o telefone e atendi.

- Oi, mãe... – Mas ela não me deu tempo de falar mais nada.

- Você pode me explicar onde você está morando, Manuela? – Senti o chão se abrindo sob os meus pés.

- Manuela, não teste a minha paciência! – Ela aumentou o tom de voz.

- Mãe, você ameaçou me arrastar pelos cabelos e me prender. Eu não vou te dizer onde eu estou morando. Meu pai já sabe onde é e se tiver alguma emergência ele sabe me encontrar... – Ela nem me deixou terminar.

- Mas você está se achando muito, hein, garota? Eu sou sua mãe! Você me deve obediência e respeito. Onde já se viu sumir no mundo e não me dar satisfação? Você ficou louca, Manuela? – Minha mãe gritava ao telefone.

- Sinto muito, mãe, mas não vou te dar o endereço. – Me mantive firme, embora estivesse tremendo até a alma.

- Ah, Manuela, pode ter certeza que eu vou te encontrar, mais cedo ou mais tarde, e na hora em que eu te encontrar eu vou te dar uma surra que vai te deixar tomando banho em salmoura por muitos dias e quando você achar que acabou eu vou te dar outra surra e te arrastar pelos cabelos até a igreja e casar você com o filho do senhor Cândido! – Minha mãe parecia possuída por um demônio, as ameaças que ela me fazia, nenhuma mãe deveria fazer a um filho.

- Mãe... – Eu já não conseguia conter as lágrimas e minhas mãos tremiam. Senti alguém puxar o telefone da minha mão.

- Minha senhora, ainda que a senhora seja a mãe da Manuela, saiba que ela tem amigos para defendê-la e que a senhora não encostará em nem um único fio do cabelo dela. Agora vai arrumar uma trouxa de roupa pra lavar ao invés de ficar perturbando a sua filha que está trabalhando e, ao contrário da senhora, não tem tempo para sandices.

Olhei para trás e vi o Rick desligar o telefone colocá-lo sobre a mesa, me encarando como se me examinasse.

- Tem certeza que essa louca é sua mãe? – Rick me perguntou e havia uma seriedade em sua voz que até cheguei a considerar que talvez aquela louca não fosse a minha mãe, afinal, nenhuma mãe trata um filho assim. Ou será que trata?

- Só sei que, nesse momento, gostaria que não fosse. – Falei entre soluços e lágrimas. Rick se abaixou ao meu lado e me abraçou.

- Não se preocupe, Chaveirinho, nós vamos proteger você. – Suas palavras foram sinceras e cheias de carinho.

N.A.:

Queridos, para vocês que como eu sofrem de um ansiedade descontrolada por capítulos, ontem e hoje, especialmente, publiquei um capítulo a mais em cada dia. Eu sei, a gente sempre precisa de mais capítulos, eu sou dessas, mas, por favor, não desanimem, amanhã tem mais.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque