Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 473

“Flávio”

Eu demorei dias tentando suavizar as coisas com a Manu, eu tinha certeza que ela estava desconfiada de alguma coisa, ela andava muito quieta e pelos cantos, sempre cansada demais ou com a cara enfiada em algum livro. Eu decidi levá-la para passar um final de semana no hotel fazenda em que a levei no seu aniversário. Um final de semana só nosso, sem interrupções. E foi perfeito. Ela voltou a sorrir e nós passamos o fim de semana grudados, nos reconectamos, embora ela ainda parecesse desconfiar de algo.

Na segunda entrei na delegacia com um propósito, resolver esse problema que era a Sabrina. Eu precisava dar um jeito nisso. Mas eu mal cheguei e fui surpreendido com uma notícia que me irritou profundamente.

- Flávio, infelizmente não tenho boas notícias. – Bonfim me olhava como se me estudasse e pensasse a melhor maneira de dar o recado.

- O que foi agora, Bonfim? – Soltei a caneta na mesa e me recostei na cadeira.

- O governador quer que você seja transferido de volta para Campanário e o secretário está tendo dificuldades em convencê-lo de que você deve ficar aqui, é provável que o secretário ceda e transfira você. – Bonfim soltou a bomba de uma vez.

- Merda! Meu pai não tem limite. Isso é coisa dele, tenho certeza. – Bufei.

- Também acho que é. Mas eu não sei o que fazer, pedi ao secretário para insistir e manter você aqui, mas ele está tendo muita resistência do governador. – Bonfim nem precisava explicar, eu sabia bem que o governador não ia querer perder um aliado tão influente como o meu pai.

- Bonfim, insiste com o secretário. Eu vou ver o que posso fazer. – Eu precisava pensar em alguma coisa.

- Vai falar com seu pai?

- Isso não adianta. Mas talvez eu também tenha alguns amigos que possam ajudar. Veja com o secretário o que ele pode fazer e se tem algo que eu possa fazer, por favor. – Pedi ao meu amigo que me olhou preocupado.

- Vou insistir. – Bonfim saiu da minha sala e eu fiquei pensando.

Quando o Bonfim voltou a minha sala eu estava acabando de colocar o Heitor à par das buscas pelo pai dele, mas o Bonfim havia tirado o dia para ser portador de más notícias. Ele não havia conseguido nenhum progresso, mas eu precisava evitar essa transferência.

Depois que o Bonfim e o Heitor saíram da minha sala eu pensei mais um pouco e não vi saída, precisaria pedir um favor a um amigo. Eu não gostava disso, pois amizade pra mim tinha que ser livre de interesses, mas eu precisava de ajuda e teria que pedir.

Peguei o celular, liguei para o Patrício e marquei um almoço com ele e o Alessandro. Na hora marcada eu já os esperava no restaurante.

- Olha aí, o todo poderoso delegado Flávio Moreno nos dando a honra de confraternizar com meros mortais. – Patrício chegou fazendo graça.

- Você é um palhaço, sabia? – Respondi e meu amigo riu. – Como você aguenta, Alessandro?

- Nem eu sei. – Alessandro riu.

- Ah, vocês me amam! – Patrício se sentou todo confiante. – Flávio, pra você ligar dizendo que precisava de algo, deve ser muito importante. O que está havendo?

- Estou com um problema bem grande nas mãos. – Bufei.

- Outro? – Alessandro riu. – Cara, não sei o que pode ser pior que uma ex mulher que deixa de ser ex e um pai tirano.

- Acho que nada pode ser pior que isso. Mas o caso é que o meu pai tirano resolveu pedir ao governador que me transfira de volta para a delegacia de Campanário... – Comecei a explicar.

- Não são conexões, pai. São amigos. E eu espero que você entenda que não adianta tentar jogar sujo comigo.

- Desde quando você conhece o Martinez e o Mellendez? – Meu pai estava curioso.

- Ah, já tem um tempo. São dos grandes, não é mesmo?! E não se esqueça dos Lascuran. – Ao longo da semana o Alessandro recrutou o Heitor e o pai da Melissa para interceder por mim junto ao governador também e o meu pai não era páreo para a pressão que eles faziam em conjunto.

- Eu também não tinha idéia de que você e a família Lascuran eram tão próximos.

- Você não sabe muita coisa.

- Flávio, está na hora de você voltar. Entenda isso.

- Pai, eu não vou voltar. Entenda isso.

- É o que vamos ver. – Meu pai desligou o telefone aborrecido e já havia me deixado aborrecido.

Eu já estava cansado dessa briga, cansado da Sabrina, cansado de ter que ficar pisando em ovos com a minha baixinha. Isso tinha que acabar.

N.A.:

Queridos, para quem não se lembra, o capítulo 139 do livro do “Casal 2 – Heitor e Samantha”, tem essa passagem da reclamação do Flávio com o Bonfim na delegacia.

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