“Manuela
Acordei com o cheiro do café e um afago nos cabelos. Flávio estava sentado na beirada da cama, passando a mão em meus cabelos com carinho. Abri os meus olhos e vi um pequeno sorriso se formar em seus lábios.
- Bom dia, flor do dia! – Ouvi sua voz baixa e grave, que despertou em mim memórias da noite anterior, dele dizendo o quanto me amava enquanto possuía o meu corpo lentamente.
- Bom dia, raio de sol! – Sorri pra ele preguiçosamente. Ele se abaixou e me beijou, depois me entregou a caneca de café.
- Como você está se sentindo hoje? – Ele perguntou com um tom de preocupação na voz.
- Estou bem. O machucado dói um pouco, mas não é nada demais. – Respondi olhando a faixa em meu braço.
- Hum. Já está quase na hora do remédio pra dor. – Ele colocou a bandeja de café sobre a cama. – Coma.
- Isso é uma ordem? – Ri da forma autoritária com que ele me mandou comer.
- Com certeza é. – Ele sorriu entrando na brincadeira.
- Grandão, preciso registrar a ocorrência do celular e bloquear a linha. Ontem eu acabei me esquecendo disso. – Comentei enquanto tomava o meu café.
- Não se preocupe, já fiz tudo isso. Tem um pouco de geléia na sua boca. – Ele sorriu e passou a língua no canto da minha boca, limpando a geléia, e deu um beijo gostoso ali. – Hum! Que delícia. Agora entendi porque você gosta tanto de geléia de damasco.
- O quê? Vai me dizer que nunca comeu geléia de damasco? – Eu ri dele, pois isso era impossível.
- Não em você, mas acho que vou passar a comer. – Flávio comentou pegando o vidro de geléia e analisando.
Os meus olhos estavam estatelados, grudados nele. Ele deu um sorriso malicioso e devolveu o pote para a bandeja.
- Vai ser outra hora, Baixinha, agora nós vamos ao shopping comprar outro celular pra você.
- Não precisa, grandão. Eu tenho o meu antigo. – Respondi mordendo o último pedaço de torrada com geléia.
- Aquele no qual sua mãe vive te perturbando e que você deixa a maior parte do tempo desligado. Não, Baixinha, eu quero poder falar com você a qualquer hora. – Ele reclamou.
- Você quase não me liga, Flávio, e pode me ligar no escritório também. – Minha fala saiu mais como uma reclamação do que eu queria.
- Você está reclamando porque eu te ligo pouco? – Ele tinha um brilho de divertimento nos olhos e eu o encarei.
- Assim que o quê? – Perguntei, pois eu precisava saber o que estava acontecendo, já havia se passado tempo demais sem que ele se abrisse pra mim.
- Assim que eu terminar esse caso que está me tomando muito tempo na delegacia. – Ele suspirou e se afastou. Eu sabia que ele não falaria mais.
- Tudo bem. – Resolvi me dar por vencida.
Ele estava sendo atencioso comigo e sincero no amor que dizia sentir, eu não queria perder esse momento e eu poderia dar um voto de confiança a ele por mais um pouco de tempo.
- Eu compro um celular novo se, e preste bastante atenção, delegado Moreno, eu compro o celular se você puder garantir pra mim que também sente a minha falta enquanto está enfiado nos problemas da sua delegacia, seja lá quais forem. – Resolvi voltar ao celular e tentar aliviar a tensão que se formou.
- Baixinha, enquanto eu estou enfiado nos problemas da minha delegacia, eu só penso em estar enfiado em você! – Ele deu um sorriso malicioso, passou a mão pelo meu corpo, descendo até a minha intimidade. – Eu vou te mostrar e te garantir que sinto a sua falta, que eu morro de saudade e que, seja lá com quais problemas forem que eu esteja lidando, eu estou sempre pensando em você.
Ele se deitou sobre mim e fez amor comigo mais uma vez, e a cada beijo, a cada vez que ele entrou em mim ele garantiu que sentia minha falta, que só pensava em mim e que me amava como ninguém mais poderia amar. Suas palavras brotavam de sua boca cheias de emoção, sua voz soava com uma sinceridade incontestável e os seus toques gentis, mas ao mesmo tempo possessivos, não deixavam espaço para duvidar do amor que ele declarava.
Pelo resto da manhã ele me garantiu que me queria tanto quanto eu a ele e que me amava com a intensidade e a necessidade com que ele sempre me dizia. Ele não deixou espaço para que eu duvidasse do seu amor. Pelo resto do fim de semana seu celular ficou desligado e ele se concentrou em mim, em minhas necessidades e em me deixar segura de que ele estava comigo e só comigo.
Porém, mesmo confiando que o amor dele era meu, eu ainda achava que algo estava errado, algo estava acontecendo, o perturbando, o irritando. Eu só esperava que ele além de me amar, também confiasse em mim para dividir suas preocupações comigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......