Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 506

“Manuela”

Lisandra saiu da sala do Rick com um sorriso fraco no rosto e eu sabia que era porque ela e o Patrício não se davam bem.

- Chaveirinho, vamos levar a Lisa pra tomar um café. Eu pensei que essa mulher estaria dando pulos de alegria com o emprego... – Rick saiu rindo atrás dela.

- Eu estou feliz, Rick, mas eu estou preocupada. – Lisa ficou calada até chegarmos a copa, mas ela não parecia mesmo ter acabado de conseguir um excelente emprego.

- Pois não se preocupe. Você e o Patrício não se vêem há muito tempo, ele também mudou e se tornou uma pessoa melhor, eu te garanto. E se ele for um babaca com você, é só me falar que eu chuto a bunda dele. – Rick nos serviu café e bolinhos.

- Rick, como foi sua viagem? – Me lembrei que ele foi ver a Taís na casa dos pais dela para resolverem a situação, ele não queria o divórcio, mas pela cara que fez, imaginei que não tinha sido bem sucedido na tentativa de convencer a esposa.

- Ela não falou comigo. Simplesmente se escondeu e mandou o pai dela me despachar. – Rick suspirou. – É o fim, Manu, melhor eu aceitar isso.

- Como assim ela não falou com você? – Eu estava chocada. Como uma pessoa termina um casamento de anos sem olhar na cara da outra?

- Pois é. Ela mandou o pai me dizer que era melhor assim, que a vida dela já havia seguido em frente e que era para eu assinar o divórcio e dar a liberdade pra ela. – Rick estava chateado, mas parecia mais conformado. – Sinceramente, é melhor eu me conformar que acabou. Eu só não me conformo que ela tenha feito isso por telefone e não pessoalmente.

- Sinto muito, Rick. Você merecia muito mais. – Dei um aperto em sua mão tentando confortá-lo.

- Obrigado, querida! Lisandra, por favor, não comenta com ninguém, só a Manu sabe que meu casamento está indo pelo ralo, e agora você. – Rick pediu. – Eu ainda não estou pronto pra falar sobre isso com os outros.

- Fica tranquilo, Rick. Você conta comigo pra te apoiar e guardar o seu segredo e eu conto com você para chutar a bunda do Patrício se ele for um babaca e acredite que ele vai ser. – Lisandra fez uma careta muito engraçada.

- Minha nossa, você realmente está preocupada! – Rick riu. – Me conta, qual a história?

- Nada demais, eu sou a irmã mais nova do amigo dele e ele me acha uma chata e só me suporta por causa do Flávio. Mas ele não perde uma oportunidade de implicar comigo, me colocava apelido, não gostava que eu participasse de nada que eles fossem fazer, tinha uma mania detestável de puxar o meu cabelo, implicava com tudo o que eu fazia, dizia que eu era muito criança para sair com eles, enfim, todas essas coisas. – Lisandra tinha uma cara de desagrado.

- Não dá pra imaginar o Patrício sendo assim. – Rick riu. – Mas ele é uma boa pessoa agora, você vai ver.

- Tomara que seja. Aliás, cadê ele? – Ela perguntou ao Rick.

- Patrício ligou depois do almoço e disse que não voltaria hoje, trabalharia de casa. Ele anda trabalhando muito de casa. – Rick contou.

- Seria o paraíso se ele trabalhasse de casa definitivamente. – Lisandra afundou na cadeira nos fazendo rir.

Lisandra ficou na empresa até o final do expediente, já foi se inteirando das suas funções e conhecendo todo mundo, depois me levou para a faculdade.

- Posso entrar com você? – Ela perguntou ansiosa. – É que eu não conheço ninguém ainda e ficar no apartamento o tempo todo é chato.

- Claro que pode, vai ser ótimo. Vem! – Ela estacionou e eu saí a puxando pelo braço. – Você vai adorar o PH. Olha ele ali.

O Paulo Henrique acenou e veio caminhando em nossa direção. Ele era um rapaz bonito, alto, forte, cabelo castanho claro e olhos verdes. Adorava sair pra dançar e vivia me chamando, mas eu não gostava muito dessas coisas, gostava de tranquilidade, dormir cedo, ficar agarradinha com o meu grandão.

- Olá, moças! – PH falou quando se aproximou.

- Oi, PH. – Dei um abraço rápido nele. – Essa aqui é a irmã do Flávio, Lisandra. Ela vai ficar por aqui com a gente hoje.

- Uau! Que linda! Fala pra mim que você tem mais irmãos lindos como o que a Manu agarrou? – PH brincou e a Lisa riu.

- Tenho mais um irmão, mas ele já foi agarrado também. – Lisa tinha um sorriso divertido.

- Pronto, falou o que queria? Então agora vai embora daqui. – Eu queria arrastá-la pelo cabelo até a rua e jogá-la lá, mas estava na faculdade e não poderia fazer isso.

- O que você está fazendo aqui, Sabrina? – Lisandra se aproximou.

- Ah, mas claro que você se juntou com essazinha! – Sabrinha falou ao ver a Lisandra. – Eu estou engasgada com você, Lisandra, você acabou com o meu cabelo.

- Que culpa tenho eu de você ser uma piolhenta? – Lisandra riu com deboche.

- Sua peste! Eu descobri sua armaçãozinha, você foi cruel, Lisandra, me fazer cortar o meu cabelo daquele jeito. – Sabrina lamentou.

- Ai, Sabrina, para de drama. Cabelo cresce, aí o seu já cresceu um pouquinho. – Lisandra riu.

- Eu te odeio, Lisandra! Eu te odeio! – Sabrinha ficou de pé encarando minha cunhada.

- Tá bom, querida, mas você pode odiar bem longe delas, vamos. – PH pegou no braço da Sabrina para tirá-la dali

- Me solta! Quem você pensa que é? Mais um defensor da minimizada? – Sabrina reclamou.

- Ah nem, Sabrina! Você é chata e cansativa. Vai embora, vai. – Lisandra se sentou ao meu lado.

- Eu vou embora sim, até porque já dei o meu recado para a pernas curtas. Não esquece, minúscula, o Flávio vai ficar comigo. – Sabrina se virou e saiu.

- Não acredito que ela veio aqui pra isso! – Lisandra comentou. Nem eu acreditava, pensei que a Sabrina tinha ficado no passado, mas me enganei.

- Pra isso e pra me dar uma meia dúzia de apelidos diferentes. – Reclamei.