Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 510

“Flávio”

Eu estava olhando para o calendário. Só faltava uma semana para que tivéssemos o resultado do teste de DNA da Manu. Eu estava ansioso com isso e torcendo muito para que a suspeita do Camilo fosse confirmada, a Manu não merecia ter aquela mulher como mãe.

- Posso entrar, delegado? – Levantei os olhos e vi justamente o Breno parado à minha porta. Ele era o policial que estava me ajudando a investigar o que havia acontecido com a mãe do Camilo no dia em que ela morreu.

- Grande Breno! Sinta-se em casa, meu amigo. – Me levantei para cumprimentá-lo. Nós nos conhecemos há muito tempo, havíamos trabalhado juntos logo que ele entrou para a polícia. – Sua visita é uma grande surpresa pra mim.

- Pois é, mas minha visita tem uma razão. Eu achei melhor vir te contar pessoalmente o que descobri até agora sobre aquele caso que você me pediu. – Breno se sentou em minha frente.

- Deve ser algo importante para fazer você vir até aqui. – Breno balançou a cabeça confirmando minha suspeita.

- Sim, é importante. Talvez a sua investigação particular acabe se tornando caso de polícia. – Fiquei surpreso com isso.

- Como assim? – O que haveria de tão relevante para desencadear uma investigação formal?

- Bem, vamos do início, a empregada, Rose o nome dela, estava trabalhando na casa há cerca de um ano quando tudo aconteceu. Mas antes dela trabalhar na casa, ela foi funcionária da empresa da família do Orlando, marido da mulher que morreu no parto. A Rose havia sido demitida da empresa, pelo pai do Orlando, uns seis meses antes de começar a trabalhar na casa. – Pensei que isso eu não sabia, mas será que o Camilo sabia?

- O que ela fazia na empresa e por que ela foi demitida? – Essa informação era importante.

- A irmã não sabe ao certo ou não se lembra. Sabe que ela trabalhava em uma função administrativa e não contou para a irmã porque foi demitida, mas a irmã disse que ela ficou revoltada e falava muito que se vingaria deles. E a irmã também me contou que ela tinha uma amiga na empresa, embora a irmã não tenha conseguido se lembrar do nome, me contou que as duas eram muito próximas e a Rose contava tudo para essa amiga. – Breno havia conseguido boas informações.

- Interessante! Mas se ela ficou com raiva por ser demitida, por que foi trabalhar na casa da família? – Achei isso bastante curioso.

- Perguntei isso para a irmã e ela me disse que conversou com a Rose a respeito, pois também não via sentido. A Rose disse a irmã que precisava estar perto deles para se vingar. – Eu ouvi o que o Breno disse e pensei por um momento, milhões de possibilidades desfilavam em minha mente.

- Isso só fica mais confuso. – Comentei.

- É, mas a mulher tem certeza de que a tal Rose odiava os patrões. A última vez em que se falaram, ela contou que a irmã disse a ela que em breve iria se mudar para que pudessem ficar mais próximas, pois a vingança dela estava quase realizada e que ela iria embora assim que concluísse seus planos. Isso foi dias antes da Rose aparecer morta. A irmã dela também achou estranho ela ser encontrada afogada, pois ela não sabia nada e por isso não entrava em rios e lagos, enfim. – Breno me olhou e eu conhecia o olhar dele, ele estava interessado no caso.

- É tudo bem interessante. Mas essa irmã não sabe como a Rose se vingaria? – Perguntei.

- Cara isso é ótimo, pode haver mais alguma coisa relevante no meio dessas caixas. – Eu estava bem interessado, parecia que eu tinha dado um trabalho muito divertido para o meu amigo.

- É o que eu espero. – Breno sorriu.

- E sobre a tal parteira? – Perguntei.

- Outra coisa interessante, andei pela região conversando com os moradores mais velhos, ninguém se lembrou de nenhuma parteira, mas um senhor se lembrou de uma enfermeira que ganhava um dinheiro atendendo o pessoal que morava mais distante da cidade. Ele não se lembrou do nome dela, mas à época, só haviam duas enfermeiras no hospital da cidade e uma ainda trabalha lá. Ainda não falei com ela, mas farei isso nos próximos dias. – Breno era um ótimo investigador.

- Cara, quando terminar isso, acho que vou tentar trazer você para a minha equipe. Você conseguiu muita coisa de quase nada. – Sorri pra ele que ficou satisfeito.

- Se você conseguir, eu venho. Mas antes eu quero descobrir o que aconteceu nessa história. Esse caso foi um presente que você me deu.

Nós ainda conversamos por um bom tempo antes que meu amigo se despedisse e se retirasse. Eu fiquei pensando em tudo o que conversamos e estava muito intrigado com o que quer tenha acontecido no passado da família da Manu.

No entanto, mais uma vez os meus pensamentos foram interrompidos, só que dessa vez pelo telefone tocando.

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