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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 523

“Manuela”

Entre a visita do pai do Flávio no sábado e o almoço de domingo na casa do Alessandro e da Catarina, acabei não ligando para o meu irmão, mas eu queria saber logo do Camilo o que estava acontecendo. Aproveitei a minha hora de almoço para fazer isso.

- Oi, Manuzinha! Como você está minha irmã? – Camilo me atendeu com o mesmo tom carinhoso de sempre. Não importava o que ele estivesse fazendo, ou como estava o seu humor, ele sempre me atendia assim.

- Estou bem. E o meu irmão preferido, como está? – Ele riu, desde criança eu dizia que ele era o meu irmão preferido e ele dizia que adorava isso. Mas ele realmente era o preferido.

- Estou bem. Com tanta saudade de você que vou te visitar no fim da semana. Posso me hospedar na sua casa? – Achei estranho, pois eu passei um ano nessa cidade e ele não podia vir me ver, agora, poucos dias depois de me fazer uma visita ele já faria outra.

- Você e a Olívia sempre podem ficar em minha casa. Eu fico feliz que você venha me ver, mas tem algum motivo especial? – Nós sempre fomos francos e diretos um com o outro, então eu não fazia rodeios.

- Tem sim, eu preciso conversar com você sobre a empresa, mas eu estou mesmo com saudade. – Então percebi que algo estava mesmo mudando.

- Era justamente sobre isso que eu queria te perguntar. O pai do Flávio veio nos visitar, você sabe que ele tem uma empresa gigante de alimentos a base de proteína, e ele está interessado na empresa da nossa família. – Falei.

- Sim, ele nos fez uma oferta, mas eu recusei. Por acaso te interessa?

- Não, se você recusou é porque não era bom para a nossa empresa, eu confio em você. Mas ele quer te conhecer.

- Hum, por mim tudo bem, mas eu prefiro não me associar a ele. Gostaria que a empresa continuasse só com a gente.

- Eu concordo com você. Mas o que eu quero saber é porque ele disse que eu tenho metade da empresa e metade da fazenda e que o papai não é um dos sócios do negócio.

- É sobre isso que eu quero conversar com você, mas quero fazer isso pessoalmente. Nós tivemos que mudar algumas coisas aqui, pois o nosso pai está se divorciando da sua mãe.

- Então isso é verdade, sobre a empresa?

- Sim, Manu, é verdade. O nosso pai quis proteger o patrimônio, você conhece o Juliano e a sua mãe, ela arrancaria tudo o que pudesse do nosso pai e destruiria a empresa. Isso te incomoda?

- Não é que me incomode, eu só fui pega de surpresa e estou sem entender o que está acontecendo. Além do mais, o pai do Flávio acha que a nossa empresa é muito maior do que é.

- Minha irmã, você precisa se inteirar dos negócios, sempre te falo isso. As coisas não são como você pensa. A nossa empresa é um negócio muito próspero, Manu.

- Camilo, eu não me importo com os negócios, por mim, nós já teríamos passado tudo para o seu nome. O que me preocupa é o que a minha mãe vai fazer comigo quando descobrir que eu tenho a metade de tudo. – Esse era o meu verdadeiro medo, se antes já era ruim, agora ficaria muito pior.

- Você não vai passar nada para o meu nome, Manu. Eu apenas cuido da sua parte, mas é seu. E quanto a sua mãe, nem eu e nem o Flávio vamos permitir que ela se aproxime de você.

- Eu tenho medo, Camilo. – Eu tinha muito medo na verdade. – O Juliano apareceu aqui na sexta, junto com aqueles dois trastes que são amigos dele, me cercou na porta do escritório.

- O que aquele animal fez com você? – Eu senti a raiva na voz do meu irmão.

- Felizmente o Flávio chegou e ele não pôde fazer nada, mas ele disse que tinha vindo me buscar. – Expliquei. – Eu vivo com medo, não posso nem pisar na rua sozinha, pois tenho medo que a minha mãe apareça, me agrida, me leve embora à força e me obrigue a casar com o filho do Sr. Cândido. Eu não quero viver assim, com medo da minha própria mãe.

- Manu, calma, eu prometo que nós vamos resolver isso. Confia em mim. – Camilo pediu e eu confiava nele, mas eu não via como resolver isso.

Voltei ao trabalho tentando ocupar a minha mente o máximo possível, mas meu telefone tocou, era a telefonista com uma ligação. Minha mãe estava na linha, como eu havia desativado o meu antigo celular, desde a visita que ela me fez no apartamento, ela não tinha mais como falar comigo, então ligou para a empresa. Eu disse a telefonista para passar a ligação.

- Manuela, por que o seu celular foi desativado? – Ela estava gritando do outro lado da linha.

- Porque eu cansei das suas ofensas. E eu só atendi agora para te informar que eu não vou mais te atender, não insista em ligar para o meu trabalho.

- Sua insolente! Mal criada! Ingrata! Eu sou sua mãe, Manuela.

- Se comporte como minha mãe e talvez a gente volte a se falar.

- Olha aqui, Manuela, melhor você falar comigo direito, já não basta o que o seu namoradinho fez com o seu irmão? Algemar o meu filho e expulsar da cidade, Manuela, isso foi um absurdo! Como você permitiu isso, sua inútil?

- Eu permitiria coisa pior. O Juliano apareceu aqui com os amiguinhos dele me ameaçando. Olha, mãe, chega, eu cansei, você não vai mais me agredir, o Juliano não vai mais me agredir. Me deixa em paz ou da próxima vez que você encostar em mim eu te denuncio por agressão.

- Que sacrilégio, garota! Eu sou a sua mãe... – Nem esperei que terminasse.

- Você já sabe, não me ligue mais enquanto não mudar seu comportamento comigo. – Desliguei o telefone e avisei a telefonista que ela não podia mais me ligar.

- Sua mãe fazendo escândalo? – Ergui os olhos e vi o Alessandro em frente a minha mesa. Eu nem tive palavras para responder. – Ele tirou o celular do bolso do paletó e fez uma ligação. – Minha secretária vai te passar uma lista de pessoas que não podem entrar nesse prédio e as ligações não podem ser transferidas. – Ele desligou o telefone e me olhou. – Manu, liga para o chefe de segurança e passa os nomes e números de telefone de quem anda tirando a sua paz, eu quero que aqui seja um lugar seguro pra você.

Ele deu um leve aperto em minha mão e eu agradeci por aquele gesto de apoio e cuidado. A minha mãe não me amava e isso me doía profundamente, mas eu tinha amigos dispostos a me proteger e cuidar de mim, o que era um consolo sem nenhuma dúvida.

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