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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 534

“Camilo”

Quando nos aproximamos da nossa casa vi umas poucas pessoas ao redor, vi meu pai do lado de fora do portão e a Rita armando um escândalo. Eu olhei aquilo com desgosto. Ao meu lado a Olívia bateu palmas e deu pulinhos no banco.

- Mas é hoje! – Oli falou alegremente, enrolou e prendeu os longos cabelos em um coque. Eu olhei para ela intrigado.

- É hoje o quê, Oli? – Perguntei, mas ela já estava descendo do carro decidida e só me restou fazer o mesmo.

- Anda, Orlando, fala pra mim, quem é a messalina com quem você está metido? Para pedir o divórcio assim com tanta pressa, só pode ser porque está enrabichado por outra mulher. – A Rita gritava chorava, fazendo uma cena de esposa traída. Ela estava adorando ter público. Ela estava posando de esposa ofendida na frente da cidade.

- Rita, por favor, para com isso! – Meu pai parecia furioso.

- Eu queria conversar com você, Orlando, no refúgio do nosso lar, mas você saiu de casa enquanto eu fui visitar a nossa filha. Você saiu sorrateiramente, como se estivesse fugindo e veio se enfiar aqui na casa do Camilo, que sempre quis destruir nossa família. Com certeza ele está acobertando a sua infidelidade. – Rita estava passando dos limites, aos gritos com uma pequena platéia para aplaudir o seu show.

- Rita, você não precisa de ajuda para destruir sua família não, sozinha você já faz isso. – Oli mal havia descido do carro e começou a falar tão alto quanto a Rita.

- Cala a sua boca, sua perdida. Você saiu de casa ainda uma menina e foi para o mundo com essa história de ser modelo, mas na verdade você caiu na vida, se perdeu, aí depois voltou e casou com esse idiota aí. Você é uma péssima influência, aposto que foi você quem encheu a cabeça da Manuela de idéias. – Rita sempre ofendia a Olívia, mas ela nunca ligou, ou pelo menos eu achava que não.

- Ah, sua demônia, você não fala assim comigo não! – Não sei o que deu na Olívia, ela foi pra cima da Rita e a agarrou pelos cabelos puxando como se sacudisse um pano de chão.

- Aaaiii... me ajuda, socorro, alguém tira essa messalina de cima de mim. – A Rita gritava tentando se soltar e a Olívia estava agarrada aos cabelos dela, sacudindo de um lado para o outro.

Me aproximei e puxei a Olívia pela cintura. Ela não soltava e sacudia a cabeça da Rita de um lado para o outro freneticamente. Puxei com mais força e dei um passo para trás e a Olívia puxou a Rita junto.

- Meu deus, Oli, solta essa mulher antes que você arranque a cabeça dela. – Reclamei e a minha esposa deu mais um puxão com toda a força e só então soltou a Rita.

A Olívia soltou a Rita, mas suas mãos ficaram cheias de cabelos que ela arrancou da cabeça da outra. Ela ergueu os punhos fechados, olhando para as próprias mãos com um sorriso. A Rita olhou aquilo e ficou como um touro bravo, toda descabelada e com a roupa desalinhada, ela foi pra cima da Olívia e eu só tive tempo de colocar a minha esposa atrás de mim para protegê-la. A Rita veio com tudo e eu a segurei pelos pulsos.

- Você vai sair daqui agora e quando vir a minha esposa na rua vai mudar de calçada. – Falei com a voz baixa e controlada.

- DNA! - Olívia falou baixinho, me encarando e me mostrando os cabelos. Só então eu entendi que ela queria os cabelos da Rita para mandar fazer o novo exame de DNA.

Meu pai não nos ouviu, ele olhava a meia distância sem entender o que aconteceu, dispensando os poucos telespectadores daquele show de horror. Eu mandei Olívia para dentro de casa e coloquei o carro na garagem. Meu pai ficou de pé junto a porta me esperando, achei melhor deixar as caixas no porta malas e olhar depois.

- O que houve com a Olívia? – Meu pai perguntou quando me aproximei. – Ela nunca dá atenção para os disparates da Rita, mas hoje ela ficou uma fera.

- Ah, pai, sabe que nem eu sei. Acho que ela está cansada de todas as maldades da Rita com a Manu e ficou nervosa em ver a Rita aqui fazendo esse escândalo. Ou talvez seja só TPM. – Respondi tentando parecer convincente, mas eu queria rir, pois a cena foi caótica, mas engraçada.

- É, foi um escândalo mesmo. – Meu pai respondeu e coçou a cabeça. – Vou me desculpar com a Oli depois.

- Pai, não é culpa sua. – Passei a mão em seu ombro e entramos em casa.

Olívia desceu as escadas sorrindo, nem parecia que tinha enfrentado a demônia, como ela dizia, e arrancado um punhado generoso de cabelo dela.

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