Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 536

“Manuela”

A sexta feira no escritório estava tão tranquila que eu estava olhando o tempo passar devagar. Acabei me lembrando dos alfajores da confeitaria em frente ao escritório, tinha tanto tempo que eu não os comia e eram deliciosos.

- Hum, acho que vou lá comprar alguns pra um lanchinho à tarde. – Falei comigo mesma.

- Falando sozinha, Manu? – Lisa apareceu na porta da sua sala com uma caneca na mão.

- É uma mania, Lisa, eu converso comigo mesma. Mas já que você está aqui, se importa de atender o telefone pra mim por uns minutinhos? – Perguntei a minha cunhada.

- Claro que não, eu atendo. – Ela sorriu e olhou para o celular em sua mão.

- Não demoro. – Peguei a minha bolsa e caminhei para o elevador.

- Ei, Manu, onde você vai? Não vai sair do prédio, né? O Flávio disse para você não sair... – Lisa percebeu que eu pretendia sair e ficou preocupada.

- É rapidinho, Lisa, vou na confeitaria em frente. Não se preocupe, meu pai está de olho na minha mãe, ele colocou uma pessoa para vigiá-la e me informar se ela ou o Juliano sairem da cidade, como ele não falou nada, não tem problema eu ir ali na confeitaria. – Sorri para ela e entrei no elevador.

A liberdade realmente tem um sabor doce. Eu ri para mim mesma com o pensamento. Era tão bom poder andar livremente, eu sonhava com o dia que minha mãe ia esquecer essa idéia de me obrigar a voltar pra casa e me casar com aquele idiota do filho do Sr. Cândido. Comprei os alfajores e saí da confeitaria.

- Te peguei, ratinha! – Minha mãe me segurou pelos cabelos.

- Mãe! Me solta, ai, está doendo! – Reclamei.

- E se não ficar boazinha vai doer mais. – Minha mãe me puxou e eu quase me desequilibrei.

Ela abriu a porta de trás de um carro preto que não era o dela, mas para fazer isso ela precisou soltar o meu cabelo e ficou me segurando só pelo braço. Eu aproveitei que ela afrouxou o aperto e me soltei, mas antes que eu pudesse correr ela cravou suas unhas nos meus braços com toda a força. Eu me debati e senti suas unhas rasgarem a minha pele.

- Mãe, por favor, me solta! – As lágrimas já desciam pelo meu rosto e eu tentava me soltar.

- Quanto mais você lutar, pior vai ser o seu castigo quando chegarmos em casa. – Ela falou pra mim.

Eu olhei desesperada ao redor, mas não tinha ninguém passando pela rua naquela hora. Na confeitaria eram apenas duas funcionárias que pareciam distraídas demais para notar o que acontecia ali na calçada.

Eu me debati e tentei me soltar e suas unhas rasgaram um pouco mais a minha pele. Ela arranhou os meus braços e ergueu a mão para me dar um tapa. Na confusão, o salto do meu sapato agarrou em alguma coisa e quebrou, eu me desequilibrei e caí. Justo nesse momento eu senti um par de mãos em meus ombros tentando me levantar e eu me debati ainda mais. A pessoa atrás de mim me segurando finalmente falou.

- Calma, senhorita, eu sou policial. – Eu me virei e vi aquele rosto que eu conhecia por ver todos os dias parado ali na frente do prédio onde eu trabalhava.

- Me solta, seu brutamontes! Tira as mãos de mim. – Olhei para a minha mãe que estava gritando e sendo segurada com as mãos para trás enquanto o policial tentava algemá-la.

- Não! – Gritei para ele. – Não precisa prendê-la. Ela é minha mãe. Só tirem ela daqui e me ajudem a chegar até o escritório.

- Mas, senhorita, o delegado não vai gostar disso. – O policial que segurava a minha mãe falou. Ela me olhava furiosa.

- Ela queria me levar e eles me ajudaram. – Respondi com as lágrimas voltando a cair. O Flávio se levantou e foi até o policial.

- Eu espero que essa criatura esteja me esperando na delegacia agora. – Flávio sibilou e o policial colocou as mãos na cintura e olhou de um lado para o outro.

- Delegado, a moça não deixou que prendêssemos a mãe dela. Ela pediu que a levássemos até a saída da cidade, igual fizemos com os garotos aquele dia. – O policial explicou e o Flávio socou a parede, mas não falou nada.

- Por que você saiu sozinha, baixinha? – O Flávio se abaixou novamente ao meu lado, ele queria saber tudo e eu queria saber o que a Olívia fazia ali.

Expliquei para eles porque eu saí, que eu confiei que a minha mãe estivesse na nossa cidade e só por isso eu saí do prédio por um momento. Foi só por um momento. Enquanto eu contava o médico acabou de limpar os cortes feitos pelas unhas da minha mãe nos meus braços. Ela usava um tipo de unhas de gel, sei lá, mas elas cortavam como navalhas. O médico me prescreveu anti-inflamatórios e analgésicos, mas disse que estava tudo bem e saiu da copa.

- Manu, você vai pra casa. – Alessandro falou simplesmente e não deixou espaço para discussão.

- Vamos, baixinha, vou comprar seus doces e te levar pra casa. – Flávio beijou o topo da minha cabeça e uma sacola da confeitaria foi sacudida em minha frente.

- Os doces eu já comprei. – Rick sorriu pra mim e eu agradeci.

- Venho te buscar no fim do dia, Lisa. – Flávio avisou a irmã.

- Não precisa, eu levo a Lisa pra casa e aproveito pra ver como a Manu está. – Rick respondeu.

Saímos dali, o Flávio, a Olívia e eu, depois que eu agradeci a todos pelo apoio e preocupação. Eu estava sentindo dor por todo o corpo, mas principalmente me doía o coração. Como uma mãe era capaz disso?

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