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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 543

“Manuela”

Eu estava perdida, em um mar de dúvidas e sentimentos confusos, mas de uma coisa eu não tinha nenhuma dúvida, o amor que eu tinha por esses dois homens sentados ao meu lado era genuíno e pra mim valia mais do que a marca do sangue, o que quer que acontecesse, no meu coração eles seriam sempre meu pai e meu irmão.

- Eu não posso não ser sua filha! – Me agarrei àquele abraço, como se eu estivesse me afogando e ali fosse uma tábua de salvação.

Me abandonei em seus braços num choro copioso e senti o Camilo se juntar ao nosso abraço refletindo a mesma emoção que nós dois. Não havia espaço para palavras naquele abraço. Deixamos as lágrimas caírem, sem reservas, aquelas lágrimas que diziam tanto, que me diziam que eles sentiam o mesmo medo que eu, medo que o nosso vínculo fosse destruído, quebrado e esquecido, simplesmente por não compartilharmos uma marca biológica, simplesmente por um DNA na estrutura celular dos nossos corpos.

Mas o amor que eu sinto por eles está gravado na minha alma, transcende o aspecto físico da minha existência, eu posso não ter a marca de DNA desses dois, mas cada célula do meu corpo tem a lembrança do afeto, dos abraços, dos momentos compartilhados com eles.

Depois de um tempo que pareceu o espaço de uma vida inteira, meu pai, um pouco mais calmo, soltou os seus braços do meu redor para pegar o meu rosto entre suas mãos, limpou as marcas das lágrimas e me deu um sorriso, aquele sorriso carregado de amor que ele me dava quando me chamava de filha.

- Filha! Você vai ser sempre minha filha, filha da minha alma, do meu coração! Não há nada nesse mundo que mude isso, você é Manuela Blanco, você é minha filha amada! – Meu pai deu um beijo em minha testa.

- E nem pensar que você vai deixar de ser minha irmã! Você é minha pequena bonequinha. – Eu ri do Camilo relembrando o apelido que ele me chamava na infância, pequena bonequinha, ele me chamou assim até eu ficar adolescente e achar que esse apelido não combinava com uma moça.

- Eu amo vocês! Vocês são minha família. Mas eu também preciso saber a verdade. Eu preciso saber se esse monstro é minha mãe. – Eu decidi, não era hora de ser fraca.

- Nós estamos esperando o resultado de um DNA. – Olívia falou e eu olhei para ela sem entender.

- Meu deus, foi por isso que você se atracou com a Rita ontem. – Meu pai olhou para a Olívia com um pequeno sorriso voltando a enfeitar o seu rosto.

- Como assim se atracou com a Rita? – Perguntei estupefata.

- Ah, isso é engraçado. – O Camilo fungou e me entregou o celular. – Dá o play aí.

Eu assisti ao vídeo que o Camilo me mostrou sem saber se ria ou se me preocupava. Olívia quase arrancou o pescoço da Rita e no final ergueu os punhos mostrando os tufos de cabelo em suas mãos como se fossem troféus.

- Eu só lamento que ela tenha vindo descontar em você, mas nós precisávamos dos cabelos dela. – Olívia me olhou como se pedisse desculpas.

- Ela não veio descontar em mim, ela sempre me agride, Olívia, você sabe disso melhor que ninguém. Mas isso acabou hoje, de qualquer maneira. Eu disse a ela para não me procurar mais e que da próxima vez vou deixar o Flávio prendê-la. – Expliquei.

- Finalmente! – O Flávio exalou e soltou o corpo na poltrona.

- Mas como vocês conseguiram a minha amostra? – Olhei para o Flávio.

- Tem sim. – Camilo respondeu. – Mas o mais importante é você saber que nós dois somos os únicos Blanco. Eu sou seu único irmão e você é minha única irmã. O Juliano não é filho do papai.

- Como é que é? – Olhei para ele chocada.

- De acordo com o diário, o Juliano é filho de outro homem. Isso sim faz muito sentido, tão mau caráter quanto o pai. – Camilo refletiu.

- Como assim? Quem é o pai do Juliano? – Eu olhei para o meu pai que tinha uma expressão de desgosto.

- Baixinha, você já sabe tudo o que é importante, está ficando tarde, estamos todos com fome. O que você acha de comermos alguma coisa e depois descansar. Amanhã eu te mostro tudo e nós continuamos essa conversa. – Flávio ponderou e eu vi a expressão cansada no rosto do meu pai, foi como se o Flávio percebesse que meu pai precisava de um tempo.

- Você tem razão, vamos deixar o resto pra amanhã. – Passei a mão pelo cabelo do meu pai que me sorriu com tanto amor.

- Ótimo, porque eu pedi comida e já chegou. – Flávio se levantou para ir buscar a comida na portaria do prédio. Eu nem me dei conta do momento em que ele pediu comida.

- Vou colocar a mesa. – Me levantei e a Olívia me acompanhou. Eu deixaria para saber sobre o pai do Juliano depois, meu pai precisava de um tempo de tudo isso.

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