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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 552

“Manuela”

Já era domingo à tarde e eu ainda não havia voltado a tocar no diário. No dia anterior, minha família saiu e voltou já bem tarde para casa, dando ao Flávio e a mim um tempo a sós. O Flávio acabou me convencendo a deixar tudo de lado um pouco e aproveitar a visita da minha família, que já iria voltar para a nossa cidade no fim do dia, de modo que ele juntou todas aquelas coisas e guardou dizendo que teríamos um domingo tranquilo. Mas não foi muito.

Melissa havia ligado no dia anterior e depois de uma longa conversa e de eu garantir que estava bem, apesar do choque, ela disse que passaria para me ver no domingo, pois também queria ver a Olívia. Rick e Lisa vieram almoçar conosco e ela encantou o meu pai com todo aquele jeito alegre dela de ser. No meio da tarde a Melissa e o Nando se juntaram a nós e pouco depois deles chegarem a campainha voltou a soar e o Flávio foi atender a porta.

- Pessoal, esse aqui é o Breno, o policial que está nos ajudando. – Flávio anunciou ao entrar na sala com um homem alto, na casa dos trinta e poucos anos e com a aparência cansada. Flávio apresentou cada um de nós.

- Me desculpem por vir no domingo, mas estava no meu caminho de volta e eu queria contar a vocês o que aconteceu na delegacia. – O Breno se desculpou e se sentou onde o Flávio indicou.

O Breno começou o seu relato sobre tudo o que aconteceu e o que conversou com a tal da Gisele. A mulher parecia ser uma pessoa horrível. Quando ele disse que ela havia ligado para a Rita e mostrou o número anotado o meu pai afundou no sofá desconsolado.

- Meu deus, com que demônio eu me casei? – Meu pai estava muito chateado e com razão, não havia o que dizer para consolá-lo.

- Sempre falei que aquela mulher é uma demônia! – Olívia se manifestou de um jeito tão engraçado que nos fez rir.

- E o que mais, Breno? – Flávio voltou ao assunto.

- Ela confirmou que a outra mulher, a qual ela também fez o parto naquele dia, realmente teve gêmeos. Mas foi tudo o que disse. Ela saiu da casa dessa mulher e foi para a fazenda de vocês. – Breno confirmou.

- Mas então ela saiu da primeira casa com um dos bebês mesmo. – Flávio concluiu.

- Só pode ter sido, mas ela não confirmou e o que ela fez com essa criança ela não disse. E também não disse uma palavra sobre o que aconteceu na fazenda. Depois que o advogado dela chegou, ela se calou e não disse mais nada. Tentei falar com ele, saber alguma coisa, mas ele é um sujeito esquisito. O delegado disse que é um advogado da cidade, mas que não é o tipo mais honesto. – O Breno explicou. – Só que a Gisele disse que não pode contar o que aconteceu, pois se contar perde uma fonte de renda da qual ela precisa agora.

- Então eu posso ser filha dessa mulher que teve gêmeos. – Suspirei desconsolada.

- Olha, Manuela, pode ser que sim, mas também há uma outra possibilidade que eu fiquei pensando durante essas horas que passei nessa delegacia. – O Breno tinha uma teoria e eu queria muito ouvir, me sentei na ponta do sofá e me concentrei nele.

- Você sempre tem uma teoria a mais para complicar as investigações. – Flávio riu.

- Não, mas essa é simples, se a tal Rita não estava grávida, ela precisaria de um bebê, eu pensei que talvez a Gisele tenha subtraído a primeira criança para entregar a Rita. – O Breno apontou.

- Sim, isso é o que parece. – Flávio concordou.

- Pois é, mas e se o Sr. Orlando pedisse o exame de DNA? Daria negativo e a Rita não conseguiria o seu objetivo. – O Breno tinha razão, era uma possibilidade. – O senhor falou em DNA em algum momento?

- Na verdade, sim. Na última vez que visitei a Rita para levar o dinheiro e saber como ia a gravidez. Ela estava insuportável, reclamando que eu não poderia deixá-la naquela situação e exigindo que eu me divorciasse e me casasse com ela. Ela chegou a sugerir que a minha esposa tivesse me traído e o filho era de outro homem... – Meu pai olhou para o Breno com os olhos arregalados. – Não é possível.

- Você tem razão, Flávio. – Meu pai concordou. – Talvez seja hora de exumar os corpos que eu enterrei.

O Nando ligou para o tio dele e duas horas depois o Dr. Álvaro Molina estava na sala, acompanhado de uma enfermeira, fazendo a coleta do nosso material genético. Meu pai insistiu em fazer o exame também, para que nossas amostras fossem comparadas e eu não tivesse mais dúvidas. Enquanto o tubo se enchia com o meu sangue, eu sentia a esperança crescer dentro de mim.

- Em quanto tempo teremos o resultado, doutor? – Eu estava ansiosa.

- Olha, Manu, o exame entre você e seu pai fica pronto em quinze dias, mas entre você e o Camilo em quarenta e cinco dias. Cada exame é feito de uma forma diferente e leva seu tempo, infelizmente esse prazo não tem como ser menor. – Dr. Molina explicou e eu murchei, era muito tempo. Eu ficaria ansiosa, não tinha jeito.

- Mas filha, se você for minha filha, só tem duas opções de mãe, ou é a Rita, o que duvido muito, mas já tem um exame sendo feito, ou é a minha primeira esposa. – Meu pai tentou me animar.

- É isso mesmo, quinze dias. – Falei para mim mesma.

No início da tarde todos foram embora, inclusive minha família, e ficamos o Flávio, a Lisandra e eu. Eu estava cansada, mas estava inquieta demais, eu precisava acabar de ler aquele diário. Depois que a Lisandra foi se deitar eu pedi ao Flávio o diário para terminar minha leitura.

- Não quer descansar e deixar isso para amanhã? – Flávio perguntou.

- Não posso esperar mais um dia para saber quem é o pai do Juliano! – Expliquei e ele riu, indo buscar o que pedi.

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