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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 555

“Camilo”

Nós havíamos descoberto tantas coisas nos últimos dias e ainda tinha tanto que eu queria saber, que minha cabeça estava cheia de preocupações e dava voltas de ansiedade. Ainda bem que eu tinha a Olívia para me apoiar e me ajudar com tudo. As coisas estavam mudando de uma forma que afetava a todos nós, mas no final seria tudo melhor. Era o que eu esperava.

Meu pai já estava divorciado daquela bandida da Rita e tudo foi como queríamos, ela ficou com a casa, aquele lugar onde a Manu e eu sofremos tanto e ficou com aquele carro pomposo que ela tem. Eu nem achava isso justo, mas também não estava nem aí. Pra mim estava ótimo tirar essa cobra da nossa família e o meu pai ficou feliz em sair desse casamento, o qual ele só manteve por causa da minha irmã. Se com ele por perto a Rita fez o que fez com a Manu, imagine se meu pai não tivesse se casado com ela, eu nem quero imaginar o que teria acontecido.

Agora que o meu pai estava liberto dessa bandida, nós precisávamos cuidar da Manu, afastar a Rita dela definitivamente e impedir que essa mulher pudesse fazer qualquer mal a minha irmã.

Com a ajuda do Flávio e do Breno eu consegui rapidamente a autorização para exumar os restos mortais da minha mãe e do bebê enterrado com ela para fazer os testes de DNA. Fizemos tudo na cidade onde o Breno trabalha, o delegado ficou mais do que animado com a história e em poder ajudar, ele abriu a investigação e fez todo o trâmite junto ao juiz. Eu também fiquei bem aliviado que o delegado autorizou o Breno a ir atrás da outra família, seria muito difícil para eles também e quanto antes soubessem seria melhor.

Agora estou aqui no cemitério, acompanhado do Breno e da Olívia e dois peritos, esperando a administração liberar a abertura do túmulo.

- Cheguei à tempo? – Meu pai chegou apressado.

- Pai, pensei que você não viesse! – Me surpreendi, pois na véspera ele me disse que não iria.

- Mudei de idéia, Camilo. Enterrar a minha esposa e a minha filha foi a coisa mais difícil que eu já fiz na vida, ela era jovem, tinha uma vida pela frente ao lado dos filhos e esse bebê nem teve a chance de viver. Estar aqui e desenterrá-las é muito difícil, mas eu não posso me acovardar. E eu também não posso deixar você sozinho nisso. – Meu pai olhou para a sepultura por um momento, como se fizesse uma prece.

- Orlando! Há quanto tempo não te vejo. Vim trazer flores no túmulo de papai e quase não acreditei em ver vocês aqui. Oi, garotos! – Magda, a mulher do delegado da cidade se aproximou. Era tudo de que não precisávamos, que ela saísse espalhando fofoca por aí.

- Melhor que não tivesse visto ou que fingisse que não viu. – Reclamei.

- Você, como sempre, indelicado, não é, Camilo. – Magda estreitou os olhos para mim e eu bufei. – Mas, Orlando, eu queria muito te ver para chamar a sua atenção, que coisa horrível você fez com a Rita, minha amiga está sofrendo muito por sua culpa, abandoná-la assim, depois de tantos anos de casados, e na miséria.

- Magda, se tem uma coisa que eu tenho certeza que a Rita não está é sofrendo. E eu não a deixei na miséria, ela tem uma excelente casa e um carro de luxo. – Meu pai se limitou a responder.

- Magda, sai daqui! – A encarei e falei com a voz mais alta.

- Não saio, seu moleque! Aqui nessa cidade tem lei, nós prezamos pela justiça e os bons costumes. Anda, me digam logo, porque vocês vão abrir o túmulo? – Mas a Magda se achava mais importante do que realmente era, eu quase ri.

- Ah, Magda, chega! Sai daqui se não quiser que eu arranque seus cabelos como fiz com a Rita. – Olívia perdeu a paciência.

- Quem você pen... – Magda começou a falar, mas a Olívia foi em sua direção e esticou a mão para agarrar seus cabelos. A Magda ficou tão assustada que começou a se afastar depressa. – Sua louca! Isso não vai ficar assim, isso não vai ficar assim.

Depois que a Magda saiu eu autorizei que começassem a abrir o túmulo. Depois de abrirem era chegada a hora mais difícil, reunir os restos mortais. Nesse momento o meu pai desabou. Chorou como uma criança, exatamente como no dia do sepultamento e eu me lembro bem disso. Mas dessa vez eu conseguia ampará-lo. Comigo e a Olívia, um de cada lado, abraçados a ele, assistiu ao trabalho dos funcionários do cemitério, reunindo cada pequeno osso e colocando nas caixas. Depois, foi a vez dos peritos recolherem as amostras e finalmente minha mãe e aquele bebê descansariam em paz. Decidimos levar os restos dela e do bebê para o ossário e colocar cada uma em uma gaveta, assim, quando soubéssemos quem de fato era aquele bebê, a família a quem ele pertencesse, fôssemos nós ou não, teria onde levar suas flores. Terminado o procedimento no cemitério, nos restava aguardar o resultado dos exames.

- Dá linceça, moço. – Ouvi uma voz tímida chamar e me virei. – Desculpa atrapalhar, mas é que me disseram que esse bebê que vocês botaram aí pode ser meu?

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