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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 559

“Flávio”

Ainda não estava na hora de buscar a baixinha, mas me deu uma vontade de ir buscá-la mais cedo. Eu sentia falta dela e com tudo o que vinha acontecendo eu estava inseguro com ela indo para a faculdade, um lugar onde eu não podia fazer muito além de deixar uma viatura na porta.

- O que foi, maninho? – Lisa estava parada na minha frente com as mãos na cintura.

- Nada, por quê? – Perguntei, levantando a cabeça. Eu estava sentado na sala com o rosto enterrado nas mãos.

- Porque você parece tenso e está bufando. – Lisa me olhou e se sentou.

- É tudo isso com a Manu, Lisa, e ela indo para a faculdade à noite. Eu não vou mentir, estou muito preocupado. – Acabei desabafando com a minha irmã.

- Todos nós estamos, mas a Manu está bem lá. Ela tem o PH e tem a viatura que você deixou. Mas você, pelo visto, está mais inquieto hoje do que de costume. – Lisa me avaliou rapidamente, com a clareza de quem me conhecia muito bem.

- É, eu estou me sentindo inquieto mesmo. – Refleti. – Quer saber, vou buscá-la mais cedo. – Fiquei de pé decidido e foi nesse momento que o meu celular tocou. – Delegado Moreno.

- Flávio, é o Paulo Henrique, amigo da Manu. – Pronto, eu já sabia que tinha dado merda!

- Cadê a Manu? – Era tudo o que eu queria saber.

- Flávio, eu a deixei dentro da sala e fui buscar um lanche pra gente porque ela não queria sair da sala. – O Paulo Henrique estava nervoso e falava de forma aflita. – Quando voltei eu não a encontrei. Os materiais dela estão aqui, mas ela não. Já olhei por todos os lados e não a encontro. Já até invadi o banheiro feminino. Flávio, tem algo errado. Eu juntei o material dela, perguntei e ninguém viu nada, fui na direção e eles disseram que ela deve estar por aqui em algum lugar, mas não me deixaram ver as câmeras de segurança. Eu não sei mais o que fazer.

- Há quanto tempo você percebeu a falta dela? – Minha cabeça estava girando, eu estava surtando, mas eu precisava tentar manter a calma para pensar e encontrar a Manu. Em minha frente a Lisandra já estava de pé com a bolsa em uma mão e minhas chaves e minha carteira na outra, me empurrando para fora do apartamento.

- Cerca de uma hora. – Paulo Henrique estava em desespero, eu podia perceber.

- Caralho, PH, e você esperou esse tempo todo para me avisar, porra! – Eu não aguentei e surtei, gritei ao telefone como um maluco enfurecido. Senti o celular ser tirado da minha mão.

- PH, é a Lisa. O que houve? – Enquanto me empurrava para o elevador, minha irmã ouvia as explicações do rapaz. – Espera a gente na porta, estamos a caminho. – Lisa desligou o celular e me entregou. – Você fez o coitado chorar!

- Lisa, ele perdeu a Manu, porra! – Explodi com a minha irmã.

- Maninho, nós vamos encontrá-la, mas você precisa ficar calmo. – Lisa tinha razão, mas eu senti meu coração acelerar e eu não conseguia respirar, fui ficando tonto e perdi o equilíbrio, me apoiando com um baque na parede do elevador. – Flávio, respira! Olha pra mim! Vamos, inspira pelo nariz e solta pela boca, devagar, vamos.

Minha irmã estava certa, se eu surtasse eu não conseguiria encontrar a Manu, eu precisava manter o controle, a calma que fosse para o caralho, mas o controle da situação eu tinha que ter. Respirei fundo e quando chegamos à garagem eu já tinha recuperado o domínio das minhas ações.

- Me dá as chaves. ANDA, LISA! – Gritei, ela deu um pulinho pra trás e esticou a mão para me entregar as chaves.

Enquanto dirigia em direção a faculdade, pelo sistema bluetooth do carro eu liguei para um dos policiais que estava na viatura do lado de fora.

- Paulo Henrique! – Chamei.

- Ah, Flávio, ainda bem que você chegou porque eles não querem me levar a sério. – Paulo Henrique parecia exausto.

- Ah, mas a mim eles vão levar a sério, não vão, coordenador? – Encarei o homem mais velho e o Paulo Henrique saiu da frente.

- Delegado Moreno, mas que prazer em vê-lo. Em que posso ser útil? – O coordenador se lembrava de mim, ótimo, economizaria tempo com identificações.

- Eu só quero ver suas câmeras de segurança, por enquanto. E eu quero ver agora. – Falei baixo, mas soou ameaçador o suficiente para que o homem diante de mim estremecesse.

- Cl-claro. Por favor, venha comigo. – Ele indicou o caminho e fomos atrás.

Na sala de vídeo, nos foi mostrada a imagem da câmera de segurança no corredor da sala da Manuela, no horário que o PH indicou. Deu pra ver nitidamente um sujeito grande e totalmente esquisito sair de trás de uma pilastra, depois que o PH saiu da sala, e falar com uma garota, pareceu entregar algo a ela, e depois a garota entrou na sala da Manu.

Na sequência, pouco depois a Manu saiu da sala e o sujeito a colocou sob o braço e desceu as escadas com ela. Acompanhamos todo o trajeto pelas câmeras das escadas e eles chegaram ao saguão do prédio, onde foi possível ver o sujeito colocando um agasalho preto com capuz na Manu e sair com ela dali. O segurança estava a cinco passos de distância e quando os viu olhou para o lado oposto. A câmera do lado de fora mostrava a Manu sendo empurrada para dentro de um carro prata, com vidros muito escuros e sem placa, que saiu dali rapidamente.

Eu esmurrei a mesa. Eu ia perder a cabeça, precisava encontrar a minha baixinha depressa, não suportaria que nada de mal acontecesse a ela. Eu precisava tomar providências, precisava ser o delegado agora e eu seria.

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