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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 563

“Flávio”

Nunca fiz uma viagem tão longa, por mais que eu imprimisse velocidade no carro parecia que eu nunca chegaria àquela cidade. E quando finalmente cheguei na entrada daquela cidade eu parei, desci do carro e liguei de novo para o Camilo.

- E então, Camilo? – Perguntei aflito.

- Nem sinal dela, Flávio. Não tem nenhum movimento na casa da Rita. Está tudo apagado, como se ela já tivesse ido dormir. – Camilo me informou.

- O Breno já chegou?

- Sim, já tem um tempo que eles estão aqui. Ele sugeriu que nós nos reuníssemos em outro lugar, disse que um dos policiais que veio com ele vai ficar aqui de olho.

- É uma boa idéia. Eu estou na entrada da cidade...

Camilo sugeriu que fôssemos para a casa dele e eu achei uma boa idéia montarmos nosso centro de comando lá. Em poucos minutos eu chegava em frente a uma casa grande numa rua sossegada. Camilo já nos esperava e ao seu lado estavam o Sr. Orlando e a Olívia, que parecia já ter chorado bastante, mas mesmo assim, nos aguardava com uma mesa farta, com um lanche que poderia alimentar um batalhão, e várias garrafas de café, que foram muito bem recebidas pela minha equipe.

- Flávio, come alguma coisa, você precisa estar de pé para resgatar a Manu. – Olívia insistiu pela terceira vez. Eu não estava com fome, mas ela tinha razão. Aceitei o prato com torta de frango que ela me estendia.

Enquanto comíamos íamos trocando informações. Camilo ia ditando uma lista de propriedades do tal Cândido. Ele achava que se o Cândido estava metido no sequestro da Manu, certamente ela estava em uma das propriedades dele.

- O problema é que nós vamos precisar de mandado para entrar nessas propriedades. – O delegado, chefe do Breno, lembrou.

- Acho melhor ficarmos de olho e ver em qual delas tem movimento, vai ser onde a Manu vai estar. – Falei.

- Então vamos nos dividir? – O Breno perguntou.

- Acho que o melhor mesmo é ficar de olho na Rita, ela vai nos levar onde a Manuela está. – Camilo sugeriu.

- Mas e se o Cândido agiu sem a Rita saber? – Sr. Orlando abriu a boca pela primeira vez desde que chegamos. Eu olhei para ele alarmado, pois não tinha pensado nessa hipótese.

- Mas, pai, por quê o Cândido ia agir sem falar com a Rita? Eu sei que ele e a Rita combinaram que a Manu se casaria com ele, mas daí a ele sequestrar a Manu? Eu não acho que ele chegaria a tanto. – Camilo questionou o pai.

- Chegaria sim, filho. E faria até pior. – Sr. Orlando suspirou.

- Sogro, o que nós ainda não sabemos? – Era óbvio que havia algo que ele não tinha contado. Ele me olhou, parecendo mais triste ainda.

- A minha primeira esposa foi namorada do Cândido e a Manu é a cópia dela, não é?! – Sr. Orlando se antecipou ao Camilo que abria a boca para questionar. – Eles namoraram e ela terminou com ele, pois ela descobriu o tipo de pessoa que ele é. Então nós começamos a sair, nos apaixonamos e nos casamos. Mas o Cândido nunca aceitou o fim do namoro. Ele tentou reatar com ela várias vezes e chegou a tentar levá-la na porta da igreja no dia do nosso casamento, ele só não conseguiu porque ela o viu de longe e ficou com medo, então ela pediu para o carro onde estava dar a volta e entrou pelos fundos da igreja. Imagina a cena, a noiva entrando pelos fundos da igreja, sem fazer o caminho até o altar. – O Sr. Orlando riu com a lembrança.

- Meu pai, Olívia, eu, dois advogados de absoluta confiança, assim como um contador e um juiz da cidade vizinha que é tio da Olívia. – Camilo explicou e eu achei uma boa solução. – A entrada ou saída de membros desse conselho também deve ser aprovada.

- Isso foi inteligente. Mas e se a Rita ficar furiosa e descontar na Manu? – Esse era um ponto sensível demais.

- Por isso eu quero negociar com ela, oferecer dinheiro para que ela nos entregue a Manu. – A idéia do Camilo era boa.

- É uma boa idéia, mas por outro lado, vai alertá-los que a Manu está sendo procurada. – Breno nos lembrou.

- Eu acho que a gente devia prender a Rita e dar uma surra nela. – Olívia falou e eu quase ri.

- Não podemos prendê-la sem provas. – Falei. – Mas eu também gostaria de fazer isso. Vamos ver como as coisas se desenrolam, se não conseguirmos nada, você faz isso, Camilo. Mas você sabe que ela vai pedir muito, não sabe?

- Por mim, ela pode ficar com tudo, eu só quero a minha irmã em segurança. – Camilo respondeu e minha admiração por ele aumentou. Ele era tão desprendido do dinheiro quanto a irmã.

As horas foram passando lentamente. O outro delegado havia mandado alguns dos seus policiais fazerem uma varredura na cidade e arredores. Mas a medida que eles iam dando notícia e dizendo que não haviam encontrado nada ainda, eu ia me desesperando mais.

O dia amanheceu e nós ainda não sabíamos de nada, nem uma folha parecia ter saído do lugar naquela cidade. Nenhum sinal do tal Cândido e até então a Rita saiu de casa para ir a igreja apenas. Eu estava já pensando no pior e foi quando o pior pensamento me ocorreu, e se tivessem feito alguma coisa com a Manu no percurso até aqui?

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