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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 569

“Flávio”

Chegamos a casa do Camilo e ao ver a expressão de desânimo em meu rosto ele já se deu conta de que não havíamos encontrado a Manuela. Deixei o meu corpo cair sobre uma cadeira, eu ia enlouquecer, precisava encontrá-la.

- O que aconteceu, Flávio? – O Sr. Orlando se aproximou e se sentou ao meu lado.

- Ela não estava lá. – Respondi desanimado. – Mas eu tenho certeza que ela estava. A forma como as coisas estavam por lá. Eles devem tê-la tirado de lá antes que chegássemos.

- É exatamente o que eu penso. – Albano se sentou também. – O negócio é o seguinte Flávio, o delegado abordou o policial que estava de vigia na casa da Rita e o levou para a delegacia. Ele se identificou e contou o motivo de estar ali.

- Foi assim que ela saiu sem que nós soubéssemos. O policial foi tirado do local e ela pôde sair sem que nós fôssemos avisados. – Concluí.

- Isso mesmo, já mandei esse policial voltar para a minha cidade, ele é novato, inexperiente. Foi um erro meu trazê-lo. Ele disse que pensou não ter problema contar a situação para o delegado daqui, sendo que eu havia dito para não fazer. – Albano realmente parecia se sentir culpado. – E foi por isso que o delegado apareceu lá no sítio na hora da batida, ele estava com o meu policial. E eu tenho certeza que ele avisou ao Cândido.

- Ah, Albano, não é culpa sua. Mas agora eles estão alertas. O que vamos fazer? – Eu estava tão cansado e preocupado, não estava pensando com clareza.

- Vamos continuar procurando, mas eu acho que você precisa descansar. – Albano sugeriu.

- Eu não vou descansar até encontrá-la. Não posso, não consigo! – Falei e coloquei a cabeça entre as mãos. Uma idéia surgiu em minha mente. – Camilo, por que aquele sítio não estava relacionado entre as propriedades do Cândido que você listou?

- Provavelmente porque o sítio não está no nome dele. – Camilo me olhou. – Engraçado, eu não sei de quem é aquele lugar. Aquela propriedade está abandonada há muito tempo.

- Consegue descobrir de quem é? – Perguntei.

- Com um único telefonema. – Camilo fez a ligação. – Oi, sou eu. Preciso saber de quem é aquele sítio abandonado perto do sumidouro, aquele que fica no final da rua quase na saída da cidade. – Ele ouviu por um momento e esperou. Todos nós estávamos mudos olhando para ele. Após um tempo ele voltou a falar. – E tem outras propriedades no nome dele? Eu sei, eu sei, mas é importante, ninguém vai saber. – Ele esperou mais um pouco. – Sim. Ah é?! Sei qual é. Muito obrigado, te devo mais uma. Claro, amigos são pra essas coisas. Até. – Camilo desligou o telefone e nos olhou.

- A propriedade é do filho do Cândido, deixada pela mãe. E tem mais uma, mesma coisa, uma casinha, deixada pela mãe. Essa fica na grota, a caminho da Gruta do Pé Junto. É um distrito que faz parte da cidade, tem uma comunidade muito pequena lá. E é um local bem afastado. – Camilo explicou.

- Sei onde é. – O Breno falou. – Deixa que eu vou até lá. Se tiver algum sinal eu aviso. Enquanto isso você descansa, Flávio. Vem comigo, Renata?

Renata se prontificou e os dois saíram apressados. Pareciam estar se dando bem, o que seria bom, pois eu havia prometido ao Breno conseguir sua transferência para a minha delegacia.

- O que mais podemos fazer? – Olhei para o delegado Albano.

- Por enquanto esperar. Todos os endereços possíveis estão sob vigilância, a Rita e o Cândido estão sob vigilância, então precisamos aguardar.

- A Rita não tem nenhuma propriedade? Sei lá, qualquer coisa que você não tenha se lembrado? – Perguntei ao Camilo.

- Não, eu já tinha verificado isso. – Ele respondeu.

- Entrem. Vou chamar minha mãe. – A mulher abriu a porta e nós entramos em uma sala pequena. Ela se retirou e quando voltou estava acompanhada de uma senhora que caminhava com certa dificuldade.

- Mamãe, esses homens querem saber da Rita. – A moça informou para a mãe.

- Aquela cobra peçonhenta! – A senhora fechou a cara, mas suavizou quando pousou os olhos no Sr. Orlando. – Eu conheço o senhor. O senhor vinha visitar aquela cobra. Ela dizia que estava grávida do senhor. Uma mentirosa! Colocava uma barriga de pano para te enganar.

- É, sou eu mesmo. – O Sr. Orlando suspirou.

- Mas vinha um outro atrás dela também. Pra esse ela não mentia, não colocava a barriga. Ela levava ele para o quarto. Eu avisava para a minha irmã, como ela podia permitir aquela safadeza na casa dela? Mas ela fazia tudo o que a Rita queria.

- A senhora sabe quem era esse outro homem? – O Sr. Orlando perguntou.

- Todo mundo sabe. É um tal de Cândido. Mas também vinha uma mulher, uma enfermeira, essa ajudava a Rita a enganar o senhor, elas estavam planejando como arrumar um bebê para a Rita falar que era seu. Quando a tal enfermeira chegou aqui com aquele bebezinho, dentro daquela sacola, eu fiquei morrendo de dó. Elas riram muito, se vangloriando do que tinham feito.

- A senhora sabe de onde veio o bebê? – O Sr. Orlando perguntou ansioso.

- Meu senhor, eu sei de tudo! Mas não sabia onde encontrar o senhor pra contar as coisas, que bom que o senhor veio. Fia, vai lá e passa um cafezinho que eu vou contar a história pra esse moço, já passou da hora dele saber a verdade. – A senhora disse resoluta. O que se seguiu ali foi como colocar luz em uma caverna escura. Pela hora seguinte aquela senhora contou com detalhes todo o plano da Rita para enganar o Sr. Orlando.

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